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Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nêmesis (Νέμεσις)


Deusa grega filha de Nyx, era a personificação da vingança e deusa do equilíbrio, punia a presunção humana e aqueles que não cumprissem as leis. Foi ensinada pelas Moiras junto a Têmis. Por ser deusa do equilíbrio, ela distribuía tanto a boa quanto a má sorte, sempre dando a sorte contrária à que estivesse presente na vida da pessoa, era a força encarregada de combater tanto sorte demasiada ou azar em excesso, quanto o orgulho dos reis, ou a fortuna não merecida de alguém.

Junto a isso, punia aqueles que cometiam crimes e ficavam sem punição, e ajudava as mulheres com maridos perdidos e aqueles injustamente haviam sido condenados.

É mãe de Helena de Esparta e Pólux. Ao ser cortejada por Zeus, a deusa tentou evitar a união metamorfoseando-se em diferentes animais. Após transformar-se em uma gansa, Zeus metamorfoseara-se em um cisne e consume a união. Dela, Nêmesis põe um ovo, e abandona-o. Após ser achado por camponeses, o ovo é entregue à rainha Leda, para ser chocado junto ao ovo posto por ela, na ocasião de sua união ao deus dos deuses, quando este estava em forma de cisne.

Nêmesis é também parte de uma das versões do conto de Narciso sendo, nessa variante, ela e não Afrodite a puni-lo.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nix (Νυξ)


Deusa grega a qual personificava a noite, chamada de Nox pelos romanos, foi uma das divindades primordiais a vir do Caos, junto a Gaia, Tártaro, Eros e Érebo.

Sua representação varia, podendo ser considerada uma deusa benéfica ou maléfica. Na primeira, representa a noite e suas belezas, enquanto na outra, além de representar a noite e seus perigos, é vista como uma divindade cruel, que castiga impiedosamente e que amaldiçoa.

Por ser a deusa primordial da noite, é a patrona original das feiticeiras e bruxas, tendo conhecimento dos mistérios e segredos da noite. Junto a isso, era considerada como detentora do segredo da imortalidade, podendo matar tanto homens quanto deuses, assim como fez a Urano, ao forjar a foice dada a Cronos por Gaia. Por possuir tal poder, Nyx causava medo ao deus dos deuses, Zeus.

Assim como Hades, a deusa possuía um instrumento que deixasse-a invisível, representando o lado da noite ocultado pelas trevas.

Quanto a filhos, sua maioria eram deuses superiores aos outros, representando diversos males e forças indomáveis. Junto a Érebo, seu irmão, teve Éter, a luz celestial, e Hemera, o dia. Já por partenogênese, gerou uma série de filhos, os quais assolavam a vida dos deuses e dos homens, sendo eles:

  • Moros , o Destino;
  • Queres, a morte violenta;
  • Tânatos, a Morte;
  • Hipnos, o Sono;
  • Oniro, a legião dos sonhos;
  • Momos, o Escárnio;
  • Oizus, a Miséria;
  • Hespérides, guardiãs, ao lado de Ládon, da árvore de maçãs de ouro de Hera;
  • Moiras, impiedosas deusas que tricotavam o destino;
  • Nêmesis, deusa da retaliação e do balanceamento;
  • Apate, o Engano; a Fraude;
  • Filotes, deusa da amizade(na Teogonia, de Hesíodo, tida como deusa do amor);
  • Geras, a Velhice;
  • Éris, a Discórdia;
  • Limos, a Fome;
  • Ftono, a Inveja;
  • Ênio, deusa da canificina;
  • Lissa, a Loucura;
  • Caronte, barqueiro do mundo dos mortos.
  • Dolos, a Trapaça
Assim são descritos os filhos da Noite, na Teogonia, de Hesíodo:
"Os filhos da Noite
Noite pariu hediondo Lote, Sorte negra
e Morte, pariu Sono e pariu a grei de Sonhos.
A seguir Escárnio e Miséria cheia de dor.
Com nenhum conúbio divina pariu-os Noite trevosa.
As Hespérides que vigiam além do ínclito Oceano
belas maçãs de ouro e as árvores frutiferantes
pariu e as Partes e as Sortes que punem sem dó:
Fiandeira, Distributriz e Inflexível que aos mortais
tão logo nascidos dão os haveres de bem e de mal,
elas perseguem transgressões de homens e Deuses
e jamais repousam as Deusas da terrível cólera
até que dêem com o olho maligno naquele que erra.
Pariu ainda Nêmesis ruína dos perecíveis mortais
a Noite funérea. Depois pariu Engano e Amor
e Velhice funesta e pariu Éris de ânimo cruel."

