Bem Vindo ao Olympians BR

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Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Héstia (Ἑστία)



Filha mais velha de Cronos e Réia, irmã de Hera, Deméter, Hades, Poseidon e Zeus, contraparte da romana Vesta, é a deusa que representa a lar e o fogo, ao qual aquece e protege as famílias. Tal tarefa é incumbida a ela por Zeus, que diz à ela para manter e alimentar o fogo do Olimpo com a carne vinda dos sacrifícios dos mortais. 

Como representa o lar, não gosta de guerras e discussões, tendo em vista que, quando Dionísio chega  ao Olimpo e sua introdução ao panteão olimpiano deixaria-o com treze tronos, e tal número sendo indesejado, Héstia prontamente larga seu trono no Olimpo para manter o equilíbrio, passando a ser representada depois disso em um trono de madeira com uma almofada de lã branca, demonstrando sua humildade. Devido a essas e muitas outras, é a mais amada e respeitada entre os deuses. Faz parte, junto a Ártemis e Atena, das deusas virgens, tendo rejeitado Apolo e Poseidon em suas investidas.

Seu culto era muito forte, em todas as casas havia uma chama em um altar dedicado a ela, enquanto existia uma maior, para representar e proteger toda a cidade, presente no Prytaneion, local onde ficavam os governantes. Dentro das casas, o fogo servia para aquecer o coração das pessoas, por isso nunca deveria ser apagado. Ao casar, os filhos levavam um pouco do fogo da casa antiga para a nova. Já nos templos, seu nome era invocado antes de todos os outros deuses. Nas cidades mais evoluídas da Grécia, o fogo representava a aliança entre as colônias e a metrópole.

Em Roma, existiam as virgens vestais, mulheres que cuidavam do fogo da cidade. Elas deveriam se manter virgens e, caso quebrassem sua castidade, eram mortas. Se, porventura, o fogo da cidade apagasse, ele deveria ser reaceso apenas por meio dos raios do sol e espelhos. De toda maneira, a cada 1° de Março, o início do ano romano, ele era renovado.


Por Trás do Cotidiano

O chamado saguão ou hall de entrada também pode ser chamado de vestíbulo, isto é, o local onde as pessoas deixam seus objetos antes de adentrar o recinto, ficando mais confortáveis assim.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Avisos + Jano

Bom, antes de começar a postagem propriamente dita, quero desejar a todos que esse ano seja bom. Não pude escrever aqui antes pois estava estudando muito para tentar passar na Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) e isso tomou muito de meu tempo até o dia 16. Depois, ainda não havia conseguido muito tempo para postar aqui... Assim que chegou o fim do mês, tive a notícia (não tão ruim assim) de que estou em primeiro excedente na UFMG, então estou confiante que logo estarei cursando o que quero. Já em fevereiro, tive um pouco de preguiça mesmo, ainda meio cansado das provas e estudos exaustivos. E durante esse tempo todo desde a última postagem, estive sem meu computador, pois ele havia estragado, levando embora todas as minhas fotos de estatuas tiradas no Louvre e arquivos importantes. Porém, para celebrar a primeira postagem do blog neste ano, a primeira postagem sobre um deus inteiramente romano, a volta do meu computador e o início de uma nova etapa da minha vida, trago para vocês o deus das portas, dos inícios e dos finais.


Jano



Deus inteiramente romano, Jano é o deus das portas, dos inícios e fins, do passado e do futuro, regendo tanto o que se começa quanto o que se termina. É comumente representado com duas caras, mostrando seu poder de ver o passado e o presente e assim como as portas se voltam para os dois lados, assim também é representado o deus. Por isso, o símbolo a ele atribuído era a chave, e era ele o porteiro do Olimpo, junto das Horas Disciplina, Justiça e Paz, todas filhas de Zeus e Justitia. É um deus neutro, e sua natureza não é boa nem má.

Seu surgimento é conturbado. Alguns dizem ser ele o próprio Caos, enquanto outros afirmam ter ele vindo da organização do Caos em Cosmos. Além dessas versões, também se acredita que ele possa ser filho de Apolo, ou então um menino adotado pelo rei Erecteu, quando este consultou o oráculo e ficou sabendo que sua filha não poderia ter filhos. Já tentaram associá-lo ao próprio deus sol, associando o começo do dia ao seu acordar e o fim ao seu adormecer. Porém, por Apolo ser um deus diretamente importado da Grécia pelos romanos, tal associação foi dispensada.

