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Por Trás do Cotidiano

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Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

domingo, 25 de novembro de 2012

Atena (Αθηνά)


Deusa da inteligência, estratégia, razão, justiça e habilidade, é uma das deusas mais importantes do mundo grego antigo. Possui como símbolos a coruja e a oliveira. Seu estranho surgimento é um dos mais aludidos e falados na mitologia. É constantemente chamada Palas Atena devido a ter matado, acidentalmente, uma de suas amigas de juventude chamada Palas, filha de Tritão. Para não esquecê-la, ela colocara o nome da amiga antes do próprio e criara uma estátua, o Paládio, o qual fora crucial para a queda de Tróia durante a guerra de mesmo nome. Uma outra versão é a de que, durante a Gigatomaquia, Atena matara um gigante chamado Palas e, para comemorar sua vitória, colocara o nome do gigante antes do seu.


Conta a lenda que após que a Titanomaquia ocorrera, Zeus voltara a se encontrar com Métis, a deusa do bom conselho, e com ela se casou. Porém, pouco tempo após o matrimônio, Zeus recebe a visita de Gaia, sua avó. Assim como Urano, ela possuía o dom da profecia, e diz a ele que seu primeiro filho com Métis seria uma mulher, com inteligência e força igual às do pai. Porém, caso tivesse mais um filho, ele seria mais forte que Zeus, e seria o governante dos deuses e homens. Como para confirmação da profecia e para desespero do senhor dos céus, no dia seguinte Métis diz a ele que estava grávida. Nesse exato momento, Zeus pensa em como se livrar de Métis, e lembra de seu pai. Esperando um momento em que sua mulher estivesse adormecida, ele a engole. (Em alguns contos, ele e a mulher brincam de metamorfosearem-se e, quando Métis transformara-se em uma abelha, Zeus engoliu-a).

Porém, só quando já estava com Hera que Zeus começou a sentir uma dor de cabeça profunda, até mesmo para um deus. Chamando o enteado Hefesto, ele pede ao deus coxo que quebre sua cabeça, e tem seu pedido prontamente atendido. Para sua surpresa, de sua cabeça sai uma deusa dando um urro de guerra, e totalmente vestida para ela. No minuto seguinte, ela retira seu elmo e deposita suas armas em frente a Zeus, mostrando que não desejava guerrear com o pai, para alívio deste.

Por não possuir uma figura de mãe, pois Zeus fizera esse papel, e Hefesto o de parteira, Atena prefere a companhia dos homens, e passa a ser uma das três deusas virgens, junto a Héstia e Ártemis. E sua virgindade era algo que ela protegia com todas as duas forças. Em uma das versões para a cegueira do adivinho Tirésias, é dito que ele vira a deusa banhando-se. Ao se dar conta disso, prontamente Atena fecha-lhe os olhos. Porém, ela se arrepende e, sem ter como dar-lhe sua visão de volta, ela lhe dá o poder da profecia. Inicialmente, a deusa não possuía nenhum de seus atributos hoje a ela relacionados. Foi apenas quando Prometeu estava perto de sofrer suas torturas que a deusa aprendeu, com ele, a arquitetura, astronomia, matemática, medicina e várias outras artes. Por ter nascido de Zeus, Atena incorpora as virtudes da mãe e o poder do pai.

Devido aos conselhos dados ao pai em suas estratégias, guerras, governos, e sempre estar ao seu lado, Atena é a filha preferida de Zeus. O deus dos deuses tanto gosta dela, que deixa ela utilizar seu escudo Aegis e seus raios quando ela deseja. É apenas depois que Atena nasce que o escudo ganha em sua fronte a cabeça da Medusa

Apesar de ser deusa da estratégia em batalha, a deusa não gosta de guerras, sendo isso mostrado quando ela abaixa a lança e tira o elmo na frente de seu pai. Em suas batalhas com o deus Ares, o deus sanguinário da guerra, ela sempre levou a melhor. Na Guerra de Tróia, Atena ajuda Diomedes a vencer Ares e, quando este volta para se vingar, a deusa mais uma vez vence-o. Quando Ares desafiara Deméter, por esta ter criado a agricultura e ter mostrado aos homens o quão ruim era a guerra, Atena logo aparecera ao lado dele, jogando-o para longe. 