sábado, 12 de maio de 2012

Réia


Uma das titânides filha de Urano e Gaia, deusa da fertilidade e patrona dos partos fáceis, considerada a romana Cibele. Casou-se com seu irmão Cronos e com ele teve Hera, Deméter, Héstia, Hades, Poseidon e Zeus. Os cinco filhos, até o deus dos mares, foram engolidos pelo deus do tempo, o qual temia ser destronado por algum deles, devido à profecia realizada por Urano, quando fora castrado pelo próprio filho.

Assim, quando o deus dos deuses nascera, Réia, sob o perigo de ser descoberta pelo marido, esconde o bebê recém-nascido no monte Ida, deixando-o sob os cuidados da ninfa Ida e da ninfa-cabra Amaltéia.

Quando Zeus crescera, Réia ajudara o filho a entrar no castelo de Cronos, sob o disfarce de um serviçal e também cooperara com ele para conseguir que o marido vomitasse os outros cinco filhos, ao tomar, misturado ao Néctar, um líquido mágico fornecido por Métis.

Após a derrota de Cronos, a mãe requisitou a Zeus uma parte do mundo, alegando que o globo não pertencia só a ele. Logo, Réia encontrava-se perseguida pelo próprio filho, e esconde-se nas montanhas, onde se cerca de animais selvagens. Normalmente é associada a leões, e até sua biga é puxada por eles, mostrando que por mais feroz que seja a criatura, ela será domada pela figura maternal.


Por Trás do Cotidiano - Dia das mães

O dia das mães, o qual ocorre no segundo domingo de maio no Brasil, possui origem mitológica. Ele era celebrado na Grécia antiga na entrada da primavera, em honra de Réia, considerada a mãe dos deuses, por ter dado origem à maioria dos deuses olimpianos, ou por ser avó deles. Dentre os doze, apenas Afrodite não possui parentesco maternal com Réia, quando considerada vinda da excitação das genitálias de Urano no mar, após o filho Cronos ter castrado-o.

domingo, 6 de maio de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - O Javali de Erimanto


Após espantar as aves do lago Estínfalo, a Héracles é designada a tarefa de perseguir o javali que assolava a região de Erimanto.

A caminho da regão, Héracles encontra-se com Folos, um centauro seu amigo, o qual  convida o herói para comer e descansar em sua caverna. Héracles banquetea-se com a comida oferecida pelo amigo, mas percebe que o amigo não o oferecera vinho para beber e ao dizer sua constatação ao amigo, ele lhe diz que normalmente não faria tal agrado, mas abriria uma exceção, pois o vinho dos centauros é inigualável e que seus irmãos ficariam furiosos com um humano bebendo deles. Pouco depois de abri-lo, vários centauros chegam e ficam furiosos com a presença de Hércules em sua cova e o fato do vinho estar sendo oferecido à ele, e se armam contra o intruso. Quíron vem em defesa do herói, porém de nada adianta. A batalha começa, os centauros jogando pedras e Hércules lançando suas flechas do alto, embebidas no veneno da Hidra de Lerna. Depois de um tempo, os centauros fogem, deixando a mostra a terrível situação: dentre todos os mortos, o imortal Quíron também havia sido ferido. Mesmo com seus conhecimentos medicinais, a dor não ameniza e o centauro pede a Zeus que tire sua imortalidade para poder morrer em paz. Zeus atende ao pedido mas, ao invés de deixar seu corpo ser levado pro Hades, ele o coloca nas estrelas, na constelação de sagitário. Além da morte do sábio centauro, outra morte atingira o herói. Ao final do massacre, Folos pega uma flecha para analisá-la . Héracles se sobressalta, temendo pela vida do amigo, e dá um grito ordenando que ele não tocasse na arma. Porém, tal ação assustara Folos, e com isso, o centauro deixara cair a flecha, que passa de raspão em sua pata. Assim, mais um amigo de Héracles jazia morto naquelas terras. Não querendo mais ficar nela, o herói vai em busca do novo monstro.

