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Aproveite sua passada aqui para descobrir mais sobre a mitologia greco-romana.

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Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nêmesis (Νέμεσις)


Deusa grega filha de Nyx, era a personificação da vingança e deusa do equilíbrio, punia a presunção humana e aqueles que não cumprissem as leis. Foi ensinada pelas Moiras junto a Têmis. Por ser deusa do equilíbrio, ela distribuía tanto a boa quanto a má sorte, sempre dando a sorte contrária à que estivesse presente na vida da pessoa, era a força encarregada de combater tanto sorte demasiada ou azar em excesso, quanto o orgulho dos reis, ou a fortuna não merecida de alguém.

Junto a isso, punia aqueles que cometiam crimes e ficavam sem punição, e ajudava as mulheres com maridos perdidos e aqueles injustamente haviam sido condenados.

É mãe de Helena de Esparta e Pólux. Ao ser cortejada por Zeus, a deusa tentou evitar a união metamorfoseando-se em diferentes animais. Após transformar-se em uma gansa, Zeus metamorfoseara-se em um cisne e consume a união. Dela, Nêmesis põe um ovo, e abandona-o. Após ser achado por camponeses, o ovo é entregue à rainha Leda, para ser chocado junto ao ovo posto por ela, na ocasião de sua união ao deus dos deuses, quando este estava em forma de cisne.

Nêmesis é também parte de uma das versões do conto de Narciso sendo, nessa variante, ela e não Afrodite a puni-lo.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nix (Νυξ)


Deusa grega a qual personificava a noite, chamada de Nox pelos romanos, foi uma das divindades primordiais a vir do Caos, junto a Gaia, Tártaro, Eros e Érebo.

Sua representação varia, podendo ser considerada uma deusa benéfica ou maléfica. Na primeira, representa a noite e suas belezas, enquanto na outra, além de representar a noite e seus perigos, é vista como uma divindade cruel, que castiga impiedosamente e que amaldiçoa.

Por ser a deusa primordial da noite, é a patrona original das feiticeiras e bruxas, tendo conhecimento dos mistérios e segredos da noite. Junto a isso, era considerada como detentora do segredo da imortalidade, podendo matar tanto homens quanto deuses, assim como fez a Urano, ao forjar a foice dada a Cronos por Gaia. Por possuir tal poder, Nyx causava medo ao deus dos deuses, Zeus.

Assim como Hades, a deusa possuía um instrumento que deixasse-a invisível, representando o lado da noite ocultado pelas trevas.

Quanto a filhos, sua maioria eram deuses superiores aos outros, representando diversos males e forças indomáveis. Junto a Érebo, seu irmão, teve Éter, a luz celestial, e Hemera, o dia. Já por partenogênese, gerou uma série de filhos, os quais assolavam a vida dos deuses e dos homens, sendo eles:

  • Moros , o Destino;
  • Queres, a morte violenta;
  • Tânatos, a Morte;
  • Hipnos, o Sono;
  • Oniro, a legião dos sonhos;
  • Momos, o Escárnio;
  • Oizus, a Miséria;
  • Hespérides, guardiãs, ao lado de Ládon, da árvore de maçãs de ouro de Hera;
  • Moiras, impiedosas deusas que tricotavam o destino;
  • Nêmesis, deusa da retaliação e do balanceamento;
  • Apate, o Engano; a Fraude;
  • Filotes, deusa da amizade(na Teogonia, de Hesíodo, tida como deusa do amor);
  • Geras, a Velhice;
  • Éris, a Discórdia;
  • Limos, a Fome;
  • Ftono, a Inveja;
  • Ênio, deusa da canificina;
  • Lissa, a Loucura;
  • Caronte, barqueiro do mundo dos mortos.
  • Dolos, a Trapaça
Assim são descritos os filhos da Noite, na Teogonia, de Hesíodo:
"Os filhos da Noite
Noite pariu hediondo Lote, Sorte negra
e Morte, pariu Sono e pariu a grei de Sonhos.
A seguir Escárnio e Miséria cheia de dor.
Com nenhum conúbio divina pariu-os Noite trevosa.
As Hespérides que vigiam além do ínclito Oceano
belas maçãs de ouro e as árvores frutiferantes
pariu e as Partes e as Sortes que punem sem dó:
Fiandeira, Distributriz e Inflexível que aos mortais
tão logo nascidos dão os haveres de bem e de mal,
elas perseguem transgressões de homens e Deuses
e jamais repousam as Deusas da terrível cólera
até que dêem com o olho maligno naquele que erra.
Pariu ainda Nêmesis ruína dos perecíveis mortais
a Noite funérea. Depois pariu Engano e Amor
e Velhice funesta e pariu Éris de ânimo cruel."

sábado, 12 de maio de 2012

Réia


Uma das titânides filha de Urano e Gaia, deusa da fertilidade e patrona dos partos fáceis, considerada a romana Cibele. Casou-se com seu irmão Cronos e com ele teve Hera, Deméter, Héstia, Hades, Poseidon e Zeus. Os cinco filhos, até o deus dos mares, foram engolidos pelo deus do tempo, o qual temia ser destronado por algum deles, devido à profecia realizada por Urano, quando fora castrado pelo próprio filho.

