Bem Vindo ao Olympians BR

Aproveite sua passada aqui para descobrir mais sobre a mitologia greco-romana.

Curta a página no Facebook®!

Tem Facebook®? Então curta a página e fique por dentro de todas as novas postagens, assim como curiosidades e humor.

Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Poseidon (Ποσειδῶν)



Poseidon para os gregos e Netuno para os romanos, era o deus dos mares, cavalos, terremotos e maremotos e possuía como símbolos o tridente e o golfinho. Quinto filho de Cronos e Réia, se juntou aos quatro irmãos anteriores no estômago de seu pai. Quando Zeus o retira de lá, ele, Poseidon e Hades repartem o mundo entre si, cabendo aos deus o domínio das águas.
Em exemplo de seu irmão Zeus, Poseidon era o segundo maior gerador de filhos ao redor do globo. Teve o herói Teseu, o deus Tritão, o ciclope Polífemo, o gigante Órion, e Pégaso como filhos, para não citar os menos marcantes.
Assim como o mar, Poseidon possuía seu temperamento inconstante, com raivas que acabavam com a destruição do lugar ou pessoa que o enfurecesse ou então felicidades que o levavam a presentear lugares e mais lugares. Quando irritado, Poseidon agita sua arma, o tridente, e com isso as águas se movimentam conforme o bem querer do deus, assim como quando está calmo, ele cessa o tridente e o mar volta à sua calmaria, fazendo com que os marinheiros possam assim, viajar em segurança.
Sua história é marcada pelas inúmeras tentativas de possuir uma cidade, em quase todas sem sucesso. Sua primeira tentativa é a Ática. Lá ele enfrenta Atena, que considerava a cidade como sua. Poseidon pede que chamem a cidade de Possidônia e começa a oferecer alguns presentes, bate o tridente em uma rocha e no local surge um poço de água salgada. Tal poço, segundo o deus, instruiria os navegadores da cidade em suas viagens marítimas de longa distância. Adverte que, se chegarem os ouvidos perto da fonte esta produzir o som do mar, que não partam, pois encontrariam uma grande tempestade e seus navios seriam tragados pelas ondas.
Assim que o deus sai, Atena chega, e faz o mesmo gesto na rocha que Poseidon fez, brotando em seguida uma oliveira. Ela diz que o fruto irá saciá-los e que o ramo se tornaria o símbolo da paz. Nesse momento, Poseidon chega e tenta atacar a oliveira, ao que Atena se coloca entre ele e a árvore. Antes que possam começar uma luta, Zeus aparece entre ele e impede que realizem tais ações. Eles diz que os deuses votarão, pois era incapaz de decidir entre a filha e o irmão. Todas as deusas votam em Atena e todos os deuses votam em Poseidon, menos Zeus, ainda incapaz de decidir entre os familiares. Com isso, a cidade passa a se chamar Atenas.
Poseidon se revolta e lança ondas monumentais em direção à cidade, inundando grande parte dela. Os homens vão até o oráculo, e ele lhes diz que a ira do deus será aplacada assim que as mulheres de Atenas fossem castigadas. Com isso, às mulheres foi retirado o direito de voto, para não mais serem consideradas cidadãs. Junto a isso, às crianças deveria ser dado o nome do pai, e não mais da mãe.
Após esse fato, Poseidon disputa locais como Argos, Egina, Delfos e Naxos, perdendo e tendo que deixá-los para Hera, Zeus, Apolo e Dionísio, respectivamente. Em Argos, ao perdê-lo para Hera, Poseidon resolve se vingar novamente. Tendo prometido não inundar a cidade assim como fizera à Ática/Atenas, o deus faz o contrário. Agindo com malícia e inteligência, ele seca todos os rios da região, só permitindo que corressem novamente por lá após um templo ser erguido pelos cidadãos. Só ao tentar reclamar Corinto de Hélios, que ele acaba por dividir a cidade com o próprio, sendo ambos os patronos da cidade.
A única cidade em que foi cultuado à altura dos outros deuses foi Atlântida. Poseidon designou à seus cinco pares de Gêmeos o governo da cidade, dividindo-a assim, em dez partes. A cidade cresceu e se tornou um império, porém, ao cometer um erro, acaba sendo destruída pelo seu patrono, o mar.
O culto de Poseidon vem antes mesmo de Zeus, é um dos mais antigos do mundo grego. Supõe-se que o tridente possa ser relacionado ao raio mestre de Zeus, supondo que Poseidon já fora anteriormente um deus do céu.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eros e Psiquê - Continuação



Após ter sido deixada por Eros chorando no chão, Psiquê adormece. Ao acordar, ela vê que o palácio desaparecera e o jardim em que estava virara um simples campo aberto.