Procurando por todos os lados, Héracles demora a achar o rastro do animal, só encontrando depois de um tempo. Ele começa a seguir o rastro deixado pelo javali para achá-lo. Porém, essa a tarefa mais fácil, pois o que fora incumbido ao herói era conseguir levar o animal vivo, tendo assim, que persegui-lo e pegá-lo com as próprias mãos.

Durante dias e noites o herói perseguiu-o, porém o javali conseguia escapar dele facilmente, pois além de correr muito rápido, ele também conseguia  esconder-se em moitas e fendas estreitas. Várias e várias vezes o herói tivera que parar para descansar, devido à exaustão causada por tal tarefa.

Colocando a cabeça para pensar, Héracles chega à conclusão de que deveria conduzir o javali até um local o qual ele não conseguiria escapar. Assim, o herói começa novamente sua perseguição, conduzindo o animal até uma montanha coberta de neve.  Toda vez que ele tentava mudar de direção, Héracles jogava pedras em seu caminho, para fazê-lo retonar ao caminho original.

Assim que entrou na área de neve, as patas do javali afundaram, e não mais conseguiram sustentá-lo em sua corrida. Assim, Héracles conseguira amarrar o javali e levá-lo até o covarde rei. Euristeu, em um momento de desespero e pânico, deu um salto, e se jogou dentro de um grande vaso de barro. Indiferente à ação do rei, Héracles fora até o vaso, e na sua borda, curvara o javali para que o rei pudesse ver, com seus próprios olhos, que mais uma tentativa de matar o filho de Zeus fracassara.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Dédalo e Ícaro


Dizia-se que antigamente havia em Atenas um hábil artista e artesão chamado Dédalo, o qual destacava-se tanto nessas duas artes, quanto na arquitetura e nas invenções. Esses dons trouxeram prosperidade à cidade na época, além de despertar a admiração de vários cidadãos atenienses. Contudo, como quanto maior a luz maior a sombra, quanto maior a admiração, maior também a inveja.

O inventor possuía um sobrinho chamado Talos, tão inteligente quanto ele. O garoto tinha grande interesse pelas invenções feitas pelo tio, e cuidava de produzir as próprias. Certo dia, havia chegado na oficina e mostrado a Dédalo uma serra de metal, instrumento que ele havia criado para partir a madeira ao meio, deixando seu tio orgulhoso.

Porém certa vez, quando passeava com seu sobrinho pela Acrópole, algo aconteceu. À beira de um precipício Talos tropeçara e perdera o equilíbrio, despencando para a morte. Nesse momento, todos aqueles que haviam ficado com inveja do trabalho de Dédalo começaram  a acusá-lo de homicídio, e pediam a pena de morte para ele. Como eram homens com influência, conseguiram apenas parte do pedido, fazendo com que Dédalo fosse exilado da cidade.

Andando sem rumo, o inventor acaba por chegar a Creta, região a qual estava sob o poder do tirano rei Minos. O rei, o qual já havia visto os vários templos atenienses feitos por Dédalo, ficara sabendo que o inventor estava na região, e oferecera hospitalidade a ele. Foi na época que o inventor teve Ícaro, com uma mulher chamada Náucrate, a qual morrera quando o filho ainda era criança.

Desde pequeno, Ícaro interessara-se pelas artes dominadas por seu pai, e após profissionalizar-se nelas, passara a ajudá-lo em sua oficina, possuindo participação inclusive na construção do labirinto de Creta.

Nesse labirinto estava aprisionado o minotauro, monstro filho da rainha Pasífae com um touro, uma punição de Poseidon infligida a Minos. Após dominar Atenas, o tirano determinara que fossem enviados para o labirinto sete casais de jovens, como tributos ao minotauro.É só após a chegada de Teseu que o monstro é morto, pois com a ajuda de Ariadne, a qual pedira socorro a Dédalo, Teseu consegue entrar e sair do labirinto.

Ao saber que seu monstro havia sido morto, Minos trancafia o inventor e seu filho no labirinto, para que lá morressem. Após ter a notícia de que Minos estava guardando os mares, Dédalo conclui que o único modo de escapar seria pelos ares. Assim, ele e seu filho passam a coletar as penas que caíam no chão do labirinto, e fixá-las com cera.