Assim, quando o deus dos deuses nascera, Réia, sob o perigo de ser descoberta pelo marido, esconde o bebê recém-nascido no monte Ida, deixando-o sob os cuidados da ninfa Ida e da ninfa-cabra Amaltéia.

Quando Zeus crescera, Réia ajudara o filho a entrar no castelo de Cronos, sob o disfarce de um serviçal e também cooperara com ele para conseguir que o marido vomitasse os outros cinco filhos, ao tomar, misturado ao Néctar, um líquido mágico fornecido por Métis.

Após a derrota de Cronos, a mãe requisitou a Zeus uma parte do mundo, alegando que o globo não pertencia só a ele. Logo, Réia encontrava-se perseguida pelo próprio filho, e esconde-se nas montanhas, onde se cerca de animais selvagens. Normalmente é associada a leões, e até sua biga é puxada por eles, mostrando que por mais feroz que seja a criatura, ela será domada pela figura maternal.


Por Trás do Cotidiano - Dia das mães

O dia das mães, o qual ocorre no segundo domingo de maio no Brasil, possui origem mitológica. Ele era celebrado na Grécia antiga na entrada da primavera, em honra de Réia, considerada a mãe dos deuses, por ter dado origem à maioria dos deuses olimpianos, ou por ser avó deles. Dentre os doze, apenas Afrodite não possui parentesco maternal com Réia, quando considerada vinda da excitação das genitálias de Urano no mar, após o filho Cronos ter castrado-o.

domingo, 6 de maio de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - O Javali de Erimanto


Após espantar as aves do lago Estínfalo, a Héracles é designada a tarefa de perseguir o javali que assolava a região de Erimanto.

A caminho da regão, Héracles encontra-se com Folos, um centauro seu amigo, o qual  convida o herói para comer e descansar em sua caverna. Héracles banquetea-se com a comida oferecida pelo amigo, mas percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, mas abriria uma exceção, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo deles. Pouco depois de abri-lo, vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato do vinho estar sendo oferecido à ele, e se armam contra o intruso. Quíron vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, o imortal Quíron também havia sido ferido. Mesmo com seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário. Além da morte do sábio centauro, outra morte atingira o herói. Ao final do massacre, Folos pega uma flecha para analisá-la . Héracles se sobressalta, temendo pela vida do amigo, e dá um grito ordenando que ele não tocasse na arma. Porém, tal ação assustara Folos, e com isso, o centauro deixara cair a flecha, que passa de raspão em sua pata. Assim, mais um amigo de Héracles jazia morto naquelas terras. Não querendo mais ficar nela, o herói vai em busca do novo monstro.

Procurando por todos os lados, Héracles demora a achar o rastro do animal, só encontrando depois de um tempo. Ele começa a seguir o rastro deixado pelo javali para achá-lo. Porém, essa a tarefa mais fácil, pois o que fora incumbido ao herói era conseguir levar o animal vivo, tendo assim, que persegui-lo e pegá-lo com as próprias mãos.

Durante dias e noites o herói perseguiu-o, porém o javali conseguia escapar dele facilmente, pois além de correr muito rápido, ele também conseguia  esconder-se em moitas e fendas estreitas. Várias e várias vezes o herói tivera que parar para descansar, devido à exaustão causada por tal tarefa.

Colocando a cabeça para pensar, Héracles chega à conclusão de que deveria conduzir o javali até um local o qual ele não conseguiria escapar. Assim, o herói começa novamente sua perseguição, conduzindo o animal até uma montanha coberta de neve.  Toda vez que ele tentava mudar de direção, Héracles jogava pedras em seu caminho, para fazê-lo retonar ao caminho original.

Assim que entrou na área de neve, as patas do javali afundaram, e não mais conseguiram sustentá-lo em sua corrida. Assim, Héracles conseguira amarrar o javali e levá-lo até o covarde rei. Euristeu, em um momento de desespero e pânico, deu um salto, e se jogou dentro de um grande vaso de barro. Indiferente à ação do rei, Héracles fora até o vaso, e na sua borda, curvara o javali para que o rei pudesse ver, com seus próprios olhos, que mais uma tentativa de matar o filho de Zeus fracassara.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dédalo e Ícaro


Dizia-se que antigamente havia em Atenas um hábil artista e artesão chamado Dédalo, o qual destacava-se tanto nessas duas artes, quanto na arquitetura e nas invenções. Esses dons trouxeram prosperidade à cidade na época, além de despertar a admiração de vários cidadãos atenienses. Contudo, como quanto maior a luz maior a sombra, quanto maior a admiração, maior também a inveja.

