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Por Trás do Cotidiano

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Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Asclépio (Ἀσκληπιός)


Filho de Apolo com uma mortal, de nome Coronis, foi tirado pelo pai do ventre da mãe, após essa morrer com sua cria ainda dentro de si. Ao crescer, aprendeu com o pai e com o centauro Quíron a arte da cura, e especializou-se cada vez mais em tal ofício. Assim, Asclépio acabou por tornar-se médico, e tratar dos humanos enfermos. Dizia-se que Atena lhe dera dois frascos, ambos com sangue da medusa. O sangue que corria do lado esquerdo da Górgona era um veneno mortal, enquanto o que corria do lado direito era capaz de ressuscitar os mortos.

Tudo corria bem, até que um dia, anunciado por Hermes, Caronte faz uma visita ao senhor dos céus. Ao que o imortal chega, Zeus percebe que algo não estava certo. Gritando e disparando palavrões por toda a extensão do palácio de Zeus, Caronte é indagado sobre o por que de sua ira. Procurando manter a calma frente ao senhor dos céus, Caronte começa a explicar o motivo de sua vinda.

Acusando Asclépio, o barqueiro diz não ter mais serviço, pois cada vez menos almas apareciam na borda do rio para que fossem levadas ao reino dos mortos. Ao que o o filho de Apolo é acusado, o próprio deus aparece para defender o filho, dizendo tudo que já havia sido dito antes, com um tom de orgulho em sua voz, aprovando a atitude do filho.

Contando sua trajetória até o palácio, Caronte diz ter encontrado a Morte, e ela lhe dito que encontrasse o causador da longevidade das pessoas, pois sem sua função, ela já não mais era necessária ao mundo. Após tal fala, Caronte diz ter visto a própria Morte encontrar-se, quase sendo consumida e desaparecendo.

Dispensando todos menos Hermes, Zeus pede ao filho que vá aos ciclopes e que lhes peça que fabriquem um raio, o qual causasse uma morte rápida. Em pouco tempo, Zeus já se encaminhava para a beira do Olimpo. De lá, tendo uma ampla visão do mundo, Zeus lança o raio, o qual cai diretamente na cabeça de Asclépio.

Assim que a alma do neto chega ao Olimpo, Zeus transforma-o em um deus, o deus da medicina, posteriormente chamado de Esculápio pelos romanos, além de criar a constelação de seu bordão, um cajado envolvido por uma cobra, parecido com o caduceu de Hermes, o qual um dia fora de seu pai Apolo.



Por Trás do Cotidiano

O bordão de Asclépio é o simbolo da medicina, e muitas vezes utilizado pelos médicos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - Os Estábulos do Rei Áugias


Após capturar a Corça de Cerínia, Héracles recebe de Euristeu a tarefa  limpar os estábulos do rei Áugias. Porém a tarefa não seria fácil, pois a região na qual as terras do rei estavam situadas eram muito férteis, e não mais precisavam de adubação. Com isso, o esterco produzido pelos cavalos que possuía começaram a ser empilhados, e logo não havia mais jeito para se livrar dele.

Assim, Euristeu ordena que Héracles faça tal serviço, esperando que ele gastasse muito tempo para realizar tal trabalho, senão morresse tentando. Ao chegar no local e ver o que esperava-o, ele mais uma vez percebe o quanto Euristeu odiava-o. Ele dirige-se ao rei e diz sua tarefa. Quando o soberano diz não poder disponibilizar trabalhadores, o herói responde que o faria sozinho e em um dia, levando o rei a oferecer uma parte de seus rebanhos caso ele realmente conseguisse tal façanha, chamando inclusive seu filho para testemunhar a oferta.

Quando o sol estava em seu ponto mais alto, Áugias vai até os estábulos ver como estava o trabalho do herói, apenas para ver que ele não estava lá. Quando indagado por seu senhor sobre o paradeiro de Héracles, um pastor diz ter visto o herói morro acima, levando Áugias crer que o herói era louco. 

