Após o incidente com Héracles e o próprio filho, Anfítrion passa a ser mais cuidadoso com Héracles, mais que com seu próprio filho. Ele designa os melhores sábios para ensinarem o herói, fazendo com que ele aprendesse a ler e escrever, fora outras artes como filosofia, literatura e astronomia. Anfítrion ensina-o a manejar lanças e flechas com mira e distância infalíveis, e também a utilizar espadas e clavas como nenhum outro herói.
O herói não causava dor aos outros injustamente, porém quem o provocasse não teria chances. Prova disso foi o professor de música de Héracles que, durante um dos treinos do garoto com a lira, fica possesso quando ele arrebenta de uma vez todas as cordas do instrumento, e começa a bater em Héracles. O garoto, já não suportando mais aquilo, resolve a angústia de seu professor, e joga uma lira em sua cabeça com tamanha força, que o professor não mais foi obrigado a vê-lo estragando suas liras como também nunca mais viu nada.
Héracles é levado a julgamento pela morte de seu professor, mas por ter sido bem ensinado bem sabia que poderia se livrar da culpa. Ele alega homicídio culposo, e os juízes não conseguem nada, acabando por absolvê-lo.
Após isso, seu pai mortal o manda para o campo, para impedi-lo de cometer outro crime. Nessa época, Héracles é chamado por um rei para ajudar a matar um leão que aterrorizava a região. Héracles, na calada da noite, deixa seus companheiros de lado, pega um tronco de árvore, esculpe uma clava e procura o leão. Ao achá-lo, desfere apenas um golpe contra ele, não sendo necessário mais para matá-lo. Tal feito correu pela boca de todos e o rei convida Héracles ao seu palácio. Lá, suas cinquenta filhas ofereceram-lhe hospedagem durante cinquenta dias, mas principalmente durante cinquenta noites.
Após isso, Héracles retorna à Tebas, e toma conhecimento da situação do reino, que estava dominado pelo reino de Orcômeno. Héracles sugere ao pai que guerreiem contra Ergino, rei de Orcômeno, sendo apoiado pelo meio-irmão. Assim, os homens da cidade começam um treinamento intensivo, até o momento da guerra.
O exército inimigo chega, e se intimida com a resistência armada, mas logo em seguida começa a debochar dos guerreiros, rindo da situação de suas armas para depois se intimidar com com a ferocidade do ataque tebano. Héracles mata o rei, e o exército inimigo se refugia em sua cidade. Com artimanhas, o filho de Zeus faz com que os soldados fiquem encurralados, e acaba ganhando a batalha. Porém, para compensar a grande morte de um lado, Anfítrion morre. Como presente por essa vitória, o rei tebano dá a Héracles a mão de sua filha Mégara.
Em seu casamento todos os deuses marcam presença, exceto Hera, a patrona de tal ritual. Os deuses então dão a Héracles presentes magníficos, para ajudar em sua jornada.
Com o casamento de Mégara e Héracles, e com a glória do herói, Hera mais uma vez lhe causa o mal, mandando mais uma vez Ate até a vítima, o próprio herói. Em um ataque de loucura e cegueira, ele mata os filhos, vendo neles três monstros horrendos. O rei expulsa o herói de seu palácio, e Mégara abandona-o.
Héracles começa a vagar até chegar nas terras de Téspio, o qual ouve sua triste história e o acolhe, tentando amenizar a dor do amigo. Certo dia, dois mensageiros de Micenas comunicando a morte do antigo rei e a ascensão de Euristeu ao trono. O rei ordenava que Héracles se prostrasse diante dele, e indeciso quanto ao que fazer, o herói se dirige ao oráculo de Delfos. Preso por seu juramento, Zeus não possui mais nada a fazer do que fazer com que o filho se submeta a tal rei. pela voz do oráculo, Héracles recebe a notícia de que após se colocar a dispor de Euristeu e cumprir os doze trabalhos, seu pecado contra sua família seria perdoado finalmente.
Na próxima postagem dessa série: O Leão de Neméia.
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