Ao tomarem conhecimento de tal fato, as irmãs vão ate onde haviam deixado Psiquê, o mesmo lugar onde Zéfiro sempre pegava-as para serem levadas ao castelo da irmã, achando que talvez tivessem alguma chance já que a mais nova fora deixada. Chegando no alto, se jogaram, achando que Zéfiro as pegaria. O deus não o faz e as deixa cair, e assim, as duas morrem.

Paralelo a isso, Psiquê continua vagando e vê um templo magnifico em uma montanha e adentra-o, achando ser lá onde Eros habitava. Ao entrar, se vê em meio à uma confusão de trigo, seja em feixes ou seja em espigas, junto a instrumentos utilizados para trabalhá-lo.

Psiquê coloca ordem no templo, e ao terminar o trabalho, Deméter, a deusa à qual o templo fora dedicado, aparece diante de Psiquê e lhe diz que para rever Eros, ela deve se submeter humildemente à vontade da deusa do amor. Com isso, Psiquê se dirige ao templo da deusa.

Paralelo a isso, Eros voa até sua mãe, para que ela cuide do ferimento causado quando a cera derretida caíra sobre seu ombro. Ela pergunta o motivo para ele ter se queimado, e ele diz sobre Psiquê. Afrodite fica possessa com tal situação e parte à procura dela.

A princesa continua sua viagem ao templo da deusa, e ao chegar lá de vê de cara com quem procurava, a própria.

Ela tenta se redimir, porém Afrodite se mostra impossível de dobrar. A deusa, em uma ação de total desprezo e se fazendo passar por "piedosa" faz um gesto, e uma montanha de trigo e outros grãos aparecem. Ao fazer isso, ela diz à Psiquê que a tarefa dela será separar todos os grãos conforme o tipo. Após a saída de Afrodite, as formigas, que haviam se compadecido da jovem, caminharam em direção à pilha de sementes e realizaram a tarefa incumbida à Psiquê, com incrível precisão e velocidade.

Quando Afrodite chega e vê que Psiquê cumprira a tarefa, morre de raiva. Pensando em algo melhor, ela designa a princesa a missão de trazer um pouco da lã de ouro de um rebanho que pastava no bosque ao lado do templo. No dia seguinte, Psiquê se encaminha ao local mas antes que chegue lá, o deus do rio que corria entre a posição de Psiquê e o rebanho, adverte-a a não tentar chegar perto das ovelhas no sol nascente, quando estavam agressivas e nem tentar atravessar o rio aquela hora. Diz também para que ela espere pelo sol do meio dia, quando o rio se acalmar e o rebanho se retirar para a sombra. Psiquê segue as recomendações e obtêm êxito.

Afrodite mais uma vez fica com raiva da mortal. Controlando sua raiva, diz à ela que pegue um pouco da água do rio Estige. Ela fica desolada, imaginando como realizará tal feito, o qual aos seus olhos parecera impossível. Ela se encaminha para uma montanha em que o rio corria. Ao chegar perto, uma águia toma de suas mãos o cantil d'água e se dirige ao rio, voltando com o recipiente cheio.

Com isso, a deusa do amor começou realmente a se enfurecer com a princesa, e diz que vá para o inferno. Frente ao protesto de Psiquê contra o xingamento, ela diz que falara sério, e que Psiquê deveria ir até o submundo com uma caixa e pedir à Perséfone que desse um pouco de sua beleza à Afrodite, que havia perdido um pouco dela ao ficar cuidando do filho, e que pusesse na caixa que Psiquê levava.

Psiquê beira a desistência, vendo que deveria ir até o Hades, mas ainda assim se coloca a caminho de seu destino. Ela paga a barca de Caronte, dá bolo à Cérbero e várias outras coisas, e finalmente chega a à rainha do submundo. Ela pede à deusa um pouco de sua beleza, assim como Afrodite havia pedido que fizesse. Passado um tempo, Perséfone entrega uma caixa a Psiquê e a jovem começa seu caminho de volta até Afrodite.