Porém, utilizando-se de pedras, Héracles consegue desviar o curso de dois rios que pelas proximidades passavam. Junto a isso, valendo-se de árvores, montou um verdadeiro dique, acumulando toda a água dos rios, e assim que o volume acumulado era grande, o herói derrubara o dique, deixando as águas dos rios rumarem em direção aos estábulos.

Assim, em pouco tempo, a tarefa que parecia impossível fora realizada por Héracles, com a ajuda dos rios. Porém, alegando que o herói trapaceara, o rei Áugias recusa-se a ceder sua oferta. Após ouvir tal blasfêmia, Héracles leva Áugias ao tribunal. Chamado para depor sobre o caso, Fineu, o filho de Áugias, diz sobre o juramento dos dois homens, levando os juízes a tomarem partido a favor de Héracles. Porém, recusando a reconhecer a decisão, o rei exila seu filho e o herói.

Prometendo que o rei pagaria por sua avareza, Héracles volta para Euristeu, o qual não acreditava em seus olhos ao ver o herói. Ao tomar conhecimento da façanha realizada pelo herói para limpar os estábulos, Euristeu passa a temer mais seu subordinado, pois contatara que além de forte e ágil, também era inteligente. Ajudado por Hera, pensou em mais um trabalho, dando início a mais seis trabalhos, os quais levariam Héracles para longe do Peloponeso.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Por Trás dos Livros - Mitologia em As Crônicas de Nárnia


Afinal, depois de vários outros "Por Trás do Cotidiano", esse também deveria ser feito. Aproveitem.


Baco: deus romano correspondente ao grego Dionísio, é o deus do vinho, das uvas, das artes teatrais e da sanidade. Filho de Zeus e Sêmele, desenvolveu-se e nasceu da coxa de seu pai  pois, devido à uma jogada de Hera, sua mãe fora morta. No livro aparece representando a natureza em sua forma mais selvagem. Junto a ele aparecem também as seguidoras de seu culto, as bacantes, presentes tanto no livro quanto na mitologia.

Centauros: Seres que possuíam a parte inferior de um cavalo enquanto a superior era humana. Em sua maioria eram seres selvagens e gostavam de grandes e longas celebrações. Em contrapartida à esses indivíduos selvagens e mortais, havia Quíron, filho de Cronos e um dos poucos centauros sábios e imortais existentes. Porém, durante um dos trabalhos de Héracles, quando o herói tivera de enfrentar um grupo de centauros furiosos, o centauro levara uma flechada na pata. Como a flecha estava envenenada com veneno de Hidra, o centauro não viu saída senão pedir a Zeus que tirasse sua imortalidade e que deixasse-o morrer em paz. Após morrer, Zeus transforma-o na constelação de Sagitário.

Faunos e sátiros: Ambos representam o mesmo tipo de personagem, o sátiro, sendo ele a forma grega e os faunos a romana. Eram representados como um híbrido de humano e bode, com tronco e cabeça humanos, essa última com dois chifres. Enquanto isso, suas pernas eram iguais às de bode, inclusive com cascos no lugar de pés. Eram constantemente representados como integrantes dos séquito de Dionísio. No livro, sem alguma razão aparente, há o conceito de que os sátiros eram seres bons e os faunos, maus.

Fênix: Apresentada em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, surge de uma flecha em chamas lançada pelo exército de Suzana. Na mitologia grega, era representada com penas douradas ou vermelhas brilhantes e vida muito longa, a qual quando terminava, provocava uma combustão espontânea na fênix velha, para de suas cinzas outra nova nascer. Não existia apenas na mitologia grega, mas também na egípcia, romana, persa e outras mais.

Fúrias: Chamadas de Erínias pelos gregos, aparecem em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, estando juntas do séquito da Rainha Branca, principalmente quando esta prepara-se para sacrificar Aslam na mesa de pedra. Na mitologia, surgem quando Cronos castra Urano, e a partir daí começam a exercer sua função, a de punir os crimes dentro de famílias e muitas outras vezes punir os mortais por mando de Hades.