Seu dom de prever o futuro e olhar o passado parece ter vindo quando ele, como rei, acolheu Saturno quando este fora expulso do Olimpo por Júpiter, sendo tal momento lembrado quando, no verso das moedas, cunhadas primeiramente por Jano, era colocado um barco, simbolizando a chegada de Saturno ao reino de Jano.

Além de sua forma de duas caras, representando o olhar sobre o passado e o futuro, as vezes o deus também era tido com quatro caras, cada qual com sua porta, representando as quatro estações do ano e em frente a cada uma, haviam três janelas, cada uma significando os três meses de cada estação. Em suas estátuas, sua mão direita aponta o número trezentos, enquanto a esquerda indica o número sessenta e cinco, simbolizando o número de dias de um ano.

Em Roma, era invocado primeiramente nos sacrifícios, antes dos outros deuses, e seu templo agia de modo peculiar: enquanto uma guerra estivesse ocorrendo, suas portas ficavam abertas, para que os combatentes conseguissem encontrar o caminho de volta ao fim de um combate. Porém, enquanto a calmaria reinasse, suas portas permaneciam fechadas, de modo a não deixar a paz escapar.

Por Trás do Cotidiano

O mês de Janeiro leva seu nome devido ao deus, representando o início do ano, um momento de  várias escolhas.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Ares (Ἄρης)


Deus grego da guerra, é tido como filho de Zeus e Hera, sendo o único homem que Zeus tivera. O local de seu nascimento é confuso, mas após vários autores colocarem que seu local preferido no mundo era a Trácia, lá também foi colocado seu lugar de nascimento. Era representado como um deus belo, de corpo esbelto e forte. Porém, para balancear tais características positivas, era representado como sanguinário, bárbaro e estúpido. Seus símbolos eram a lança, instrumento o qual serve para matar, e o abutre, animal que come a carne dos mortos após uma batalha.

Era odiado por quase todas as divindades, inclusive seus pais. Porém, apenas uma não via-o como um sanguinário estúpido: a deusa do amor e da beleza sensual Afrodite, mulher de Hefesto. Por ver apenas o superficial do deus, ela achava-o atraente. Com ela, Ares teve seis filhos: Phobos, Deimos, Harmonia, Adrestia, Eros* e Anteros. A primeira filha dessa relação adúltera, Harmonia, sofre pelas ações do pai e da mãe. Como quem não quer nada, Hefesto oferece um colar à deusa. Porém, como queria punir os pais dela, tal colar que ele dera era amaldiçoado, e envenenara toda a sua linhagem, inclusive o fim de sua vida, momento no qual ela e Cadmo, seu marido, deixa o mundo dos homens para virarem serpentes. 

Seus dois filhos Phobos e Deimos ajudavam-no, junto a Éris, em suas guerras. Enquanto Éris, a deusa da discórdia, semeava esta pelos campos de batalha, Phobos, deus do medo, colocava medo no coração dos combatentes, um a um, e Deimos, deus do pânico, fazia com que, em pânico, a outra tropa batesse em retirada rapidamente.

Vivia pela e para a guerra, não ligava para o motivo dos lados para estarem guerreando contanto que houvesse a guerra, e por isso tentava sempre provocar uma guerra a qualquer custo. Devido a isso ele facilmente prometeu estar ao lado dos gregos na guerra de Tróia e passou para o lado troiano. Porém, mesmo sendo deus da guerra, ele não leva a melhor em muitas delas, pelo contrário. 

Quando os gigantes Aloídas ameaçaram invadir o monte Olimpo, Ares tentou lutar com eles, apenas para terminar preso por eles e salvo tempos depois. Quando Tifão atacou o monte Olimpo, o deus da guerra foi um dos primeiros a fugir da luta, e deixá-la para outros deuses. Quando Hefesto prende Hera na cadeira e o meio irmão tenta ir lá buscá-lo para trazê-lo ao Olimpo, o deus coxo consegue acabar com ele. Fora isso, ainda perdeu para Diomedes, durante a Guerra de Tróia, e perdeu também para Héracles, quando este assassinou seu filho Cicno. Fora quando tentava lutar com Atena, batalhas nas quais sua derrota sempre fora inevitável.

