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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aracne



Já disse outra vez sobre a história de Aracne, mas eis aqui a história mais detalhada para vocês.

Aracne era uma jovem que vivia na Lídia, e que possuía uma enorme competência na arte do tear, cujos panos  e tecidos eram apreciados tanto por homens, que os usavam sem nem sentir seu peso, quanto por pássaros, que tentavam inutilmente comer as diversas frutas várias vezes representadas em suas artes. Tamanha era sua capacidade para tear, que todos ao seu redor afirmavam ser a própria Atena sua mestra. Como toda pessoa especialista boa em algo, Aracne nega tal submissão, e diz ser melhor que a deusa, a própria inventora de tal arte.

Atena ouve tal difamação, e se transforma em uma anciã, indo para junto de Aracne. Ela aconselha a tecelã a se comparar a qualquer mortal, mas nunca aos deuses, seres sempre vaidosos e rancorosos. Aracne, cheia de si, diz à anciã para cuidar de sua vida e que não retiraria sua ofensa,  desafiando ainda Atena a se prostar em sua frente para uma competição de tear.

É nesse momento então que Atena se revela aos ali presentes. Todos ao redor de Aracne ficam temerosos, e se curvam perante a deusa, menos a rival, a qual continua com sua pose de superioridade, achando ser melhor que a deusa. Elas marcam a disputa, e cada uma vai para um lado, para preparar seus tecidos.

Aracne começa seu tecido, mostrando as várias aventuras amorosas de Zeus, assim como vários outros defeitos dos deuses. Do seu lado, Atena começou a tecer com as nuvens um tecido retratando todas as ocasiões em que mortais já desafiaram os deuses, sua disputa com Poseidon pelo domínio da Ática e os doze deuses olimpianos, inclusive ela mesma.

Aracne fica tão consternada com tais visões provocadas pelo manto de Atena, que acaba por pegar uma corda e adentrar o bosque, onde se enforca. Apiedando-se da humana ou simplesmente para não deixar que a humana se esquecesse de nunca mais desafiar os deuses, ela toca sua cabeça. O corpo defunto murcha e se torna um pequeno corpo peludo de oito patas. A corda utilizada se transforma em uma linha, e o novo animal sobe rapidamente por sua teia, fugindo da deusa. Assim, Aracne é transformada no primeiro aracnídeo, nome proveniente de seu próprio.

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