Lobisomem: Sua origem, assim como a de Weregarurumon e a de Remo Lupin, vem do mito de Licaón, o rei da Arcádia. O soberano era antes um bom governante da região, mas após Pandora liberar os males que assolaram a humanidade, Licaón virara uma pessoa egoísta e egocentrista, passando a desrespeitar os deuses. Frequentemente recebia os deuses em sua casa e, certa vez realmente o eram, serve a eles carne humana. Zeus, indignado, destrói seu palácio e Licaón começa a fugir. Em sua fuga, Zeus o transforma em lobo, criando assim o primeiro dos lobisomens.

Minotauro: Monstro surgido da fúria de Poseidon, quando Minos recusa-se a realizar o sacrifício de um touro, ação exigida pelo deus dos mares em troca de ter tornado o rei governante dos mares. Indo até Afrodite, Poseidon pede ajuda a ela. A deusa do amor e da beleza então faz com que a mulher de Minos fique apaixonada pelo touro o qual deveria ter sido sacrificado. Porém, sem ver como conseguiria fazer algo com o touro, a rainha pede ajuda a Dédalo, o qual constrói uma espécie de vaca, de modo que a rainha pudesse nela entrar, e ter relações com o touro. Dessa relação surge o minotauro, monstro metade humano e metade touro. No livro, aparecem diversos minotauros durante o enredo.

Ninfas: Eram as várias criaturas que personificavam os aspectos da natureza, como rios, mares, florestas, etc. Em alguns contos, como o de Narciso e Eco, possuíam um papel maior. Dentro da história do livro, pode-se ver algumas classes de ninfas, sendo elas as dríades, hamadríades e as filhas do deus do rio, as náiades.
  • Dríades: Ninfas associadas aos carvalhos, que nasciam junto à árvore a qual sua vida era conectada. A dríade vivia na árvore ou perto dela, podendo, ao contrário das Hamadríades, andar livremente. Caso a árvore morresse, a dríade também morria.
  • Hamadríades: São ninfas que compartilham o espaço com a árvore: estão incorporadas nela. Compartilhavam também o humor com a árvore, se ela estava triste, isso significaria a queda de suas folhas, e caso estivesse alegre, isso representava que a primavera havia chegado.
  • Náiades: No livro mencionadas apenas como filhas do deus do rio, eram ninfas aquáticas de água doce, as quais possuíam o poder de curar e profetizar, além de possuir domínio sobre as águas. Não deixavam ninguém se banhar em suas fontes, punindo quem o fizesse com amnésia, doenças ou morte, deixando as pessoas apenas beberem das fontes.


Pegasus: No livro representava um pégaso genérico, como sendo um dos "filhos" do Pégasus original. Na mitologia, o Pégasus foi um cavalo alado gerado a partir do sangue da cabeça decepada da Medusa, após essa ter relações com Poseidon no templo de Atena e ter sido derrotada por Perseu. Junto a ele, nascera Crisaor, algumas vezes representado como um homem e outras como um javali alado.

Sereias: Seres várias vezes descritos com corpo de mulher e rabo de peixe, que cantavam melodias, no intuito de atrair aqueles que o ouvissem, para devorá-los em seguida. Durante a expedição de Jasão e os Argonautas, elas quase fazem com que os heróis percam seu caminho rumo à Cólquida. Comumente são apresentadas dessa forma, porém para os gregos eram tidas também como abutres com cabeças de mulher.