O inventor possuía um sobrinho chamado Talos, tão inteligente quanto ele. O garoto tinha grande interesse pelas invenções feitas pelo tio, e cuidava de produzir as próprias. Certo dia, havia chegado na oficina e mostrado a Dédalo uma serra de metal, instrumento que ele havia criado para partir a madeira ao meio, deixando seu tio orgulhoso.

Porém certa vez, quando passeava com seu sobrinho pela Acrópole, algo aconteceu. À beira de um precipício Talos tropeçara e perdera o equilíbrio, despencando para a morte. Nesse momento, todos aqueles que haviam ficado com inveja do trabalho de Dédalo começaram  a acusá-lo de homicídio, e pediam a pena de morte para ele. Como eram homens com influência, conseguiram apenas parte do pedido, fazendo com que Dédalo fosse exilado da cidade.

Andando sem rumo, o inventor acaba por chegar a Creta, região a qual estava sob o poder do tirano rei Minos. O rei, o qual já havia visto os vários templos atenienses feitos por Dédalo, ficara sabendo que o inventor estava na região, e oferecera hospitalidade a ele. Foi na época que o inventor teve Ícaro, com uma mulher chamada Náucrate, a qual morrera quando o filho ainda era criança.

Desde pequeno, Ícaro interessara-se pelas artes dominadas por seu pai, e após profissionalizar-se nelas, passara a ajudá-lo em sua oficina, possuindo participação inclusive na construção do labirinto de Creta.

Nesse labirinto estava aprisionado o minotauro, monstro filho da rainha Pasífae com um touro, uma punição de Poseidon infligida a Minos. Após dominar Atenas, o tirano determinara que fossem enviados para o labirinto sete casais de jovens, como tributos ao minotauro.É só após a chegada de Teseu que o monstro é morto, pois com a ajuda de Ariadne, a qual pedira socorro a Dédalo, Teseu consegue entrar e sair do labirinto.

Ao saber que seu monstro havia sido morto, Minos trancafia o inventor e seu filho no labirinto, para que lá morressem. Após ter a notícia de que Minos estava guardando os mares, Dédalo conclui que o único modo de escapar seria pelos ares. Assim, ele e seu filho passam a coletar as penas que caíam no chão do labirinto, e fixá-las com cera.

Antes de começarem sua viagem, Dédalo adverte o filho a não voar alto demais, senão o sol derreteria a cera, e a não aproximar-se demais do mar, o que faria com que as penas molhassem. Assim, pai e filho alçam voo, deixando todos da região que os viam estarrecidos, achando que eram deuses passeando pela Terra.

Porém, a certa altura do voo, Ícaro sobe muito alto nos céus. Seu pai tenta gritá-li, mas o vento leva suas palavras para longe. Ele não percebe que a cera entre suas penas começa a derreter, e quando se dá conta do que estava acontecendo, já estava em seu caminho rumo à morte no mar. Seu pai, com um grande esforço de suas penas, tentara pegá-lo no ar, muito tarde. Ícaro já estava sendo conduzido por Tânatos até o Hades. Com dificuldade, Dédalo conseguira carregar o corpo morto do filho até terra firme, e sepultá-lo.

Após esse trágico acontecimento, Dédalo é acolhido pelo rei Cócalo e suas filhas. Minos, que estava procurando o inventor, não mediu esforços nem distância para ir atrás dele. Com uma concha que fora presente de Tritão, ele perguntava em todos os reinos se alguém era capaz de passar um fio na concha. Só quando chegou à Sicilia, terra a qual estava sob o domínio do rei Cócalo, que ele teve seu problema resolvido. Dédalo, ainda escondido, conseguira passar a linha amarrando-a em uma perna de formiga e colocando mel do outro lado da concha, de modo que para conseguir o doce, a formiga teria que passar por dentro da concha e achar sua saída.

Minos acusa Cócalo de estar escondendo Dédalo, e pede que ele devolva o inventor. O rei disse que iria atender seu desejo, porém, por pressão por parte de suas filhas e do povo, o rei fica em dúvida. Chamando os conselheiros reais, ele pergunta o que fazer ao rei. A resposta logo veio e, durante um banho de Minos, foram nele despejados caldeirões de água fervendo, matando-o instantaneamente. Após sua morte, Minos tornou-se um dos juízes dos mortos. Dédalo morrera em Atenas, seu lar.