Nenhuma outra divindade ajudara tanto os heróis quanto ela. Em seus trabalhos, Héracles teve sua ajuda, principalmente contra as aves do lago Estínfalo. Aos Argonautas, ela ajuda-os na criação do barco Argos. Na Guerra de Tróia ajuda os gregos em sua totalidade e na Odisséia ajuda Odisseu a disfarçar-se de velho, para que possa não ser reconhecido pelos outros quando volta à sua terra natal. A Perseu ajuda quando este encaminha-se para matar a Medusa, e a Belerofonte, diz o que fazer para domar Pégasus e dá-lhe o instrumento. Contudo, assim como mostrado em um de seus templos, que possuía a inscrição "Junto de Atena, mova, porém, o seu braço.", a deusa não ajudava aqueles que nada fizessem.

Porém, assim como ajudava aqueles que mereciam sua ajuda, punia os que merecessem sua ira. O próprio monstro que ela ajudara Perseu a matar, fora criado por ela, pois quando Medusa ainda era uma mulher, ela ficara com Poseidon em um templo de Atena, e ao invés da deusa  castigar o deus de alguma forma, seu ódio caíra sobre a mortal. Já com Aracne, que ousara se comparar a ela na arte de tear, ela a transformou em uma aranha.

Era representada ao lado de uma serpente, símbolo da sabedoria, com seu escudo ao outro lado, e com a deusa alada Niké em sua mão, mostrando a constante vitória em suas guerras.

Na Grécia fora muito cultuada, principalmente em Atenas, a cidade que, segundo o conto, fora disputada por ela e Poseidon, e ganha por ela após ela oferecer uma oliveira, em competição à fonte de água de Poseidon. Em Atenas, tivera um templo construído em seu nome, o Parthenon, e as Panatenéias, as quais incluíam corridas de cavalo e disputas de arte em nome de Atena.

Em Roma fora chamada de Minerva e constituía parte da maior trindade de deuses, sendo ela Minerva, Júpiter e Juno. Seu nome também deu origem à expressão "Voto de Minerva".

sábado, 20 de outubro de 2012

Ártemis (Άρτεμις)



Filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo, nasce momentos antes de seu irmão, e ajuda no parto deste. Por isso, ao ver a dor sofrida pela mãe, Ártemis promete recusar a companhia masculina, para nunca sofrer tal dor. Representa a lua depois de Selene, porém apenas em uma de suas fases. Junto a Selene e Hécate, no entanto, compõe uma tríade de deusas lunares, motivo pelo qual posteriormente a romana Diana foi a elas associada, e não a uma em especifico.

Passado algum tempo, Zeus vai até ela e pergunta o que a filha gostaria de presente. Ela diz desejar caçadoras as quais acompanhassem sua caçada, assim também como cães e cervos. Tudo isso, somado ao último presente, um arco e flechas prateados, faz de Ártemis a deusa da caça e da vida selvagem.

Por ser uma deusa donzela, assim como Héstia e Atena, Ártemis muito protege sua virgindade e pureza, sendo cruelmente vingativa com aqueles que ela julga terem desrespeitado-a, como exemplo sua punição aplicada a Actéon.

Apesar disso, a deusa já quase teve uma relação amorosa, com o mortal Órion. Porém, com ciúmes, Apolo induz a deusa a matá-lo, e sua morte, a qual origina a constelação de Órion, está ligada ao signo de escorpião.

Outro dos contos no qual está envolvida é o dos gigantes aloídas, dois irmãos chamados Oto e Elfíates. Sua altura crescia a cada ano, e com ela, também sua arrogância, chegando ao ponto de ambos desprezarem os deuses.

Porém, após terem conseguido capturar Ares, o deus da guerra, os deuses passaram a temê-los, inclusive devido à sua imortalidade, pois fora profetizado que eles apenas morreriam caso um matasse o outro.

Formulando um astuto plano, Ártemis solta uma corça, e os gigantes começam a caçá-la. Logo ambos a conseguem em sua mira e lançam suas flechas, sem perceber que a a corça se localizava bem no meio da distância entre eles. Assim, Ambos acabam por morrer por suas próprias flechas. Com isso, Ártemis é aplaudida no Olimpo, por ter conseguido se livrar de tamanha ameaça.

Em Roma, Ártemis foi associada a Diana, porém tal associação não era perfeita pois tal deusa romana representava também as deusas lunares Selene e Hécate. Esse é um dos motivos pelo qual, em alguns casos, o conto de Selene e Endímion possa gerar dúvidas para as pessoas, ao ver o nome romano Diana no meio do conto.

sábado, 13 de outubro de 2012

Apolo (Ἀπόλλων)


Filho de Zeus e Leto, é o deus do sol, não personificando-o como Hélio, mas sim como condutor da carruagem do sol.

