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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eros e Psiquê - Continuação



Após ter sido deixada por Eros chorando no chão, Psiquê adormece. Ao acordar, ela vê que o palácio desaparecera e o jardim em que estava virara um simples campo aberto.

Ao tomarem conhecimento de tal fato, as irmãs vão ate onde haviam deixado Psiquê, o mesmo lugar onde Zéfiro sempre pegava-as para serem levadas ao castelo da irmã, achando que talvez tivessem alguma chance já que a mais nova fora deixada. Chegando no alto, se jogaram, achando que Zéfiro as pegaria. O deus não o faz e as deixa cair, e assim, as duas morrem.

Paralelo a isso, Psiquê continua vagando e vê um templo magnifico em uma montanha e adentra-o, achando ser lá onde Eros habitava. Ao entrar, se vê em meio à uma confusão de trigo, seja em feixes ou seja em espigas, junto a instrumentos utilizados para trabalhá-lo.

Psiquê coloca ordem no templo, e ao terminar o trabalho, Deméter, a deusa à qual o templo fora dedicado, aparece diante de Psiquê e lhe diz que para rever Eros, ela deve se submeter humildemente à vontade da deusa do amor. Com isso, Psiquê se dirige ao templo da deusa.

Paralelo a isso, Eros voa até sua mãe, para que ela cuide do ferimento causado quando a cera derretida caíra sobre seu ombro. Ela pergunta o motivo para ele ter se queimado, e ele diz sobre Psiquê. Afrodite fica possessa com tal situação e parte à procura dela.

A princesa continua sua viagem ao templo da deusa, e ao chegar lá de vê de cara com quem procurava, a própria.

Ela tenta se redimir, porém Afrodite se mostra impossível de dobrar. A deusa, em uma ação de total desprezo e se fazendo passar por "piedosa" faz um gesto, e uma montanha de trigo e outros grãos aparecem. Ao fazer isso, ela diz à Psiquê que a tarefa dela será separar todos os grãos conforme o tipo. Após a saída de Afrodite, as formigas, que haviam se compadecido da jovem, caminharam em direção à pilha de sementes e realizaram a tarefa incumbida à Psiquê, com incrível precisão e velocidade.

Quando Afrodite chega e vê que Psiquê cumprira a tarefa, morre de raiva. Pensando em algo melhor, ela designa a princesa a missão de trazer um pouco da lã de ouro de um rebanho que pastava no bosque ao lado do templo. No dia seguinte, Psiquê se encaminha ao local mas antes que chegue lá, o deus do rio que corria entre a posição de Psiquê e o rebanho, adverte-a a não tentar chegar perto das ovelhas no sol nascente, quando estavam agressivas e nem tentar atravessar o rio aquela hora. Diz também para que ela espere pelo sol do meio dia, quando o rio se acalmar e o rebanho se retirar para a sombra. Psiquê segue as recomendações e obtêm êxito.

Afrodite mais uma vez fica com raiva da mortal. Controlando sua raiva, diz à ela que pegue um pouco da água do rio Estige. Ela fica desolada, imaginando como realizará tal feito, o qual aos seus olhos parecera impossível. Ela se encaminha para uma montanha em que o rio corria. Ao chegar perto, uma águia toma de suas mãos o cantil d'água e se dirige ao rio, voltando com o recipiente cheio.

Com isso, a deusa do amor começou realmente a se enfurecer com a princesa, e diz que vá para o inferno. Frente ao protesto de Psiquê contra o xingamento, ela diz que falara sério, e que Psiquê deveria ir até o submundo com uma caixa e pedir à Perséfone que desse um pouco de sua beleza à Afrodite, que havia perdido um pouco dela ao ficar cuidando do filho, e que pusesse na caixa que Psiquê levava.

Psiquê beira a desistência, vendo que deveria ir até o Hades, mas ainda assim se coloca a caminho de seu destino. Ela paga a barca de Caronte, dá bolo à Cérbero e várias outras coisas, e finalmente chega a à rainha do submundo. Ela pede à deusa um pouco de sua beleza, assim como Afrodite havia pedido que fizesse. Passado um tempo, Perséfone entrega uma caixa a Psiquê e a jovem começa seu caminho de volta até Afrodite.

Tudo corre bem, até que a curiosidade de Psiquê volta. Pensando em pegar um pouco da beleza contida na caixa, ela abre o objeto e, para sua decepção, vê que nada havia lá. Após isso, um sono profundo toma conta dela, fazendo-a adormecer exatamente onde estava.

Ao mesmo tempo, Eros havia sido curado e vai atrás da esposa. Rapidamente a acha e tira o sono dos olhos e coloca-o de volta na caixa novamente. Eros diz à amada que vá terminar a missão e enquanto isso ele vai ter com Zeus.

O deus do amor diz ao soberano dos deuses sua situação, de sua amada e de sua mãe,  e pede à ele que transforme Psiquê em deusa e Zeus atende ao apelo. Com isso, Psiquê sobe ao Olimpo como deusa da alma e os cultos à verdadeira deusa do amor e da beleza voltam ao normal.

Um comentário:

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