Tudo corre bem, até que a curiosidade de Psiquê volta. Pensando em pegar um pouco da beleza contida na caixa, ela abre o objeto e, para sua decepção, vê que nada havia lá. Após isso, um sono profundo toma conta dela, fazendo-a adormecer exatamente onde estava.

Ao mesmo tempo, Eros havia sido curado e vai atrás da esposa. Rapidamente a acha e tira o sono dos olhos e coloca-o de volta na caixa novamente. Eros diz à amada que vá terminar a missão e enquanto isso ele vai ter com Zeus.

O deus do amor diz ao soberano dos deuses sua situação, de sua amada e de sua mãe,  e pede à ele que transforme Psiquê em deusa e Zeus atende ao apelo. Com isso, Psiquê sobe ao Olimpo como deusa da alma e os cultos à verdadeira deusa do amor e da beleza voltam ao normal.

domingo, 11 de setembro de 2011

Por trás do Cotidiano - Signos


Todos sabem que muitas pessoas acreditam em horóscopo, mas será que todas sabem a origem de seus signos? Aproveitem!


♈ Áries: Vindo do velocino de ouro. O velocino de ouro era a lã de um Carneiro que fora enviado por Zeus para salvar Frixo e Hele. Os dois eram filhos do rei Atamante com sua primeira mulher Nefele. A segunda mulher, Ino, teve a idéia de matar os enteados. Disse à todas as mulheres da região que queimassem as sementes, pois assim nenhuma germinaria. O rei então procura a ajuda do oráculo de Delfos, mandando alguns mensageiros para trazerem a resposta para ele. Porém tais homens haviam sido subornados por Ino e disseram que o oráculo profetizara o fim da "maldição" quando os filhos do rei fossem sacrificados em nome de Zeus. Sabendo disso, Nefele manda em socorro dos filhos o velocino de ouro, presente que Hermes havia lhe dado. Os irmãos, voando no dorso de Crisómalos, o Carneiro, fogem de seu destino mortal, ou pelo menos um deles, pois no caminho Hele cai em direção ao mar e morre. Ao chegar em terra firme, Frixo sacrificou o carneiro em nome de Zeus e deu o velocino ao rei Eetes, que o havia oferecido a mão de sua filha em casamento. Com o velocino pendurado em um Carvalho, a terra ganhou poder e prosperidade.
Nota: em Mar de Monstros, Annabeth diz à Percy a historia do velocino, mas se refere aos filhos como Cadmo e Europa. Porém, esses nomes são vistos em outro conto da mitologia grega, e não nesse.


♉ Touro: Possui duas pequenas historias interligadas. A primeira é mais uma aventura amorosa de Zeus onde, para conquistar e conseguir uma donzela, chamada Europa, Zeus se transforma em um touro e vai até ela, dando indícios de que ele a deixaria subir nele. Assim que Europa sobe no touro, sem saber que este era um deus, Zeus atravessa o rio nadando, ainda sob a forma do animal. Chegando à ilha, a fecunda.
Dessa união surge Minos. A segunda parte da lógica do nome e do símbolo do signo é essa: Minos pede à Poseidon que o faça rei dos mares e em troca sacrificaria um dos touros de sua manada. Poseidon faz sua parte no acordo, mas na vez de Minos, o rei tenta enganar o deus e sacrifica um touro de segunda categoria.
Com uma afronta dessas, Poseidon fica furioso e pede ajuda a Afrodite em sua vingança. Afrodite induz Pasífae, mulher de Minos, a amar um touro branco da manada do marido, o qual deveria ter sido sacrificado ao deus dos mares. Porém, como levar adiante esse amor sendo ela humana e ele um animal?
Desesperada, Pasífae pede ajuda a Dédalo, o famoso construtor do labirinto do Minotauro, monstro que coincidentemente é filho da rainha. Dédalo cria um jeito de Pasífae se unir ao touro, uma espécie de vaca que permitisse, com Pasífae em seu interior, tal feito.
Desse união surge o Minotauro, a segunda das possibilidades de origem do signo.