Tritões: No livro mostrados como vários, na mitologia era apenas um. Filho de Poseidon e Anfitrite, um híbrido com corpo de humano e cauda de peixe ao invés de pernas. Era o mensageiro das águas, o qual acalmava o mar momentos antes da carruagem de seu pai passar. No conto dos argonautas ele ajuda-os, ao indicar o melhor caminho para o mediterrâneo.

domingo, 5 de agosto de 2012

Baucis e Filemon


Certa vez, querendo testar a hospitalidade dos humanos, Zeus decidira descer à Terra e disfarçar-se de mendigo. Chamando Hermes e advertindo-o a deixar suas asas no Olimpo, para que ele não se mostra-se um deus, ambos descem ao mundo dos humanos.

Assim que chegam, ambos dirigem-se a uma casa, e batem em sua porta. Apenas depois de um tempo que estavam lá que em uma janela no alto surge uma pessoa, que logo despacha-os.

Prosseguindo viagem, os deuses chegam à uma casa a qual estava em festa. Recebidos pelo anfitrião, conseguem uma escassa refeição, constituída por ossos e um poucos carne.

Tentando controlar sua raiva, Zeus continua a andar, ainda acompanhado de seu filho. Chegando a uma nova casa, eles batem na porta, esperando uma hospitalidade melhor do que a recebida anteriormente. Porém, depois de baterem repetidamente, uma mulher envolta em lençóis aparece no parapeito da janela, e quando ouve o pedido de Zeus, em busca de alimento, demonstra sarcasmo e comunica tal pedido ao amante, o qual, chegando também ao parapeito, expulsa-os da porta da casa.

Quase sendo tomados pela exaustão, os deuses chegam à uma pequena casa, que mal parecia agüentar-se em pé. Após bater palmas, pois tinha medo de arrancar a porta, Zeus, junto de Hermes, é recebido por um velho. Nem bem começaram a falar, ambos foram convidados pelo homem a entrarem.

Assustados com tamanha hospitalidade, os deuses entram na casa, tomando o cuidado para em nada esbarrarem. Filemon, o homem que os receber, logo arruma assentos para os visitantes, e passa a procurar comida para oferecê-los, enquanto sua mulher, Baucis, tentava reacender o fogo da lareira há muito tempo apagado.

Filemon, seguindo as regras impostas por Zeus, sem saber que abrigava em sua casa o próprio, abre o único vinho que possuía. Após os convidados serem servidos, todos começam a comer. Zeus pergunta a Filemon se ele não bebia. Fazendo que não, o anfitrião olha para o vinho e, para sua surpresa, constata que a jarra, antes vazia por ter sido servida aos convidados, estava cheia até a borda.*

Relacionando o fato às suas visitas, Filemon logo percebe que tinha, em sua mesa, o deus dos deuses e seu filho. Envergonhado, começa a pedir perdão aos deuses, após comunicar o fato a Baucis e ela também pedir perdão.

Acalmando o casal, Zeus diz que estava muito satisfeito com a recepção recebida por parte dos velhos, e pede para que os dois os acompanhem. Chegando a um monte no alto da região, Zeus pergunta-lhes o que era mais desejado por eles. Após discutirem sobre isso, o casal diz não querer sobreviver um à morte do outro.

Assim que falam seu pedido, uma tempestade inunda o vale, levando tudo com suas águas, inclusive a vida dos vários anfitriões que não haviam recebido Zeus e Hermes. Quando a água atingira a casa de Baucis e Filemon, ambos não viram ela ir embora, mas sim ela tornar-se um majestoso templo. Zeus chega até eles e diz-lhes que eles seriam os sacerdotes exclusivos daquele templo recém-criado.

Após isso, os dois ainda viveram muitos anos, pois Zeus os dera uma generosa longevidade, e em meio à fartura do templo. Porém, certo dia, quando estavam à porta do templo, Baucis vê um tufo de folhas surgir no cabelo de Filemon. Assustada, constata que seu corpo também está transformando-se em árvore. Assim, Baucis e Filemon terminaram sua vida mortal juntos, tornando-se duas árvores com seus galhos entrelaçados na porta do templo de Zeus, eternamente.