Seu nascimento foi um tanto conturbado. Após descobrir que Leto estava grávida, Hera ordena à cobra Píton que comece a persegui-la, para que em nenhum lugar ela pudesse dar a luz. Junto a isso, ela proíbe todo lugar de acolhê-la em seu trabalho de parto.

Porém, a ilha de Delos, que nada tinha a temer da ira de Hera, por ser estéril, oferece abrigo a Leto assim que ela proclama seu pedido. Assim que o fez, a ilha flutuante que era Delos parou no mar, apoiada em dois pilares e, como a cobra estava longe o suficiente, Leto lá deu a luz.

Assim que começa seu trabalho de parto, Leto recebe a ajuda de várias deusas e, após alguns dias, Ártemis chega, deusa da lua e da caça, chega. Assim que sai do ventre de sua mãe, a filha ajuda-a no parto de seu irmão e, ao ver a dor sofrida pela mãe, ela jura tornar-se virgem, para nunca passar por isso. Pouco depois, o deus do sol, Apolo, nasce.

Poucos dias após seu nascimento, Apolo sai em busca da serpente Píton, para vingar-se por sua mãe. Munido com um conjunto de arco e flechas dado por Hefesto, o deus do sol rapidamente encontra o covil do monstro, sendo logo recebido por ele. Porém, rapidamente o embate ocorreu, pois Apolo, retirando uma das flechas de sua aljava, mata a fera assim que chega perto da serpente. Assim, ele enterra-o no monte Parnasso, local no qual seria criado posteriormente o oráculo de Delfos.

Porém, mesmo sendo um deus, Apolo havia cometido assassinato, visto que Píton era filho de Gaia. Assim sendo, a divindade vai à Tessália e, passando-se por camponês, coloca-se a serviço do rei Admeto, ao qual ajuda quando o soberano demonstra interesse na mão de Alceste, princesa de Iolco e filha do rei Pélias.

O preço do rei pela mão de sua filha era a realização da façanha de atrelar um leão e um javali a um carro. Ajudado, mesmo que sem saber, por Apolo, Pélias atrela ambos os animais, ganhando assim a mão de Alceste.

Foi apenas depois de nove anos que Apolo conseguiu purificar-se de seu crime.* Assim que conseguira, também, logo rumava a Delfos, sua amada cidade.

Apesar de ser descrito como o mais belo do Olimpo, Apolo tivera muitos casos amorosos fracassados, entre eles, seu primeiro amor, Dafne, o qual foi uma vingança de Eros em relação à arrogância de Apolo, após este matar a serpente Píton.

É deus principalmente do sol, além de ser deus da cura, praga, profecias, poesia e arco e flecha. Rege também a medicina, antes de seu filho tornar-se deus de tal oficio, quando, após uma conturbada situação, este ascendera ao Olimpo. Possui como símbolo a lira, a qual foi obtida por ele após trocar com Hermes o caduceu, originalmente sua posse, o qual era utilizado para conduzir seu próprio gado. Quando Roma domina a Grécia , devido à não existência de um deus com a especificidade de Apolo, tal deus é diretamente importado para a mitologia romana, tendo até seu nome conservado.

*Em algumas versões, Apolo é condenado por ter matado os ciclopes que forjavam os raios de Zeus, e assim acaba a serviço de Admeto

NOTA: Muitas pessoas acham que Febo é o nome romano de Apolo, mas como ele foi um deus diretamente importado da Grécia, os romanos preferiram manter seu nome original. O "Febo", palavra a qual significa "brilhante", antes de seu nome refere-se a ele no papel de deus do sol/luz. Os romanos costumavam chamá-lo de Febo Apolo, mas não se deve colocar Febo como o nome romano de Apolo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - O Touro de Creta


Ao tomar conhecimento do êxito de Héracles para limpar os estábulos do rei Áugias, Euristeu decide tentar vencer o herói pelo cansaço e perigo. Ele ordena ao herói que vá bem busca do touro de Creta, e que trouxesse-o até ele pelo mar.