♊ Gêmeos: História de Castor e Pólux. Pólux, irmão de Helena de Tróia, era filho de Nêmesis e Zeus, e Castor, irmão de Clitemnestra, de Zeus com Leda, quando o deus se metamorfoseara em cisne. Leda pariu um ovo, e dele saíram Castor e Pólux.
Ambos participaram de várias aventuras, como a que os Argonautas realizaram, onde passaram a ser considerados divindades protetoras dos marinheiros e viajantes
Porém, em uma luta, Castor foi morto e após isso Pólux pede a Zeus que ele e o irmão falecido dividissem sua imortalidade, enquanto um ficasse na Terra, o outro ficaria no Hades, e a cada dia se revezariam. Com essa troca de posição, eles se viam todos os dias, no caminho inverso ao do dia anterior.
Vendo tamanho carinho nutrido um pelo outro, Zeus os põe no céu, como a constelação de Gêmeos.


♋ Câncer: Em latim “caranguejo”. Refere-se a um caranguejo enviado por Hera para matar Hércules quando este estava tentando acabar com a Hidra de Lerna, o segundo de seus doze trabalhos dados por Euristeu. Porém, sem ver enquanto lutava com a Hidra, Hércules pisa no caranguejo. Para homenagear a coragem do animal, Hera o coloca no céu, como uma constelação.


♌ Leão: Refere-se ao primeiro trabalho de Hércules, o Leão de Neméia. Tal leão possuía uma pele impenetrável e assolava a região de Neméia. O animal era filho de Tifão e Equidna, irmão de Cérbero, Quimera, Hidra de Lerna e vários outros monstros.
Euristeu vê esse leão em seu sonho e manda Hércules matá-lo, pois achava tal missão suicida, devido ao fato de a pele do monstro ser impenetrável.
Hércules sai em seu encalço e procura-o por vários lugares. Faz pausas no meio de sua jornada para descansar e dorme por três dias. Ao acordar continua sua jornada e logo o acha.
Por dias Hércules observa o comportamento do leão e fica intrigado com o fato de, mesmo tendo sua caverna vigiada, o leão aparecer a quilômetros de onde Hércules estava.
O herói percebe que as duas cavernas que o leão entrava e saía, possuíam uma conexão entre si. E em um momento que o leão adentra-as, ele fecha uma saída com uma pedra e coloca fogo em uma árvore à frente da pedra ,para a fumaça entrar por uma fresta e induzir o leão a sair. Logo que faz isso,ele corre para a outra entrada.
Assim que chega ao outro lado, Hércules vê o leão saindo e logo parte para cima do monstro. A luta começa e ele percebe que a pele do animal era impenetrável, e que ele não poderia vencê-lo com armas. Com isso, Hércules deixa sua clava de lado e o estrangula com as próprias mãos. Assim que o sufoca, Hércules usa as patas do monstro contra ele mesmo, e retira sua pele, fazendo dela uma armadura.
Hera apieda-se do leão e o põe no céu como a constelação de leão.




♍ ♎ Virgem e Libra: A historia de Astréia ilustra a origem desse signo. Astréia, filha de Zeus e Têmis, costumava passear pela Terra ao lado de sua irmã Modéstia. Porém certo dia, ao ver um homem pesando a a mais a mercadoria de outro, Astréia fica indignada com tal ação e pede a Zeus que as leve embora da Terra.
Triste com tal decisão, Zeus coloca-as na constelação de virgem. Seu símbolo, a balança, é colocado na constelação de libra.


♏ Escorpião: O escorpião que Apolo havia enviado para matar Órion. Órion vivia junto a Ártemis, caçando ao seu lado. Apolo, que nunca aprovara tal relação, manda um escorpião perseguir o jovem. Com isso, encurralado pelo bicho na borda de um rio,ele tem de sair nadando. Ao mesmo tempo Apolo desafia Ártemis a acertar um alvo no oceano. Com uma mira infalível, Ártemis o atinge... Pouco depois as ondas trazem a ela o corpo já inerte de seu amado. Para lembrá-los Ártemis cria a constelação de Órion e Apolo a de escorpião. O curioso é que ambas nunca estão no céu simultaneamente.


♐ Sagitário: Quíron era a sua origem. Durante seu quarto trabalho, Hércules visita um centauro amigo seu, chamado Folos. Folos avista o herói quando ele se aproxima da montanha em que vive. O centauro convida o herói a comer em sua caverna. Hércules percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo deles. Pouco depois de abri-lo, vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato do vinho estar sendo oferecido à ele, e se armam contra o intruso. Quíron vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, o imortal Quíron também havia sido ferido. Mesmo com seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário.