Com tais atributos, não é de se admirar que os gregos, que prezavam pelo intelecto, odiassem-o. Porém, ao tornar-se Marte em Roma, seu papel mudou. Junto a várias outras divindades de outras culturas além de Ares, como a celta e a etrusca, por exemplo, Marte surgiu. E, como a sociedade romana era belicosa, Marte, o qual antes de sua expansão era um deus da fertilidade e defensor dos castelos e campos, vira deus da guerra com a expansão do império e o segundo deus mais importante de Roma, após Júpiter.

E se na Grécia Ares compartilhava a arte da guerra com Atena, em Roma esse papel era apenas de Marte, pois Minerva era deusa apenas da sabedoria, da tecnologia e das artes. Junto a ele havia Belona, uma deusa da guerra a quem era atribuída o papel de irmã, amante ou até mãe do deus. Também Juno pode ser considerada sua mãe, tendo ele após cheirar uma flor dada a ela pela deusa Flora, apesar de não ser confirmado. Acreditava-se que o fundador de Roma, Rômulo, e seu irmão, Remo, eram filhos de Marte com uma mortal chamada Réia Silvia. Por isso, acreditava-se que todos os romanos eram descendentes de Marte.


Por trás do cotidiano

Ainda hoje Ares e Marte permeiam a vida da sociedade. Ares apenas com o símbolo da masculinidade, o qual representava sua lança. Em contrapartida, Marte dá seu nome a várias coisas, como o nome do planeta, de seus habitantes, os marcianos,  do primeiro mês do mundo romano, Março, das artes da guerra, as artes marciais, e do terceiro dia da semana em algumas línguas, como martes, em espanhol, martedi, em italiano e mardi, em francês.


*(Segundo algumas versões Eros é filho de Ares, e não um deus primordial. Assim também como outras colocam dois Eros na linha genealógica grega, um primordial e este em questão.)

domingo, 25 de novembro de 2012

Atena (Αθηνά)


Deusa da inteligência, estratégia, razão, justiça e habilidade, é uma das deusas mais importantes do mundo grego antigo. Possui como símbolos a coruja e a oliveira. Seu estranho surgimento é um dos mais aludidos e falados na mitologia. É constantemente chamada Palas Atena devido a ter matado, acidentalmente, uma de suas amigas de juventude chamada Palas, filha de Tritão. Para não esquecê-la, ela colocara o nome da amiga antes do próprio e criara uma estátua, o Paládio, o qual fora crucial para a queda de Tróia durante a guerra de mesmo nome. Uma outra versão é a de que, durante a Gigatomaquia, Atena matara um gigante chamado Palas e, para comemorar sua vitória, colocara o nome do gigante antes do seu.


Conta a lenda que após que a Titanomaquia ocorrera, Zeus voltara a se encontrar com Métis, a deusa do bom conselho, e com ela se casou. Porém, pouco tempo após o matrimônio, Zeus recebe a visita de Gaia, sua avó. Assim como Urano, ela possuía o dom da profecia, e diz a ele que seu primeiro filho com Métis seria uma mulher, com inteligência e força igual às do pai. Porém, caso tivesse mais um filho, ele seria mais forte que Zeus, e seria o governante dos deuses e homens. Como para confirmação da profecia e para desespero do senhor dos céus, no dia seguinte Métis diz a ele que estava grávida. Nesse exato momento, Zeus pensa em como se livrar de Métis, e lembra de seu pai. Esperando um momento em que sua mulher estivesse adormecida, ele a engole. (Em alguns contos, ele e a mulher brincam de metamorfosearem-se e, quando Métis transformara-se em uma abelha, Zeus engoliu-a).

Porém, só quando já estava com Hera que Zeus começou a sentir uma dor de cabeça profunda, até mesmo para um deus. Chamando o enteado Hefesto, ele pede ao deus coxo que quebre sua cabeça, e tem seu pedido prontamente atendido. Para sua surpresa, de sua cabeça sai uma deusa dando um urro de guerra, e totalmente vestida para ela. No minuto seguinte, ela retira seu elmo e deposita suas armas em frente a Zeus, mostrando que não desejava guerrear com o pai, para alívio deste.