Tal touro fora um presente do deus Poseidon para o rei Minos, e originou o signo de touro. Após ganhar grande pode marítimo com a ajuda do deus, Minis promete sacrificar qualquer animal que aparecesse vivo nas praias. Tempos depois, Poseidon manda um magnifico touro. Porém, maravilhado com o animal, o rei não o sacrifica e tenta enganar o deus dos mares matando um touro de segunda categoria. Vendo isso, Poseidon, além do já mencionado anteriormente, faz o touro, outrora calmo, ficar louco e furioso, passando a destruir tudo e todos os que ficassem em seu caminho.

Assim, Héracles navega até Creta, e vai ao encontro do rei Minos, para avisar-lhe de sua missão. Mostrando descaso quanto à segurança e à vida do herói, o rei dá o consentimento a tal operação.

Ao sair à procura do touro, logo o encontra, sendo em seguida atacado por ele. Antes que os chifres o atingissem, porém, Héracles desvia-se do ataque, deixando o touro no chão. Logo em seguida o animal levanta-se e e investe mais uma vez. Rapidamente aproveitando a situação Héracles segura os chifres do touro, levando sua cabeça ao chão, subjulgando-o. Apenas depois de muito tentar se libertar que o touro reconhece a derrota. Assim sendo, logo seus chifres já estavam amarrados, impedindo-o de se mover ou voltar ao ataque.

Quando chegara ao mar, facilmente a travessia foi realizada pois, nas costas do boi, a corrente d'água não era um problema. Chegando do outro lado, Héracles amarra o touro no estábulo de Euristeu antes de, por covardia, o medroso rei libertar o animal e este voltar a espalhar o terror na Hélade*.

* Hélade é o nome da região da Grécia antes de seu nome atual ser empregado pelos romanos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ananke (Ἀνάγκη)

Uma deusa primordial segundo a cosmogonia órfica, chamada de Necessitas pelos romanos, é a mãe das moiras, tecedoras do destino, e de Adrastéia, uma das ninfas as quais cuidaram de Zeus quando tiveram de escondê-lo do pai Cronos.

É a deusa primordial da inevitabilidade, destino e fatalidade, controlando o destino tanto dos homens quanto dos deuses, os quais, assim como os mortais, deveriam cultuá-la e oferecer sacrifícios em seu nome. É representada como uma serpente envolvendo um ovo, o "ovo primordial". Junto a Chronos, representa as forças ao redor do ovo, forças do destino e do tempo. Tal ovo divide-se posteriormente em terra, céu e mar, formando assim, o universo organizado.

Devido a seu poder sobre o destino, pode ser relacionada às moiras homéricas, as tecedoras do destino. Com o tempo, Anake caiu no esquecimento, até ser substituída por Eros, o qual se opunha à deusa, representando o amor, mas ainda curvando os deuses à sua vontade, assim como uma vez fizera a Apolo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Por Trás dos Animes - Mitologia em Mirai Nikki


Mais uma vez, os animes aparecem com muitas bases mitológicas, leia mais sobre esse.

Enredo: A história começa com um garoto, Amano Yukiteru, o qual possui problemas em fazer amigos em sua escola. Assim, solitário, ele começa a tornar-se um observador das situações ao seu redor, e escrevê-las em seu celular, tornando-o um diário. Atormentado por sua solidão, Yukiteru começa a sonhar com um ser chamado Deus X Machina, lorde do tempo e do espaço. Vendo como Yukiteru estava em sua depressão, Deus dá ao seu diário o poder de prever o futuro. Yukiteru então começa a abusar de seu poder, chamando a atenção de outras pessoas. Assim que passa a ser perseguido por sua colega de classe Yuno após ela revelar ser uma dona de diário, e quase morrer nas mãos do Terceiro, que também é um dono, Yukiteru percebe que não é o único a ter o poder da visão do futuro. Ao questionar Deus, Yukiteru tem a resposta: o jogo possui ele, Yuno e mais dez jogadores, todos competindo pelo posto de deus. Depois de tal revelação, Yukiteru forma uma aliança com Yuno e tenta vencer esse jogo de sobrevivência.



Já em sua abertura, o anime mostra que possuirá algo relacionado à mitologia, ao colocar o nome dos doze deuses romanos em latim. Os personagens possuem também relação com a mitologia, leia a seguir.

Atenção: Postagem com revelações sobre o enredo, caso não tenha lido e não queira saber, não leia.