Antes de começarem sua viagem, Dédalo adverte o filho a não voar alto demais, senão o sol derreteria a cera, e a não aproximar-se demais do mar, o que faria com que as penas molhassem. Assim, pai e filho alçam voo, deixando todos da região que os viam estarrecidos, achando que eram deuses passeando pela Terra.

Porém, a certa altura do voo, Ícaro sobe muito alto nos céus. Seu pai tenta gritá-li, mas o vento leva suas palavras para longe. Ele não percebe que a cera entre suas penas começa a derreter, e quando se dá conta do que estava acontecendo, já estava em seu caminho rumo à morte no mar. Seu pai, com um grande esforço de suas penas, tentara pegá-lo no ar, muito tarde. Ícaro já estava sendo conduzido por Tânatos até o Hades. Com dificuldade, Dédalo conseguira carregar o corpo morto do filho até terra firme, e sepultá-lo.

Após esse trágico acontecimento, Dédalo é acolhido pelo rei Cócalo e suas filhas. Minos, que estava procurando o inventor, não mediu esforços nem distância para ir atrás dele. Com uma concha que fora presente de Tritão, ele perguntava em todos os reinos se alguém era capaz de passar um fio na concha. Só quando chegou à Sicilia, terra a qual estava sob o domínio do rei Cócalo, que ele teve seu problema resolvido. Dédalo, ainda escondido, conseguira passar a linha amarrando-a em uma perna de formiga e colocando mel do outro lado da concha, de modo que para conseguir o doce, a formiga teria que passar por dentro da concha e achar sua saída.

Minos acusa Cócalo de estar escondendo Dédalo, e pede que ele devolva o inventor. O rei disse que iria atender seu desejo, porém, por pressão por parte de suas filhas e do povo, o rei fica em dúvida. Chamando os conselheiros reais, ele pergunta o que fazer ao rei. A resposta logo veio e, durante um banho de Minos, foram nele despejados caldeirões de água fervendo, matando-o instantaneamente. Após sua morte, Minos tornou-se um dos juízes dos mortos. Dédalo morrera em Atenas, seu lar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Por Trás dos Planetas - Júpiter


Seguindo a ordem planetária, aterrissamos em Júpiter. Tal planeta não ganhou seu nome em vão pois, além de ser o maior planeta do sistema solar, remetendo ao deus romano governante dos outros deuses, ele também é o que possui mais luas, sendo no panteão greco-romano, o que mais teve amantes. Júpiter foi, na mitologia romana, o deus dos deuses, deus dos raios e trovões, o senhor dos céus, comparado ao Zeus grego. O símbolo do planeta remete à arma utilizada pelo deus, seu raio-mestre, forjado pelos ciclopes. A seguir, há a lista de nomes e histórias de suas luas.

Adrastéia: Junto à ninfa-cabra Amaltéia, e à ninfa Ida, cuidou de Zeus quando este lhe foi entregue por Réia, buscando salvar seu filho de ter o mesmo destino de seus outros cinco filhos, ser devorado pelos marido Cronos.

Amaltéia: Ninfa-cabra que, junto a Adrastéia e Ida, cuidou de Zeus, escondendo-o de Cronos e amamentando-o com seu leite. Em certa brincadeira com o pequeno, perde um dos chifres, o qual é transformado pelo deus em uma cornucópia, fornecendo às ninfas qualquer alimento pedido. Quando Amaltéia morre, Zeus  utiliza sua pele para forjar seu fiel escudo, chamado Aegis.

Calícore: Uma das dezoito Ménades, nome dado às sacerdotisas do deus Dionísio.

Calisto: Filha de Licaón e uma das amantes de Zeus. Possuía um filho, chamado Arcas. Por ser jovem e bela, Calisto atraíra a atenção do senhor dos deuses, fazendo ele deitar-se com ela. Porém, assim como mulheres jovens e belas não escapam aos olhos do soberano dos céus, as traições do mesmo não escapam aos olhos de Hera, sua ciumenta esposa. Dessa maneira, Hera castiga Calisto, transformando-a em um urso. Contudo, mesmo em forma de urso, Calisto tentava continuar agindo como sempre fizera, andando sobre duas patas e mantendo-se o mais ereta possível. Sem sorte em voltar à sua forma humana, Calisto vê Arcas caçando e aproxima-se para abraçar o filho. Sem reconhecer a mãe e temendo pela própria vida, Arcas ergue sua lança contra o animal. Percebendo a tragédia que estava para acontecer, Zeus eleva os familiares ao céu, transformando Calisto na constelação da Ursa Maior e Arcas em seu guardião, a Ursa Menor.