Por não possuir uma figura de mãe, pois Zeus fizera esse papel, e Hefesto o de parteira, Atena prefere a companhia dos homens, e passa a ser uma das três deusas virgens, junto a Héstia e Ártemis. E sua virgindade era algo que ela protegia com todas as duas forças. Em uma das versões para a cegueira do adivinho Tirésias, é dito que ele vira a deusa banhando-se. Ao se dar conta disso, prontamente Atena fecha-lhe os olhos. Porém, ela se arrepende e, sem ter como dar-lhe sua visão de volta, ela lhe dá o poder da profecia. Inicialmente, a deusa não possuía nenhum de seus atributos hoje a ela relacionados. Foi apenas quando Prometeu estava perto de sofrer suas torturas que a deusa aprendeu, com ele, a arquitetura, astronomia, matemática, medicina e várias outras artes. Por ter nascido de Zeus, Atena incorpora as virtudes da mãe e o poder do pai.

Devido aos conselhos dados ao pai em suas estratégias, guerras, governos, e sempre estar ao seu lado, Atena é a filha preferida de Zeus. O deus dos deuses tanto gosta dela, que deixa ela utilizar seu escudo Aegis e seus raios quando ela deseja. É apenas depois que Atena nasce que o escudo ganha em sua fronte a cabeça da Medusa

Apesar de ser deusa da estratégia em batalha, a deusa não gosta de guerras, sendo isso mostrado quando ela abaixa a lança e tira o elmo na frente de seu pai. Em suas batalhas com o deus Ares, o deus sanguinário da guerra, ela sempre levou a melhor. Na Guerra de Tróia, Atena ajuda Diomedes a vencer Ares e, quando este volta para se vingar, a deusa mais uma vez vence-o. Quando Ares desafiara Deméter, por esta ter criado a agricultura e ter mostrado aos homens o quão ruim era a guerra, Atena logo aparecera ao lado dele, jogando-o para longe. 

Nenhuma outra divindade ajudara tanto os heróis quanto ela. Em seus trabalhos, Héracles teve sua ajuda, principalmente contra as aves do lago Estínfalo. Aos Argonautas, ela ajuda-os na criação do barco Argos. Na Guerra de Tróia ajuda os gregos em sua totalidade e na Odisséia ajuda Odisseu a disfarçar-se de velho, para que possa não ser reconhecido pelos outros quando volta à sua terra natal. A Perseu ajuda quando este encaminha-se para matar a Medusa, e a Belerofonte, diz o que fazer para domar Pégasus e dá-lhe o instrumento. Contudo, assim como mostrado em um de seus templos, que possuía a inscrição "Junto de Atena, mova, porém, o seu braço.", a deusa não ajudava aqueles que nada fizessem.

Porém, assim como ajudava aqueles que mereciam sua ajuda, punia os que merecessem sua ira. O próprio monstro que ela ajudara Perseu a matar, fora criado por ela, pois quando Medusa ainda era uma mulher, ela ficara com Poseidon em um templo de Atena, e ao invés da deusa  castigar o deus de alguma forma, seu ódio caíra sobre a mortal. Já com Aracne, que ousara se comparar a ela na arte de tear, ela a transformou em uma aranha.

Era representada ao lado de uma serpente, símbolo da sabedoria, com seu escudo ao outro lado, e com a deusa alada Niké em sua mão, mostrando a constante vitória em suas guerras.

Na Grécia fora muito cultuada, principalmente em Atenas, a cidade que, segundo o conto, fora disputada por ela e Poseidon, e ganha por ela após ela oferecer uma oliveira, em competição à fonte de água de Poseidon. Em Atenas, tivera um templo construído em seu nome, o Parthenon, e as Panatenéias, as quais incluíam corridas de cavalo e disputas de arte em nome de Atena.