Amano Yukiteru: Protagonista masculino da história, possui o diário aleatório, o qual diz o futuro ao seu redor. É baseado no deus romano Júpiter, o Zeus grego. Contudo, no início da história, diferentemente do deus, Yukiteru é indeciso, e dependente de Yuno várias e várias vezes, assim como comumente Zeus dependera de Hera. Com o passar do tempo, Amano torna-se mais frio e calculista, tomando o posto de líder. Ao final da história, junto a Yuno, sucede Deus X Machina como deus do tempo e espaço.

Gasai Yuno: Uma das personagens femininas principais, tem o diário do Yukiteru, um diário o qual diz tudo sobre ele. Possui base na deusa Juno, correspondente à grega Hera. É a segunda dona de diário e possui uma relação com Yukiteru, mesmo que meio conturbada. Bonita e inteligente, por muitos estudantes é tida como um modelo, assim como muitas vezes ocorre a Hera. Também aludindo à deusa, é ciumenta(beirando a possessividade) com Yukiteru e não pensa duas vezes em matar qualquer uma que chegue perto dele, representando a rivalidade que Hera possuía com as amantes de Zeus, a exemplo Io e Calisto.

Hiyama Takao: O primeiro do jogo a ser morto, Takao possui o terceiro diário, o diário do assassino, o qual diz suas próximas vítimas, tendo em vista ele ser um assassino. Em sua pequena relação com o deus Vulcano, representação romana do Hefesto grego, Takao mostra grande habilidade manual, ao criar sua máscara e seu colete, os quais protegem sua identidade e sua vida, respectivamente.

Kurusu Keigo: O quarto dono de diário, possui o diário investigativo, o qual ajuda em seu trabalho, por ele ser policial. Na história mostra-se como aliado de Yukiteru e Yuno, na busca de um modo para salvar os outros donos da morte. Porém, devido a acontecimentos no decorrer do enredo, ele volta-se contra os protagonistas, e ao ver que não conseguiria matar crianças, opta por quebrar seu diário, o que resulta em sua morte. Apesar de mostrar vários detalhes das investigações, o diário investigativo de nada serve caso Keigo não esteja envolvido em uma. Sua base mitológica é Mercúrio, o deus grego Hermes, talvez devido ao fato de por ser mensageiro dos deuses, o deus ter de investigar várias situações diferentes.

Houjou Reisuke: Apesar de ser apenas uma criança, é o quinto dono de diário. Possuindo o diário da super visão, ele é capaz de visualizar em seu livro de colorir os acontecimentos de três momentos do dia de uma vez. É muito inteligente e possui uma mente diabólica. Após Yukiteru e Yuno terem acabado com o culto liderado pela Sexta, os pais de Reisuke estão entre os que cometem suicídio. Ao tentar matar os protagonistas, Reisuke diz não amar os próprios pais devido à sua rejeição, mesmo isso sendo desmentido por ele mais tarde. Sua base é a deusa Ceres, a grega Deméter, podendo as analogias serem percebidas devido ao fato de em grego "Δήμητηρ" poder ser separado em "H ημητηρ", ou seja, "a mãe", demonstrando seu valor pela família. Assim como quando Deméter perde Perséfone, Reisuke também fica desolado ao perder seus pais, procurando vingança. Sua personalidade diabólica pode ser vista na deusa, quando ela pune alguma região com o inverno ou com a escassez de alimento.

Kasugano Tsubaki: Sexta participante, nascida com apenas parte de sua visão, é a líder do culto Omekata. Seu diário é o diário da clarividência, um pergaminho no qual é anotado o que seus seguidores vêem. Quando seus pais morreram em um acidente de carro, Tsubaki foi parte de um ritual, onde vários homens abusaram de seu corpo. Assim, a única coisa à qual ela se prendia para manter sua sanidade era uma bola, dada a ela por sua mãe. Porém, após perdê-la, passou a almejar tornar-se deus, para acabar com o mundo o qual havia a abandonado. É baseada em Perséfone, filha de Deméter e Zeus, a qual foi raptada por Hades e levada para longe da mãe. Lá, ela também perde sua ingenuidade sexual, após tornar-se rainha do submundo ao lado de Hades, o mesmo ocorrido a Tsubaki antes de tornar-se líder do culto.

