Porém, essa glória fez com que Apolo ficasse muito convencido de si, e passasse a subestimar os outros. Assim foi, até que um dia o deus vê Eros com suas flechas e zomba do pequeno deus, dizendo para que ele deixasse as flechas para aqueles que realmente sabiam usá-las, vangloriando-se dizendo que suas flechas matavam qualquer monstro.
Eros responde ao deus que mesmo ele possuindo flechas com poder para ferir a tudo e todos, as suas eram piores, pois poderiam feri-lo. Apolo desdenha do deus, e ao sair, Eros observa do alto a área ao redor, e descobre como executar seu plano, e lança uma flecha de ouro em Apolo e uma de chumbo em uma ninfa que passeava por perto, chamada Dafne.
Apolo logo fica encantado pela ninfa, ao passo que ela toma repulsão por todo e qualquer tipo de amor. Ele começa a persegui-la e ela a fugir dele, como se o próprio Apolo fosse uma das Erínias.
Apolo faz apelos à moça, perguntando o por que de sua fuga desesperada, e a moça apenas ignora-o. Vendo que seu perseguidor aproximava-se rapidamente, Dafne, estando à beira do rio, roga a seu pai que livrasse-a daquele tormento de alguma maneira.
Assim que Apolo chega perto, a ponto de conseguir tocá-la, ele sente a pele da amada enrijecendo. Ao olhar melhor, ele vê que a ninfa havia sido transformada em árvore. Triste, o deus lamenta a situação sofrida e, falando para a árvore, o loureiro, diz que a planta seria a sua preferida, e suas folhas seriam usadas em coroas que seriam feitas para simbolizar a glória alcançada por quem a estivesse utilizando.
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