Em Roma fora chamada de Minerva e constituía parte da maior trindade de deuses, sendo ela Minerva, Júpiter e Juno. Seu nome também deu origem à expressão "Voto de Minerva".

sábado, 20 de outubro de 2012

Ártemis (Άρτεμις)



Filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo, nasce momentos antes de seu irmão, e ajuda no parto deste. Por isso, ao ver a dor sofrida pela mãe, Ártemis promete recusar a companhia masculina, para nunca sofrer tal dor. Representa a lua depois de Selene, porém apenas em uma de suas fases. Junto a Selene e Hécate, no entanto, compõe uma tríade de deusas lunares, motivo pelo qual posteriormente a romana Diana foi a elas associada, e não a uma em especifico.

Passado algum tempo, Zeus vai até ela e pergunta o que a filha gostaria de presente. Ela diz desejar caçadoras as quais acompanhassem sua caçada, assim também como cães e cervos. Tudo isso, somado ao último presente, um arco e flechas prateados, faz de Ártemis a deusa da caça e da vida selvagem.

Por ser uma deusa donzela, assim como Héstia e Atena, Ártemis muito protege sua virgindade e pureza, sendo cruelmente vingativa com aqueles que ela julga terem desrespeitado-a, como exemplo sua punição aplicada a Actéon.

Apesar disso, a deusa já quase teve uma relação amorosa, com o mortal Órion. Porém, com ciúmes, Apolo induz a deusa a matá-lo, e sua morte, a qual origina a constelação de Órion, está ligada ao signo de escorpião.

Outro dos contos no qual está envolvida é o dos gigantes aloídas, dois irmãos chamados Oto e Elfíates. Sua altura crescia a cada ano, e com ela, também sua arrogância, chegando ao ponto de ambos desprezarem os deuses.

Porém, após terem conseguido capturar Ares, o deus da guerra, os deuses passaram a temê-los, inclusive devido à sua imortalidade, pois fora profetizado que eles apenas morreriam caso um matasse o outro.

Formulando um astuto plano, Ártemis solta uma corça, e os gigantes começam a caçá-la. Logo ambos a conseguem em sua mira e lançam suas flechas, sem perceber que a a corça se localizava bem no meio da distância entre eles. Assim, Ambos acabam por morrer por suas próprias flechas. Com isso, Ártemis é aplaudida no Olimpo, por ter conseguido se livrar de tamanha ameaça.

Em Roma, Ártemis foi associada a Diana, porém tal associação não era perfeita pois tal deusa romana representava também as deusas lunares Selene e Hécate. Esse é um dos motivos pelo qual, em alguns casos, o conto de Selene e Endímion possa gerar dúvidas para as pessoas, ao ver o nome romano Diana no meio do conto.

sábado, 13 de outubro de 2012

Apolo (Ἀπόλλων)


Filho de Zeus e Leto, é o deus do sol, não personificando-o como Hélio, mas sim como condutor da carruagem do sol.

Seu nascimento foi um tanto conturbado. Após descobrir que Leto estava grávida, Hera ordena à cobra Píton que comece a persegui-la, para que em nenhum lugar ela pudesse dar a luz. Junto a isso, ela proíbe todo lugar de acolhê-la em seu trabalho de parto.

Porém, a ilha de Delos, que nada tinha a temer da ira de Hera, por ser estéril, oferece abrigo a Leto assim que ela proclama seu pedido. Assim que o fez, a ilha flutuante que era Delos parou no mar, apoiada em dois pilares e, como a cobra estava longe o suficiente, Leto lá deu a luz.

Assim que começa seu trabalho de parto, Leto recebe a ajuda de várias deusas e, após alguns dias, Ártemis chega, deusa da lua e da caça, chega. Assim que sai do ventre de sua mãe, a filha ajuda-a no parto de seu irmão e, ao ver a dor sofrida pela mãe, ela jura tornar-se virgem, para nunca passar por isso. Pouco depois, o deus do sol, Apolo, nasce.

Poucos dias após seu nascimento, Apolo sai em busca da serpente Píton, para vingar-se por sua mãe. Munido com um conjunto de arco e flechas dado por Hefesto, o deus do sol rapidamente encontra o covil do monstro, sendo logo recebido por ele. Porém, rapidamente o embate ocorreu, pois Apolo, retirando uma das flechas de sua aljava, mata a fera assim que chega perto da serpente. Assim, ele enterra-o no monte Parnasso, local no qual seria criado posteriormente o oráculo de Delfos.