Isubaka Maruko e Mikami Ai: Originalmente tidos como dois usuários, o casal na verdade participa no jogo como apenas um participante: os sétimos. Inicialmente, o diário de Maruko é o diário do lutador invencível, que diz como ele atacará o oponente, e o de Ai é o diário do flerte, que mostra is próximos com quem ela irá flertar. Porém, após a torre de celular ser desativada e os celulares do casal perderem o poder, eles revelam serem verdadeiros donos, não apenas receptores do sinal do diário de Kamado, feito com a ajuda de Bacchus. O diário de Maruko permite-o cuidar de Ai, capaz de prever tudo o que colocasse-a em perigo. Já o diário de Ai permitia que ela cuidasse de Maruko, ambos formando assim o diário da troca, que revela o futuro um do outro. Quando Ai encontra seu final ao decorrer do jogo, Maruko não tenta salvar-se, sem conseguir viver sem Ai. Assim, ele deixa que Yukiteru pegue o paraquedas para saltar do prédio em destruição onde estavam. O casal é baseado em Marte e Vênus, deuses romanos da guerra e do amor correspondentes a Ares e Afrodite, respectivamente. Tal relação pode ser percebida em seus diários, onde os primeiros referiam-se a golpes de luta, facilmente relacionados a Marte, e flertes, habilidade amplamente utilizada por Vênus em variados contos. Já o segundo diário de ambos alude ao caso amoroso de Marte e Vênus na mitologia.

Ueshita Kamado: A oitava dona de diário é dona também de um orfanato, chamado "casa da mãe", onde Maruko e Ai cresceram. Não possui nenhum interesse no jogo, por temer deixar os órfãos sem ninguém, e possui o diário do servidor, o qual, como servidor emula um "sinal" para que outras pessoas possam tornarem-se usuários intermediários, podendo ter seu próprio diário. Ao ver a morte chegar, Kamado pede a Yukiteru que ganhe o jogo e que crie um mundo no qual as crianças não tenham preocupações. Sua base mitológica vem de Vesta, deusa romana correspondente à grega Héstia, divindade do lar e da família. Na mitologia, para proteger o lar (o Olimpo) ela algumas vezes abdicou de direitos os quais possuía, sendo um deles seu trono no Olimpo, enquanto no anime Kamado demonstra preocupação com sua família, os órfãos. Também como a deusa, Kamado opta por não participar do jogo efetivamente, assim como Héstia não participara na Titanomaquia.

Uryuu Minene: Segunda protagonista feminina, é a nona participante do jogo, sendo uma terrorista, e entra efetivamente na história quando realiza um atentado à escola de Yukiteru. Possui o diário da fuga, o qual dá a ela a melhor rota de fuga quando a situação em questão é perigosa. No terrorismo, é uma astuta inimiga da polícia, demonstrando alta perspicácia para cometer seus atos. No quesito amoroso, Minene sempre se achou superior a tal sentimento, deixando a companhia masculina de lado, até ser balançada ao conhecer Masumi Nishijima, policial o qual procurava capturá-la. Porém, ele acaba por morrer no segundo mundo, e Minene fica com o Nishijima do terceiro mundo. Em alusão à esse sentimento contrário ao contato com os homens, junto às suas grandes estratégias, tanto para ataques quanto para fugas, e seu diário da fuga, tal personagem é baseada na deusa Minerva, deusa romana correspondente à grega Atena, deusa da sabedoria e estratégias de guerra. Junto a isso, seu último nome em japonês possui o kanji para chuva(雨), kanji o qual representa Netuno, o Poseidon grego, no Dii Consentes, os doze deuses do panteão romano.

Tsukishima Karyuudo: Pai de Hinata, uma das amigas de Yukiteru, é o décimo dono de diário. É um criador de cachorros, e por ter grande devoção ao que faz, acaba negligenciando seus deveres familiares. Possui o diário da criação, o qual permite-o comandar todos os seus cachorros, dando ordens e localizações a eles. Devido a tal devoção para com seus animais, e à especificidade de seu diário, sua base mitológica é Diana, deusa romana da caça e da lua, sendo Ártemis sua forma grega.

Bacchus John: O último a ser introduzido no jogo e governador da cidade de Sakurami, é na verdade o criador do jogo, dando tal ideia para Deus, para a decisão de seu sucessor. Possui o diário da observação, o qual permite a ele ver todos os dados presentes nos outros diários. Com uma alusão em seu nome, e nos instantes finais de sua vida, onde ele pensa estar insano, é baseado no deus romano do vinho, das artes teatrais e da sanidade Baco, o Dionísio grego.