*Em algumas versões, Filemon procura matar o ganso que possuía, para oferecer às visitas. O animal, como que conseguindo perceber as divindades presentes na casa, refugia-se entre as pernas de Zeus. O deus intervem, e revela sua identidade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quelone

Quando foram casar-se, Zeus e Hera convidaram todos os seres do mundo grego para a celebração daquela que seria a maior de todas as festas. Recepcionados por Eunomia, Dice e Irene, três das Horas, todos os convidados compareceram. Ao tentar confirmar a presença de todos da lista Hermes, porém, toma conhecimento da ausência da ninfa Quelone.

Descendo à Terra pela ponte de arco-íris proporcionado pela deusa Íris, Hermes sai em busca da ninfa. Quelone, demonstrando total desprezo pelo casamento, havia ficado em casa, e lá ainda estava, quando o deus dos pés ligeiros chegara para levá-la à festa.

Alegando dor no pé, a ninfa diz ao deus que não poderia ir. Porém, não há como mentir para o deus das mentiras e trapaças, e em minutos a ninfa estava a caminho da celebração. Porém, lenta como uma tartaruga, Quelone vai aos poucos testando a paciência de Hermes.

Vendo que caso continuasse naquela lentidão ele também chegaria atrasado, Hermes sai voando em direção à festa, não sem antes advertir Quelone, dizendo que não faltasse ao casamento de Hera caso não desejasse um terrível castigo proporcionado pela deusa do Olimpo. Tendo de ir sozinha, o passo da ninfa triplicara na lentidão, e quando chegara no início do arco-íris, a divindade acabara por adormecer na grama.

Ao acordar, porém, Quelone vê todos os convidados realizando o caminho de volta  pela ponte. Pensando em pelo menos justificar sua falta, ela toma a direção contrária da tomada pelos convidados. Porém, devido à distância e à dificuldade de locomoção, Quelone desiste das boas intenções e volta para casa.

Porém, ao voltar para seu lar, ela encontra Hermes esperando-a. Incrédulo, ele censura Quelone por faltar à celebração e, diante do descaso da ninfa, o deus se enfurece e joga a ninfa no rio, junto de sua casa. Do alto do Olimpo, uma luz saíra e caíra no lago o qual Quelone encontrava-se. Imediatamente ela começa a murchar, assim como sua casa. Tornando-se um animal, Quelone vê que agora carregava sua casa nas costas. Assim foi criado o animal hoje chamado de tartaruga.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por Trás do Cotidiano - Frases Populares


A justiça é cega: Sua base está na deusa da justiça Têmis. Filha de Urano e Gaia, foi ensinada junto a Nêmesis, a divindade da retaliação. Era representada pelos gregos como uma deusa de olhos vendados, mostrando que a justiça é relativa, pois assim como a justiça pode ser feita em prol dos inocentes, também pode ser feita a injustiça, dando a razão a alguém que na verdade seria culpado. Daí vem a origem da frase "A justiça é cega".

Agradar a gregos e troianos: refere-se à Guerra de Tróia, conflito o qual lançou gregos contra troianos. Como ambos os lados eram muito diferentes um do outro, diz-se impossível agradar a gregos e troianos.

Bicho de sete cabeças: tal expressão tem origem na lenda da Hidra de Lerna. Tal monstro, filho de Tifão e Equidna, assolava a região de Lerna, e era conhecida por possuir sete cabeças. Héracles, a mando de Euristeu, vai até a região para combater o monstro. Após cortar algumas cabeças do monstro, o herói percebe que a cada uma cortada, duas cresciam em seu lugar. Só com a ajuda de seu sobrinho Iolau que o filho de Zeus conseguira vencer tal luta. Pois quando o tio cortava alguma das cabeças do monstro, o sobrinho cauterizava o ferimento. Assim sobrara só a cabeça imortal, a qual ele cortou e soterrou com pedras. A frase representa a atitude de alguém que coloca diversos limites à realização de uma tarefa.