Porém, mesmo sendo um deus, Apolo havia cometido assassinato, visto que Píton era filho de Gaia. Assim sendo, a divindade vai à Tessália e, passando-se por camponês, coloca-se a serviço do rei Admeto, ao qual ajuda quando o soberano demonstra interesse na mão de Alceste, princesa de Iolco e filha do rei Pélias.

O preço do rei pela mão de sua filha era a realização da façanha de atrelar um leão e um javali a um carro. Ajudado, mesmo que sem saber, por Apolo, Pélias atrela ambos os animais, ganhando assim a mão de Alceste.

Foi apenas depois de nove anos que Apolo conseguiu purificar-se de seu crime.* Assim que conseguira, também, logo rumava a Delfos, sua amada cidade.

Apesar de ser descrito como o mais belo do Olimpo, Apolo tivera muitos casos amorosos fracassados, entre eles, seu primeiro amor, Dafne, o qual foi uma vingança de Eros em relação à arrogância de Apolo, após este matar a serpente Píton.

É deus principalmente do sol, além de ser deus da cura, praga, profecias, poesia e arco e flecha. Rege também a medicina, antes de seu filho tornar-se deus de tal oficio, quando, após uma conturbada situação, este ascendera ao Olimpo. Possui como símbolo a lira, a qual foi obtida por ele após trocar com Hermes o caduceu, originalmente sua posse, o qual era utilizado para conduzir seu próprio gado. Quando Roma domina a Grécia , devido à não existência de um deus com a especificidade de Apolo, tal deus é diretamente importado para a mitologia romana, tendo até seu nome conservado.

*Em algumas versões, Apolo é condenado por ter matado os ciclopes que forjavam os raios de Zeus, e assim acaba a serviço de Admeto

NOTA: Muitas pessoas acham que Febo é o nome romano de Apolo, mas como ele foi um deus diretamente importado da Grécia, os romanos preferiram manter seu nome original. O "Febo", palavra a qual significa "brilhante", antes de seu nome refere-se a ele no papel de deus do sol/luz. Os romanos costumavam chamá-lo de Febo Apolo, mas não se deve colocar Febo como o nome romano de Apolo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - O Touro de Creta


Ao tomar conhecimento do êxito de Héracles para limpar os estábulos do rei Áugias, Euristeu decide tentar vencer o herói pelo cansaço e perigo. Ele ordena ao herói que vá bem busca do touro de Creta, e que trouxesse-o até ele pelo mar.

Tal touro fora um presente do deus Poseidon para o rei Minos, e originou o signo de touro. Após ganhar grande pode marítimo com a ajuda do deus, Minis promete sacrificar qualquer animal que aparecesse vivo nas praias. Tempos depois, Poseidon manda um magnifico touro. Porém, maravilhado com o animal, o rei não o sacrifica e tenta enganar o deus dos mares matando um touro de segunda categoria. Vendo isso, Poseidon, além do já mencionado anteriormente, faz o touro, outrora calmo, ficar louco e furioso, passando a destruir tudo e todos os que ficassem em seu caminho.

Assim, Héracles navega até Creta, e vai ao encontro do rei Minos, para avisar-lhe de sua missão. Mostrando descaso quanto à segurança e à vida do herói, o rei dá o consentimento a tal operação.

Ao sair à procura do touro, logo o encontra, sendo em seguida atacado por ele. Antes que os chifres o atingissem, porém, Héracles desvia-se do ataque, deixando o touro no chão. Logo em seguida o animal levanta-se e e investe mais uma vez. Rapidamente aproveitando a situação Héracles segura os chifres do touro, levando sua cabeça ao chão, subjulgando-o. Apenas depois de muito tentar se libertar que o touro reconhece a derrota. Assim sendo, logo seus chifres já estavam amarrados, impedindo-o de se mover ou voltar ao ataque.

Quando chegara ao mar, facilmente a travessia foi realizada pois, nas costas do boi, a corrente d'água não era um problema. Chegando do outro lado, Héracles amarra o touro no estábulo de Euristeu antes de, por covardia, o medroso rei libertar o animal e este voltar a espalhar o terror na Hélade*.

* Hélade é o nome da região da Grécia antes de seu nome atual ser empregado pelos romanos.