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segunda-feira, 12 de março de 2012

Musas (Μοῦσαι)


Eram as nove filhas de Mnemósine, de quando Zeus amara-a durante nove noites, nascidas na Trácia, ao pé do Monte Olimpo, motivo pelo qual já foram por vezes consideradas deusas olímpicas. Talvez o fato de serem filhas de Mnemósine (memória) se deve ao fato que seus hinos e cantos perpetuaram-se por eras, não deixando sua era ser esquecida.

As musas cantavam o passado e o presente, desde a origem do mundo até a titanomaquia, e em seguida, sobre tudo o que acontecia de importante. Cantavam junto a Apolo, enquanto Hebe e depois Ganimedes serviam o néctar aos deuses.

Eram primeiramente associadas à música, porém após algum tempo passaram a serem associadas à diversas artes e ciências, motivo pelo qual foi originado o nome museu, o qual era inicialmente dedicado ao estudo das ciências, letras e artes.

Normalmente eram várias, sem nome e com várias origens, mas com Homero elas especificaram-se, ganharam nomes e caracterização. Quanto ao lugar de habitação, muitos contos diferem, porém no início da Teogonia de Hesíodo, o apelo feito pelo autor determina um lugar mais provável para sua origem, o monte Helicon, quando é dito "Pelas Musas heliconíades comecemos a cantar". Em tal monte certa vez Pégaso havia ferido o rochedo com seu casco, produzindo uma fonte. Dizia-se que as águas de tal fonte favoreciam sua inspiração poética.

Dizia-se que eram virgens, mas em algumas versões era dito que possuíam alguns filhos, alguns bem famosos, como Orfeu, Himeneu e Eumolpo

Eram nove irmãs: Calíope, Clio, Érato, Euterpe, Melpômene, Polímnia, Tália, Terpsícore e Urânia.

A primeira dentre elas, Calíope (Καλλιόπη), era a musa da poesia heróica e épica, cujos símbolos eram tabuleta ou um pergaminho. É ela a invocada por Homero no primeiro verso da Ilíada: "Canta, deusa, a terrível ira de Aquiles".

Após ela, vinha Clio (Κλειώ), musa a qual possuía a história como seu domínio, sempre cantando os grandes feitos dos herói, tendo sempre em sua mão um pergaminho semi-aberto, seu símbolo.

Em seguida estava Érato (Ερατώ), a qual cantava poesias líricas, as quais em sua maioria possuíam temas relacionados ao amor. Seu símbolo era a lira.

Já Euterpe (Ευτέρπη) era a musa das canções ou poesias líricas e possuía a flauta como seu símbolo, enquanto Polímnia (Πολυμνία), sempre representada com uma feição pensativa, representava os hinos sagrados e a narração de histórias.

Urânia (Ουρανία), como o próprio nome faz alusão, protegia as artes e ciências relacionadas à astronomia, e seus símbolos eram um globo terrestre e um compasso.

Terpsícore (Τερψιχόρη) representava a dança e o canto, e seus símbolos, assim como o de Érato, era a lira. Por representar o canto, alguns autores fazem-na mãe das sereias.

Finalmente, vinham Melpomêne (Μελπομένη) e Tália (θάλλεω), musas da tragédia e da comédia, respectivamente. Nas mãos de uma haviam uma máscara trágica e folhas de videira, enquanto nas mãos da outra estavam uma máscara cômica e ramos de Hera.

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