Calcanhar de Aquiles: Relativa ao célebre herói grego Aquiles. Sua mãe, Tétis, banhara-o no rio Estige, deixando-o com a pele invulnerável. Contudo, ao segurá-lo pelo pé, deixara seu calcanhar coberto, não deixando a a água banhá-lo. Assim, o calcanhar era o único ponto mortal do herói. Ao saber disso, o herói troiano Páris faz um estratagema para matá-lo. Utilizando da beleza de sua irmã, ele faz com que ela o atraia para uma armadilha, conseguindo matá-lo disparando uma flecha em seu calcanhar. A frase é utilizada para designar o ponto fraco de uma pessoa.

Cair nos braços de Morfeu: inspirada no deus grego dos sonhos, filho de hipnos. Em grego antigo "Μορφε" siginifica forma, podendo representar a característica do deus, de poder assumir a forma de humanos para transmitir mensagens às pessoas em seus sonhos, ou fazer uma alusão ao fato de que os sonhos podem tomar qualquer forma possível. "Cair nos braços de Morfeu" significa possuir um sono tranquilo, como se estivesse na presença do deus.

Caixa de Pandora: Referente ao jarro de males que fora dado a Epimeteu por Prometeu. O titã acorrentado aconselhara o irmão a não abri-lo,e nem receber presentes de Zeus. Porém, assim que vê Pandora, a mulher criadapelos deuses, Epimeteu logo se esquece do conselho de Prometeu e aceita-a comosua mulher. Após algum tempo, vencida pela curiosidade, Pandora acaba por abriro jarro, e libera diversos males pelo globo, deixando lá dentro apenas Elpis, apersonificação da esperança. A frase mostra algo que gera curiosidade, mas que émelhor não ser revelado ou estudado, pois seria fonte de males ou desgraças.

Entre Cila e Caríbdis: Na mitologia, Cila e Caríbdis eram dois monstros os quais moravam em lados opostos ao estreito de Messina. Cila era uma criatura marinha, que provocava redemoinhos de modo a levar tudo na superfície do mar à sua boca, para depois cuspi-los. Caríbdis morava em uma gruta, em frente a Cila, e saía dela para comer o resto deixado por ela. A expressão "Entre Cila e Caríbdis" designa a ideia de estar entre duas ameaças, sem conseguir decidir qual das duas é pior.

Esforço hercúleo: refere-se ao herói Héracles, o romano Hércules. Tal semideus, filho de Zeus e Alcmene, foi conhecido por seus doze trabalhos, os quais estavam acima da capacidade mortal. É chamado "esforço hercúleo" o esforço que está no limite ou além da capacidade humana.

Leito de Procrusto: Procrusto era um bandido da ática, que matava todos os seus hóspedes. Ele os conduzia a um leito de ferro que possuía em sua casa. ao deitarem-se nele, os hóspedes possuíam partes do corpo amputadas, caso fossem maiores que ela, ou então se corpo era esticado, caso este fosse maior que a cama, torturas as quais sempre levavam à morte. Só quando Teseu por lá passou, que Procrusto foi derrotado, vítima de sua própria prática. "Leito de Procrusto" refere-se à aplicação de uma medida única, forçando todos a aceitarem-a.

Pomo da discórdia: remetente à Guerra de Tróia, faz alusão à sua origem. No casamento de Peleu e Tétis, todos os deuses foram chamados, a não ser Éris, a deusa da discórdia. Indignada com isso, ela lança sobre a mesa do banquete uma maçã de ouro, com os dizeres "Para a mais bela". Com isso, Hera, Afrodite e Atena começam a disputar o posto de mais bela das deusas. Zeus, para manter-se de fora de tal conflito, diz a elas que peçam para que o camponês troiano Páris julgue-as. Tal julgamento acaba por causar a guerra mais tarde. É chamado de "pomo da discórdia" algo que dá motivo a uma discussão ou a uma desavença.