Cilene: Ninfa oréade ou náiade, as vezes tida como filha de Oceano e Tétis, mesmo sem estabelecimento maior sobre tal relação.

Coré: Outro nome designado à deusa da primavera Perséfone. Filha de Zeus e Deméter, foi raptada por Hades, pois este, encantado com sua beleza, raptou-a e, na estadia da sobrinha no submundo, fez com que ela comesse algumas sementes de romã. Assim surgiram as estações, sendo verão quando Perséfone está com a mãe e inverno quando ela está no Hades. Foi durante a busca por Perséfone que Deméter teve com Poseidon Árion e Despina. A deusa da primavera é chamada Coré quando é representada como filha de Deméter e de Perséfone quando é mostrada como esposa de Hades.

Elara: Outra das amantes de Zeus. O deus dos deuses, para escondê-la da ira de sua mulher, abriga-a nas profundezas da Terra, nas entranhas de Gaia. Ela dá a luz a Tício, o qual, após tentar violentar Leto, é morto por Apolo e Ártemis, sendo no Hades condenado a ficar esticado com um abutre comendo seu fígado, assim como já ocorrera a Prometeu.

Esponda: A sétima das Horas, deusas que representavam o dia, trabalhando junto a Hélios. Não confundi-la com sete horas. Representava a hora das libações após a refeição.

Eurínome: Junto a Zeus, foi a mãe das Cárites, chamadas* Aglaia, Tália e Eufrosina.

Europa: Princesa da Fenícia, irmã de Cadmo. Como muitas outras, a princesa atrai a atenção de Zeus, o qual transforma-se em touro e aproxima-se da jovem, induzindo-a a subir nele. Europa sobe no touro, sem saber que na realidade ele era um deus. Rapidamente, Zeus atravessa o rio a nado, ainda sob a forma de touro e com a princesa em seu dorso. Na ilha de Creta, Zeus faz amor com Europa, e dessa união surge Minos, o tirano rei de Creta. Enquanto Europa sumira, Cadmo fundara a cidade de Tebas. A história da criação do signo de touro é relacionada a Europa.

Ganímedes: Príncipe de Tróia, por quem Zeus apaixonou-se. O deus transforma-se em uma águia e rapta-o, possuindo-o em pleno vôo. O jovem é levado ao Olimpo, e passa a servir o néctar aos deuses, substituindo Hebe, quando a mão desta é dada à Héracles. É em seu conto a origem para o signo e constelação de aquário.

Hegemone: Uma das duas Graças cultuadas pelos atenienses.

Herse: Uma das três filhas do rei ateniense Cécrope I. Segundo a lenda, as três receberam um baú entregue por Atena, sob estritas ordens de não abri-lo. A última das irmãs obedeceu, porém a curiosidade tentou as outras duas, as quais acabaram sucumbindo a ela. Após verem o conteúdo do jarro, ambas são levadas à loucura e suicidam jogando-se da Acrópole. O filho de Herse e Hermes, Céfalo, foi um dos jovens raptados pela deusa Eos, por motivos de amor.