♑ Capricórnio: A constelação representa Amaltéia, a ninfa-cabra que amamentara Zeus enquanto este estava escondido do pai, com as ninfas Adrastéia e Io cuidando dele.
Também pode se referir à Pã, que após avisarem sua morte, é colocado por Zeus nos céus para ser lembrado. Sua forma de bode com cauda de peixe foi-lhe atribuída devido ao conto de Tifão em que os deuses se refugiaram no Egito e, ao tentar se metamorfosear em peixe cedo demais, Pã ficou com metade de corpo como peixe, e metade do corpo como bode, para não esquecer o ocorrido, Zeus eleva tal imagem aos céus.


♒ Aquário: Representa Ganimedes, um homem que Zeus amou e levou para o Olimpo. Tendo Hebe sido desposada por Héracles, ele se torna o copeiro dos deuses, originando a imagem do jarro derramando um tipo de líquido.


♓ Peixes: Refere-se à Eros e Afrodite. Após a derrota dos titãs, Gaia junta-se a Tártaro e gera os gigantes. Entre eles estava Tifão, o maior deles, que vai atrás dos olimpianos forçando-os a se refugiarem no Egito. Entre tal grupo de deuses estavam Eros e Afrodite, os quais de metamorfosearam em peixes durante a fuga.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eros e Psiquê


Diz a lenda que certo rei possuía três filhas. As mais velhas possuíam grande beleza, mas a mais nova, Psiquê, possuía uma beleza comparável à de Afrodite. Tamanha era a comparação que com o tempo as pessoas deixaram de cultuar Afrodite, uma deusa que vivia no Olimpo, e que ninguém nunca havia visto, para cultuar Psiquê, uma mulher de carne e osso, a qual todos os habitantes já haviam visto. Como nada passa despercebido à um deus, Afrodite logo toma conhecimento do fato de seus templos estarem vazios.

Com isso, Afrodite chama seu filho Eros. Há variadas versões para o deus das flechas do amor e da repulsa, sobre a qual tratarei mais tarde. Afrodite diz ao filho sua situação e pede à ele que lance em Psiquê uma de suas flechas que induzem ao amor, para que a jovem se apaixone por alguma aberração.

Eros voa até onde Psiquê se encontra e fica admirado com a beleza da moça, decidindo assim, que não irá flechá-la, e também que nenhum se apaixone por ela. Os tempos passam e os pais de Psiquê começam a se preocupar que a filha, com beleza comparável à de Afrodite, não consiga se casar, porque inclusive os antigos pretendentes haviam deixado-a de lado, influenciados pelas flechas de Eros.

Finalmente, os pais de Psiquê vão ao templo do oráculo de Delfos para saber o motivo de sua filha não atrair mais a atenção de ninguém. Acontece que Eros já havia conversado com Apolo sobre sua situação e quando os pais fazem a pergunta ao seu oráculo, ele diz que o seu amante não deve ser mortal e sim à um monstro ao qual nem os deuses nem os homens podem resistir, sendo o monstro Eros, o próprio Amor, ao qual todos se curvam, assim como já ocorrera à Apolo e muitas vezes à Zeus. Com isso, o oráculo diz que a filha deve ser levada para o alto de uma montanha.

Psiquê é levada ao alto da montanha, e assim que os pais e as irmãs a deixam, Zéfiro vem e a leva até um vale florido, onde ela acaba por adormecer. Ao acordar, a garota se vê em um bosque de altas árvores, e se embrenha por ele.

Ao andar um pouco, Psiquê se vê diante de um palácio de ouro, o qual uma voz diz ser seu. Ela adentra o palácio e vai se banhar e descansar. Após ter feito isso, ela vai até um salão e se senta em uma cadeira que lá havia, e imediatamente uma mesa cheia de comida aparece em sua frente.

Após comer, Psiquê vai se deitar e momentos depois sente o corpo de um homem, seu amante. Para ficar no seu anonimato, ele chega quando Psiquê já está deitada com as luzes apagadas. Essa rotina se repete por dias, até que em um deles, Psiquê pede para ver as irmãs, pois sentia falta delas. Eros, sabendo dos riscos de Psiquê se encontrar com suas irmãs, adverte-a de que apesar do que digam, ela não deve deixá-las convencerem-na de vê-lo, ou ele a deixaria para sempre.

