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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Por Trás dos Livros - Mitologia em As Crônicas de Nárnia


Afinal, depois de vários outros "Por Trás do Cotidiano", esse também deveria ser feito. Aproveitem.


Baco: deus romano correspondente ao grego Dionísio, é o deus do vinho, das uvas, das artes teatrais e da sanidade. Filho de Zeus e Sêmele, desenvolveu-se e nasceu da coxa de seu pai  pois, devido à uma jogada de Hera, sua mãe fora morta. No livro aparece representando a natureza em sua forma mais selvagem. Junto a ele aparecem também as seguidoras de seu culto, as bacantes, presentes tanto no livro quanto na mitologia.

Centauros: Seres que possuíam a parte inferior de um cavalo enquanto a superior era humana. Em sua maioria eram seres selvagens e gostavam de grandes e longas celebrações. Em contrapartida à esses indivíduos selvagens e mortais, havia Quíron, filho de Cronos e um dos poucos centauros sábios e imortais existentes. Porém, durante um dos trabalhos de Héracles, quando o herói tivera de enfrentar um grupo de centauros furiosos, o centauro levara uma flechada na pata. Como a flecha estava envenenada com veneno de Hidra, o centauro não viu saída senão pedir a Zeus que tirasse sua imortalidade e que deixasse-o morrer em paz. Após morrer, Zeus transforma-o na constelação de Sagitário.

Faunos e sátiros: Ambos representam o mesmo tipo de personagem, o sátiro, sendo ele a forma grega e os faunos a romana. Eram representados como um híbrido de humano e bode, com tronco e cabeça humanos, essa última com dois chifres. Enquanto isso, suas pernas eram iguais às de bode, inclusive com cascos no lugar de pés. Eram constantemente representados como integrantes dos séquito de Dionísio. No livro, sem alguma razão aparente, há o conceito de que os sátiros eram seres bons e os faunos, maus.

Fênix: Apresentada em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, surge de uma flecha em chamas lançada pelo exército de Suzana. Na mitologia grega, era representada com penas douradas ou vermelhas brilhantes e vida muito longa, a qual quando terminava, provocava uma combustão espontânea na fênix velha, para de suas cinzas outra nova nascer. Não existia apenas na mitologia grega, mas também na egípcia, romana, persa e outras mais.

Fúrias: Chamadas de Erínias pelos gregos, aparecem em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, estando juntas do séquito da Rainha Branca, principalmente quando esta prepara-se para sacrificar Aslam na mesa de pedra. Na mitologia, surgem quando Cronos castra Urano, e a partir daí começam a exercer sua função, a de punir os crimes dentro de famílias e muitas outras vezes punir os mortais por mando de Hades.

Lobisomem: Sua origem, assim como a de Weregarurumon e a de Remo Lupin, vem do mito de Licaón, o rei da Arcádia. O soberano era antes um bom governante da região, mas após Pandora liberar os males que assolaram a humanidade, Licaón virara uma pessoa egoísta e egocentrista, passando a desrespeitar os deuses. Frequentemente recebia os deuses em sua casa e, certa vez realmente o eram, serve a eles carne humana. Zeus, indignado, destrói seu palácio e Licaón começa a fugir. Em sua fuga, Zeus o transforma em lobo, criando assim o primeiro dos lobisomens.

Minotauro: Monstro surgido da fúria de Poseidon, quando Minos recusa-se a realizar o sacrifício de um touro, ação exigida pelo deus dos mares em troca de ter tornado o rei governante dos mares. Indo até Afrodite, Poseidon pede ajuda a ela. A deusa do amor e da beleza então faz com que a mulher de Minos fique apaixonada pelo touro o qual deveria ter sido sacrificado. Porém, sem ver como conseguiria fazer algo com o touro, a rainha pede ajuda a Dédalo, o qual constrói uma espécie de vaca, de modo que a rainha pudesse nela entrar, e ter relações com o touro. Dessa relação surge o minotauro, monstro metade humano e metade touro. No livro, aparecem diversos minotauros durante o enredo.

Ninfas: Eram as várias criaturas que personificavam os aspectos da natureza, como rios, mares, florestas, etc. Em alguns contos, como o de Narciso e Eco, possuíam um papel maior. Dentro da história do livro, pode-se ver algumas classes de ninfas, sendo elas as dríades, hamadríades e as filhas do deus do rio, as náiades.
  • Dríades: Ninfas associadas aos carvalhos, que nasciam junto à árvore a qual sua vida era conectada. A dríade vivia na árvore ou perto dela, podendo, ao contrário das Hamadríades, andar livremente. Caso a árvore morresse, a dríade também morria.
  • Hamadríades: São ninfas que compartilham o espaço com a árvore: estão incorporadas nela. Compartilhavam também o humor com a árvore, se ela estava triste, isso significaria a queda de suas folhas, e caso estivesse alegre, isso representava que a primavera havia chegado.
  • Náiades: No livro mencionadas apenas como filhas do deus do rio, eram ninfas aquáticas de água doce, as quais possuíam o poder de curar e profetizar, além de possuir domínio sobre as águas. Não deixavam ninguém se banhar em suas fontes, punindo quem o fizesse com amnésia, doenças ou morte, deixando as pessoas apenas beberem das fontes.


Pegasus: No livro representava um pégaso genérico, como sendo um dos "filhos" do Pégasus original. Na mitologia, o Pégasus foi um cavalo alado gerado a partir do sangue da cabeça decepada da Medusa, após essa ter relações com Poseidon no templo de Atena e ter sido derrotada por Perseu. Junto a ele, nascera Crisaor, algumas vezes representado como um homem e outras como um javali alado.

Sereias: Seres várias vezes descritos com corpo de mulher e rabo de peixe, que cantavam melodias, no intuito de atrair aqueles que o ouvissem, para devorá-los em seguida. Durante a expedição de Jasão e os Argonautas, elas quase fazem com que os heróis percam seu caminho rumo à Cólquida. Comumente são apresentadas dessa forma, porém para os gregos eram tidas também como abutres com cabeças de mulher.

Tritões: No livro mostrados como vários, na mitologia era apenas um. Filho de Poseidon e Anfitrite, um híbrido com corpo de humano e cauda de peixe ao invés de pernas. Era o mensageiro das águas, o qual acalmava o mar momentos antes da carruagem de seu pai passar. No conto dos argonautas ele ajuda-os, ao indicar o melhor caminho para o mediterrâneo.

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