Hirasaka Yomotsu: Décimo segundo participante do jogo, é um insano "justiceiro" cego, que possui a própria interpretação, considerando justiça como aquele que ganha, Possui o diário da justiça, um gravador que diz a ele quais feitos maléficos serão realizados, e que pode hipnotizar pessoas a partir de ilusões. É baseado no deus romano do submundo Plutão, o grego Hades. Em grego "Άιδης", em uma tradução primitiva Ά - não e ιδης - ver, pode sugerir o fato de Yomotsu ser representado como uma personagem cega.

Akise Aru: Segundo protagonista masculino, é introduzido na história após Yukiteru mudar de escola, pois a primeira fora explodida por Minene. Primeiramente uma pessoa normal, Akise não participava do jogo. Por gostar de investigações, ele começa uma em torno de Yukiteru, e mais adiante recebe de Kamado o diário detetive, o qual pode realizar "profecias" baseado nos dados de outros diários. É bissexual, e demonstra interesse em Yukiteru, Minene e Tsubaki. Isso, junto ao seu diário, mostra sua alusão ao deus romano Apolo, o qual foi "importado" dos gregos pelos romanos, devido ao fato dos últimos não possuírem um deus com as especificações de Apolo.

Amano Rea: Mãe de Yukiteru, possui uma relação muito próxima com ele. Devido a seu nome e ao fato de ser mãe de Yukiteru, o qual tem relação com Júpiter, é baseada na deusa grega Réia, mãe do Zeus grego e mulher de Cronos.

Amano Kurou: Pai de Yukiteru, divorciado de Rea devido a um grande débito obtido. Aparece na história tentando pagá-lo quebrando o celular do filho, o que resultaria na morte do mesmo. Devido a ser pai de Yuki e à situação do diário, tentando fazer tudo para quebrar o celular e ter sua vida confortável, Kurou é baseado no deus grego Cronos, o romano Saturno, titã do tempo e pai de Zeus, o Júpiter romano.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Asclépio (Ἀσκληπιός)


Filho de Apolo com uma mortal, de nome Coronis, foi tirado pelo pai do ventre da mãe, após essa morrer com sua cria ainda dentro de si. Ao crescer, aprendeu com o pai e com o centauro Quíron a arte da cura, e especializou-se cada vez mais em tal ofício. Assim, Asclépio acabou por tornar-se médico, e tratar dos humanos enfermos. Dizia-se que Atena lhe dera dois frascos, ambos com sangue da medusa. O sangue que corria do lado esquerdo da Górgona era um veneno mortal, enquanto o que corria do lado direito era capaz de ressuscitar os mortos.

Tudo corria bem, até que um dia, anunciado por Hermes, Caronte faz uma visita ao senhor dos céus. Ao que o imortal chega, Zeus percebe que algo não estava certo. Gritando e disparando palavrões por toda a extensão do palácio de Zeus, Caronte é indagado sobre o por que de sua ira. Procurando manter a calma frente ao senhor dos céus, Caronte começa a explicar o motivo de sua vinda.

Acusando Asclépio, o barqueiro diz não ter mais serviço, pois cada vez menos almas apareciam na borda do rio para que fossem levadas ao reino dos mortos. Ao que o o filho de Apolo é acusado, o próprio deus aparece para defender o filho, dizendo tudo que já havia sido dito antes, com um tom de orgulho em sua voz, aprovando a atitude do filho.

Contando sua trajetória até o palácio, Caronte diz ter encontrado a Morte, e ela lhe dito que encontrasse o causador da longevidade das pessoas, pois sem sua função, ela já não mais era necessária ao mundo. Após tal fala, Caronte diz ter visto a própria Morte encontrar-se, quase sendo consumida e desaparecendo.

Dispensando todos menos Hermes, Zeus pede ao filho que vá aos ciclopes e que lhes peça que fabriquem um raio, o qual causasse uma morte rápida. Em pouco tempo, Zeus já se encaminhava para a beira do Olimpo. De lá, tendo uma ampla visão do mundo, Zeus lança o raio, o qual cai diretamente na cabeça de Asclépio.

Assim que a alma do neto chega ao Olimpo, Zeus transforma-o em um deus, o deus da medicina, posteriormente chamado de Esculápio pelos romanos, além de criar a constelação de seu bordão, um cajado envolvido por uma cobra, parecido com o caduceu de Hermes, o qual um dia fora de seu pai Apolo.



Por Trás do Cotidiano

O bordão de Asclépio é o simbolo da medicina, e muitas vezes utilizado pelos médicos.