As irmãs a visitam e ficam invejosas do palácio que sua irmã mais nova possuía, pois esta fora prometida a um monstro. Elas começam a perguntar quem era e onde fora o marido, e Psiquê disse que era um jovem príncipe e que estava caçando no momento. As visitas das irmãs continuaram, e em todas elas tratavam de dar um jeito de semear a desconfiança no coração de Psiquê, falando que ela deveria tentar vê-lo, e levar uma faca para matá-lo, caso seja realmente um monstro.
Certo dia, após Eros dormir, Psiquê pega uma lamparina e uma faca e vai até o marido. Porém, ao chegar a lamparina perto do marido e se deparar com feições tão belas, sente vontade de cravar a faca em seu próprio coração. Como um mortal conspirar contra um deus nunca dá certo, Psiquê acaba derramando óleo quente sobre o peito nu de Eros. Este acorda sobressaltado e percebe a traição que sofrera e repreende Psiquê e voa para fora do quarto, dizendo que não pode viver onde não há confiança, porque amor e desconfiança caminham por estradas diferentes. Eros sai voando e Psiquê fica no chão se lamentando.

Após isso Psiquê tenta conseguir Eros de volta, mas tem de enfrentar sua pior inimiga... quem será? Espere, essa história terá um fim.


Acima: Estátua de Eros e Psiquê no museu do Louvre.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Por Trás dos Livros - Mitologia em Harry Potter



Para aqueles que falam que Harry Potter não tem nada a ver com mitologia... Aproveitem!


Alastor Moody: na mitologia grega, Alastor era o nome de um demônio que não respeitava as leis do inferno, assim como Moody não respeitava as leis do Ministério. Era também encarregado da vingança de um crime.


Aragogue: Vindo de Aracne que, ao contrário do que dizem em muitos sites específicos de Harry Potter, não vem de uma mulher que se parecia com uma aranha e sim de uma mulher se chamada Aracne que se dizia melhor no tear que Atena, a própria inventora de tal arte. Elas começam a competição de tear, mas Atena mostra cenas tão estarrecedoras que Aracne pega umas de suas linhas e se enforca. Atena, tendo piedade da rival, ou para não deixá-la esquecer de que não se deve desafiar e subestimar os deuses, a transforma em uma aranha, para assim, ela continuar tecendo suas teias para sempre.


Argos Filch: baseado na historia do gigante Argus, criado por Hera, para cuidar de uma das amantes de Zeus transformada em novilha, uma princesa chamada Io. Zeus se compadece de Io e manda Hermes ao local para salvá-la, e o deus traiçoeiro o põe para dormir e, como os cem olhos fechados, Argus é decapitado por Hermes. Com isso, Hera coloca seus 100 olhos na cauda do pavão, um de seus símbolos. Em Harry Potter, Argus Filch sabe de tudo o que ocorre em Hogwarts e todas as passagens secretas, como se tivesse realmente 100 olhos.


Bruxos: não necessariamente da mitologia greco-romana foi retirado tal elemento, mas é uma cultura a qual menciona tais personagens há muito tempo. A idéia de bruxos já é vista na aventura de Jasão, um dos Argonautas, quando o personagem conhece Medéia, uma discípula de Hécate, deusa das bruxas. Ele promete em nome de Hécate sempre amar Medéia, mas após testemunhar as atrocidades de que ela era capaz, ele a larga. Com o juramento feito em seu nome quebrado, Hécate amaldiçoa Jasão para que ninguém mais o acolha, fazendo-o morrer solitário.


Cassandra: na mitologia grega, Cassandra foi uma mulher que com sua beleza atraiu o amor de Apolo. Apaixonado, Apolo ensinou à Cassandra a realizar profecias, porém, após ela recusar se deitar com Apolo, o deus a amaldiçoa, fazendo com que ninguém acredite em suas profecias, causando assim, a queda de Tróia, onde Cassandra advertia a Príamo para não aceitar o cavalo, presente dos gregos, sendo ignorada devido à maldição. Em Harry Potter, Cassandra é uma adivinha, tataravó de Sibila, a professora de adivinhação de Hogwarts.