Jocasta: Mãe de Édipo. Casada com Laio, rei de Tebas. Quando Édipo nascera, um oráculo profetizara que a criança mataria o próprio pai e casaria-se com sua mãe. Assim, Laio manda a criança ser abandonada em um monte. Porém, logo ela é encontrada por um pastor, que o cria como seu próprio filho. Após crescer e consultar o oráculo, Édipo ouve a mesma profecia dita ao seu pai. Achando que o casal que o criara eram seus pais biológicos, Édipo foge de casa. Em sua caminhada, ele encontra um homem no bosque, e diante de sua ordem para que saísse da frente, Édipo briga com ele e mata-o. Continuando seu caminho, ele é abordado pela Esfinge, monstro o qual aterrorizava a cidade de Tebas. Ela lança seu enigma, dizendo que se lê conseguisse resolvê-lo, poderia seguir seu caminho. Porém, se falhasse, teria o destino de tantos outros, a morte. A Esfinge então diz o desafio: "Qual o ser que caminha com quatro pernas de manhã, duas a tarde e três a noite?". Após pensar, Édipo responde: o homem, pois engatinha quando criança, anda sobre as duas pernas durante a juventude e utiliza uma bengala quando velho. Com seu enigma resolvido, a Esfinge pula de um penhasco para encontrar a Morte.
Ao chegar na cidade, Édipo é aclamado e feito rei dela, casando-se com a rainha Jocasta e tendo quatro filhos com ela. Após um tempo com Édipo como rei, uma peste assola Tebas. Édipo vai até o oráculo buscando a resposta, e lhe é dito que a praga só seria aplacada após o assassino de Laio ser punido. Ligando os fatos, Édipo descobre ser ele o assassino, e que Laio, seu verdadeiro pai, era o homem que ele matara no bosque. Com essa verdade, Jocasta comete suicídio e Édipo se cega, além de ser banido da cidade. Após duas saída, seu irmão Creonte apodera-se do trono e cuida dos filhos de seu irmão, a pedido do mesmo.

Leda: Rainha de Esparta, esposa do rei Tíndaro. Após Zeus transformar-se em cisne e seduzi-la, Leda chocou dois ovos, dos quais nasceram Clitemnestra, Cástor, Pólux e Helena. Mesmo esses dois últimos sendo filhos do deus dos deuses, Tíndaro adotou-os e os criou como seus próprios filhos. Cástor e Pólux deram origem ao signo de gêmeos, devido ao fato de serem inseparáveis.

Lisitéia: Uma das filhas de Oceano e mais uma das amantes de Zeus. Pode também ser outro nome para Sêmele, a amante de Zeus que fora induzida por Hera a pedir para Zeus amá-la em sua divina forma. Após ser incinerada, Zeus coloca o feto, que mais tarde viria a ser Dionísio, em sua coxa, até ele nascer.

Métis: Titânide filha de Tétis e Oceano, chamada Prudência pelos romanos. Foi a primeira esposa de Zeus, e ajudou-o a fazer o pai Cronos vomitar os outros filhos, que estavam em seu estômago. Métis tentou várias vezes escapar de Zeus, porém sem sucesso. Assim, mais uma das amantes do deus dos céus estava grávida. Porém, após esse fato, Gaia adverte Zeus que a primeira cria de Métis seria uma mulher, com força e sabedoria iguais as dele. Porém, se Métis viesse a ter um segundo filho, ele seria rei de homens e deuses. Temendo por seu poder, assim que encontra Métis novamente, Zeus engole-a. Porém, após anos, quando já estava casado com Hera, o deus sente uma terrível dor de cabeça. Ele chama Hefesto, e o ferreiro quebra a cabeça do deus dos deuses. De lá, sai uma deusa com armadura completa: Atena, a deusa da sabedoria e estratégia de batalha.

Mnemósine: Uma das titânides, filha de Urano e Gaia. Personificava a memória, em contrapartida a Lete, divindade do esquecimento. Dizia-se que ela era a única a não ser influenciada por Cronos, pois afinal o tempo passa, mas a memória é preservada. Junto a Zeus, foi genitora das Musas, em uma relação já explicada anteriormente.

Pasífae: Mais uma das amantes de Zeus. Para conquistar e conseguir uma donzela, chamada Europa, Zeus se transforma em um touro e vai até ela, dando indícios de que ele a deixaria subir nele. Assim que Europa sobe no touro, sem saber que este era um deus, Zeus atravessa o rio nadando, ainda sob a forma do animal. Chegando à ilha, a fecunda.
Dessa união surge Minos. A segunda parte da lógica do nome e do símbolo do signo é essa: Minos pede à Poseidon que o faça rei dos mares e em troca sacrificaria um dos touros de sua manada. Poseidon faz sua parte no acordo, mas na vez de Minos, o rei tenta enganar o deus e sacrifica um touro de segunda categoria.
Com uma afronta dessas, Poseidon fica furioso e pede ajuda a Afrodite em sua vingança. Afrodite induz Pasífae, mulher de Minos, a amar um touro branco da manada do marido, o qual deveria ter sido sacrificado ao deus dos mares. Porém, como levar adiante esse amor sendo ela humana e ele um animal?
Desesperada, Pasífae pede ajuda a Dédalo, o famoso construtor do labirinto do Minotauro, monstro que coincidentemente é filho da rainha. Dédalo cria um jeito de Pasífae se unir ao touro, uma espécie de vaca que permitisse, com Pasífae em seu interior, tal feito.
Desse união surge o Minotauro, a segunda das possibilidades de origem do signo de touro.