Presente de Grego: Tal expressão remete à lenda da Guerra de Tróia. Protagonizada por gregos de um lado e troianos de outro, foi uma guerra feita buscando a devolução de Helena, esposa de Menelau, que fora raptada pelo príncipe troiano Páris. Após dez anos de guerra, devido à uma estratégia de Odisseu, os gregos conseguem ganhar. Fingindo deixar a cidade, eles deixam um cavalo de madeira de presente aos troianos. Sem prestar atenção aos avisos de Cassandra,a profetisa da cidade, os troianos levam o cavalo para dentro das muralhas.Saindo de dentro do cavalo, os guerreiros gregos subjugaram-na. A expressão demonstra um presente que traz prejuízo ou aborrecimento a quem recebe-o.

Profecia de Cassandra: Tem origem na filha do rei troiano Príamo, Cassandra, a qual ganhara seu dom de prever o futuro após prometer aApolo que se deitaria com ele. Porém, após receber o dom, a jovem recusasse adeitar-se com ele, fazendo com que o deus sol a amaldiçoa-se. Assim ela passa aprever o futuro, porém devido a Apolo, ninguém acreditava em suas palavras, umadas várias causas da Guerra de Tróia. É chamada “Profecia de Cassandra” umaprofecia catastrófica ou uma profecia na qual ninguém acredita.

Torcer a orelha: Tal expressão faz alusão à deusa Mnemósine, mãe das Musas. Na mitologia grega, ela era a deusa da memória, a única capaz de fazer frente aos poderes de Cronos. Como os gregos dedicavam a ela a orelha, quando esqueciam-se de algo, torciam-na, como um modo de estimular a memória e não mais cometer esquecimentos. Tal gesto acabou virando um ato de punição.

Trabalho de Sísifo: Sísifo, rei de Corinto, foi uma das poucas pessoas a enganar(ou quase) a Morte. Quando Tânatos fora buscá-lo, o rei começara a elogiá-lo. O deus, sendo tão vaidoso quanto todos os outros, deixa ser levado pela lábia do soberano. Assim, Sísifo consegue colocá-lo em uma coleira, sob o pretexto de estar oferecendo um colar ao deus. Com o deus da morte acorrentado e sua evidente incapacidade de realizar seu trabalho, as pessoas começam a não morrerem mais. Revoltado com tal situação, o deus Ares passa a procurar Tânatos. Ao achá-lo, o deus da guerra liberta-o e Sísifo é levado ao submundo. Porém, o rei havia aconselhado a mulher e os filhos a não realizarem os ritos fúnebres, de modo que sua alma não pudesse estabelecer-se no Hades por completo. Com tal situação, Hades vê-se sem saída, senão deixar que o rei voltasse à vida e fizesse certo os ritos. Porém mais uma vez o rei engana a morte durante tempos, até que a velhice leva-o finalmente de volta para o reino dos mortos. Lá, o rei é condenado a rolar uma pedra até o cume de uma montanha, e sempre ao chegar lá, ver a pedra descer todo o caminho, tendo de recomeçar seu trabalho. a expressão "Trabalho de Sísifo" é utilizada para nomear uma tarefa que é exaustiva, inútil e interminável.

Voto de Minerva: Tal expressão remete À uma das histórias da Guerra de Tróia. Para conseguir vitória na guerra, Agamenon, chefe das forças gregas, oferece a vida de sua filha em sacrifício aos deuses. Clitemnestra, mulher de Agamenon, cega de ódio pela morte da filha, acaba por matar o marido. Assim, Apolo ordena que Orestes, filho do casal, vingue a vida do pai. Após Orestes matar a mãe, seu crime também teria que ser julgado. O jovem suplica a Apolo, e o deus concede-o um julgamento. Porém, a decisão dos doze cidadãos da cidade terminara empatada. Assim, Atena é chamada para desempatar o empasse. A deusa da sabedoria profere seu voto, poupando a vida a vida do jovem. "Voto de Minerva" refere-se à um voto de desempate, aludindo à versão romana de Atena.