Dédalo Diggle: foi um grande inventor na mitologia grega, criou o Labirinto de Creta, onde o Minotauro foi aprisionado. Porém, por ordem do rei Minos, Dédalo e seu filho Ícaro foram aprisionados no labirinto. Após isso, Dédalo cria asas com penas caídas no Labirinto para ele e o filho saírem voando do labirinto, o que funciona mas, quando Ícaro voa muito alto, a cera que segurava as penas derretem, e assim Ícaro cai em direção ao mar e morre. Dédalo Diggle representa o próprio Dédalo, ao fazer estratagemas para evacuar Harry da casa dos tios com segurança.


Esfinge: um ser com corpo de leão e cabeça de mulher. Na mitologia, ela aterrorizava uma cidade com um enigma, o qual, quem não respondesse corretamente, era devorado sendo, afinal, Édipo o homem a desvendar o enigma de qual ser que anda com quatro pernas de manha, duas a tarde e três a noite. Após ter seu enigma solucionado, a Esfinge se mata. Em Harry Potter, a Esfinge ameaça apenas atacá-lo, e realiza um enigma no qual Harry tem que descobrir fragmentos da palavra para formar uma nova, a solução do enigma. Harry acerta e a Esfinge o deixa continuar seu caminho.


Fofo: uma das comparações mais óbvias a serem feitas dentre todas, a figura de Fofo vem de Cérbero, um cão de três cabeças que guarda o mundo dos mortos na mitologia grega. A diferença é que Cérbero guardava o reino de Hades, o qual só era permitido a entrada estando morto, enquanto Fofo protegia a Pedra Filosofal, que produzia o Elixir da Longa Vida, o que é exatamente a idéia oposta de ir para o mundo dos mortos.


Hermes: seu nome vem do deus mensageiro que possuía sandálias aladas e um caduceu. A coruja entregava cartas e itens aos alunos, fazendo alusão ao deus que realizava o mesmo tipo de serviço da coruja.


Héstia Jones: filha mais velha de Cronos e Réia e junto com Hera, Deméter, Hades e Poseidon foi engolida pelo pai porque este estava com medo de ser destronado por um dos filhos. É a deusa da lareira e da família, e também sua personagem em Harry Potter possui tais valores, ao se indignar com os tios de Harry por eles não se preocuparem com ele ao se separarem e de resolver deixá-los a sós para se despedirem, um típico momento família.


Minerva: seu nome vem da deusa romana da sabedoria e estratégia de batalha, que usa a força como ultima opção, assim como a professora só utiliza métodos racionais e lógicos ao tomar uma decisão importante, sendo contrária ao uso da força só por usar.


Olímpia Maxime: seu primeiro nome é baseado no Monte Olimpo, morada dos deuses na mitologia grega.


Parcas: na mitologia grega chamada de Moiras, teciam o fio da vida, determinando o nascimento e morte de todos os seres, lei à qual todos deveriam se submeter, inclusive os deuses.


Remo Lupin: é um lobisomem, elemento que se explica no conto de Licaón, um rei que servia os deuses em sua casa e um dia, para testar se era mesmo o todo poderoso Zeus que comia em sua casa, o serviu carne humana. Zeus, indignado, destrói seu palácio e Licaón começa a fugir e, em sua fuga, Zeus o transforma em lobo, criando assim, o primeiro dos lobisomens. Seu primeiro nome faz alusão a um dos fundadores de Roma, Remo, alimentado pela loba Lupa, daí a escolha para ele.


Sibila Trelawney: Na mitologia greco-romana as sibilas são as mulheres que possuem o dom de realizar profecias com a ajuda de Apolo, deus do sol e da arte de profetizar.