Taigete: Uma das Plêiades, as sete filhas de Atlas e Pleione(as vezes numeradas como quinze*). Eram deusas dos bosques, montes, rios e campos. Segundo a lenda, quando atraíram o interesse masculino de Órion e este começou a persegui-las. Cansadas de fugir do caçador, elas pedem ajuda a Zeus, que as transforma em uma constelação. Quando Atlas foi condenado a sustentar o céu nos ombros, seu único consolo era ver suas filhas brilhando no céu.

Tione: Outro dos nomes de Sêmele. Após Hera tomar conhecimento sobre ela, a deusa induz a mortal a pedir que Zeus ame-a em sua verdadeira forma. Sêmele faz isso, e devido ao fato de Zeus ter jurado  pelo Estige que realizaria o desejo da amante, ela tem seu pedido realizado. Zeus coloca o feto de Dionísio na coxa, e lá deixa-o até que o deus nasça. Após se desenvolver e virar um deus, Dionísio desceu ao Hades e tirou a alma de sua mãe de lá. Quando Sêmele foi elevada ao Olimpo, recebeu o nome de Tione.


*Assim como vários outros seres, seus nomes e número variam de acordo com cada região, autor, etc.

sábado, 21 de abril de 2012

Ártemis e Actéon


Actéon era um caçador, criado pelo centauro Quíron e filho do rei Cadmo, que gostava de caçar cervos nas montanhas das redondezas. Certo dia, após uma boa caçada, ele e seus amigos descansavam em um vale, até que Actéon  resolve desvendá-lo. Ele encontra uma caverna e adentra-a, sem saber que naquela caverna Ártemis costumava banhar-se na companhia de suas ninfas algumas vezes, como era o que estava fazendo naquele exato momento.

A deusa havia chegado ao local, e após despir-se e entregar sua aljava e seu arco à uma das ninfas, ela caminhara para o centro da bacia proporcionada pela queda d'água, e lá começara a banhar-se.

Pouco tempo depois, Actéon chega à caverna. Todas as divindades na bacia deram um grito e as ninfas tentaram esconder o corpo de Ártemis. Sem sucesso, pois devido à diferença de altura da deusa para com as outras, de nada adiantara tal ação. Da cor da aurora, Ártemis joga água na cara de Actéon e diz que, caso se atrevesse, dissesse que vira a deusa sem suas vestes.

No mesmo momento um par de chifres cresce na cabeça de Actéon, bem como seu pescoço encompridou-se, as orelhas tornaram-se longas, os pés patas, e seu corpo foi coberto de pelos, sendo assim transformado em um cervo.

Após ser transformado em um animal, Actéon foge da caverna. Porém, a ira de Ártemis não havia terminado ainda. Enquanto estava em dúvida sobre o que fazer ou para onde ir, seus cães de caça acham-o, mas obviamente não o reconhecem. Eles começam a caçá-lo, e Actéon passa a fugir. Porém, após alguns momentos de caçada, um cão atacara suas costas e outro mordera seu ombro. Assim, Actéon vira o quão bom eram seus cães de caça, na sua própria pele.

Seus amigos procuraram o caçador desaparecido, para que ele pudesse comemorar junto a eles, mas acabaram por desistir após algum tempo. Após momentos de agonia, Actéon finalmente solta seu último suspiro, saciando assim, a ira de Ártemis.

O quadro acima, chamado O Banho de Diana, de François Clouet, representa a história em três cenas diferentes. À esquerda, quando Actéon está cavalgando para caçar, no meio, quando Ártemis prepara-se para seu banho, e à direita, quando Actéon é atacado por seus cães.