Victor Krum: não necessariamente vindo da mitologia diretamente, apenas como curiosidade, o nome Victor tem origem no nome Victória, o nome romano da deusa alada da vitória Niké.

domingo, 17 de julho de 2011

Hera (Ἥρα)


Juno para os romanos, era a rainha do Olimpo, senhora dos céus, deusa do casamento, e tinha como símbolos o pavão, a vaca e a romã. Era a terceira filha de Cronos e Réia, irmã de Zeus, e como costume de família, se casa com esse. Mas, não tão simples assim, se casa para esconder vergonhas. Tudo começa com Zeus tentando cortejá-la, porém a deusa se faz indiferente. Então Zeus se transforma em um filhote de cuco ferido, e comprovando o raciocínio do esperto deus, Hera o coloca em seu seio, exatamente o que manda seu instinto de mãe. Após Hera fazer isso, Zeus se transforma de volta e a agarra a força. Chega então o momento de se casar com o irmão para esconder sua vergonha de ter sido estuprada.
Mesmo se casando com seu irmão, esse não para de traí-la com outras mulheres, sejam deusas ou mortais. Por ser a deusa do casamento, não aprova a conduta do marido, o que a leva a perseguir as amantes dele.
Com Zeus tem três filhos, Ares, Hebe e Ilítia. Hefesto parte de um plano contra as traições do marido, apesar de acabar falhando. Como sempre, com raiva das traições de Zeus, Hera tenta gerar um filho que deixe Zeus impressionado. Mas, como não se é possível tramar contra o soberano do Olimpo, o filho sai torto e deformado, motivo pelo qual Hera, que preza pela perfeição na família, o joga de cima do Monte Olimpo.
Não gostava de Atena, por ser filha apenas de Zeus, apesar de esse não ter tido relações com Métis, e sim literalmente a engolido. Teve várias vinganças sobre as amantes de Zeus, como Semele, mãe de Dionísio, Leto, mãe de Apolo e Ártemis, entre outras.

Acima: estátua de Juno no Museu do Louvre

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Zeus (Ζεύς)


Rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo, corresponde ao deus romano Júpiter, deus do céu e do trovão. Como símbolos possui o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Filho de Cronos e Réia, o mais novo dos irmãos. Repete a história de Cronos, onde o filho mais novo destrona o próprio pai e assume o trono. Isso ocorre por uma profecia de Urano, pai de Cronos, que à beira da morte, profetiza que Cronos será deposto por um de seus filhos, pois o crime gera o próprio crime.

Com isso, Cronos passa a engolir os próprios filhos, Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Para impedir o destino que se aproximava, Réia busca ajuda com a mãe Gaia. Réia parte para a ilha de Creta, e encontra as ninfas Adrasteia e Ida, e deixa o bebê Zeus aos seus cuidados. Ao voltar, embrulha uma pedra com fraldas e entrega ao marido para que ele devore-as, pensando ser sua cria.

Zeus cresce em Creta, sendo alimentado pelas ninfas com o mel da montanha, mamando o leite de uma ninfa-cabra chamada Amaltéia e protegido por gigantes armados, os Curetes, que cuidavam de abafar o choro da criança e sua voz, para que Cronos nunca o ouvisse.

Mesmo com toda essa vida, ele sabe que terá que enfrentar o pai, para que vingue seu avô Urano, e seus primos Hecatônquiros e Ciclopes. Assim que Amaltéia morre, ele percebe que a hora está chegando, e então, arranca o couro da cabra e faz dele o seu escudo, chamado Égide. (Em grego, Aegis)

Ele procura Métis, filha de Oceano e Tétis, deusa do bom conselho, que lhe diz que deve procurar a mãe quando chegar no território de seu pai. Ele percebe o quanto sua prima é atraente, sentimento que leva ele a desposá-la mais tarde.

Ao chegar no lugar em que sua mãe está, esta fica preocupada ao mesmo tempo que aliviada, mas com uma visita de Métis se convence que o que Zeus pretende fazer é o certo.

Réia faz dele o copeiro de Cronos e Zeus oferece ao pai uma taça de Néctar, onde junto estava diluída um líquido dado a Zeus por Métis, que leva Cronos a vomitar os deuses já engolidos, irmãos de Zeus, e pelo fato de serem divinos, não haviam sido digeridos. Começa então a luta dos deuses contra os Titãs, mas isso é mais à frente.

Zeus é o campeão de traições à sua mulher, a última delas sendo Hera, após ter engolido Métis (fato o qual gerou Atena) e largado Têmis. Em seus casos gerou vários deuses, muitos os quais habitam o Olimpo entre os doze grandes: Atena, Apolo, Ártemis, Dionísio, Ares, Ilítia e Hebe. Conta-se que tivera 115 mulheres mortais, com as quais tivera vários semideuses.

Acima: estátua de Júpiter no Museu do Louvre