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Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Hebe (Ήβη)


Filha de Zeus e Hera e irmã de Ares e Ilítia, chamada de Juventas pelos romanos, Hebe é a deusa grega da juventude e das jovens noivas antes do casamento. Servia de copeira aos deuses no Olimpo, servindo o Néctar e a Ambrosia a eles. Mostrada comumente jovem, vestindo um vestido sem mangas, com flores na cabeça e segurando uma taça de ouro na mão, possuindo por símbolo a alface, aludindo à uma das versões de sua origem, tendo vindo apenas de Hera, quando a deusa comera uma alface em um banquete dado por Apolo e se engravidara dela. Por sua juventude, era  as vezes adorada como uma deusa da beleza, junto a Afrodite.

Além de copeira do Olimpo, regularmente juntava-se às Musas em sua dança, ao som da lira de Apolo. Em algumas versões, quando Héracles foi levado ao Olimpo e tornado um deus, a mão de Hebe lhe fora dada em casamento, levando-a a deixar o posto de copeira dos deuses. Porém, em outra versão, uma vez, ao servir os deuses, ela cai vergonhosamente, ou enfurecendo Zeus ou envergonhando-se a si mesma, fazendo com que largue seu trabalho, levando Zeus a raptar Ganimedes, o príncipe troiano, e colocá-lo como o novo copeiro. Porém, sua mãe Hera, após isso, a deixa cuidando de sua carruagem, dos banhos de Ares e oferece a mão da filha à Héracles.

Tinha poder de rejuvenescer as pessoas, assim como fizera ao sobrinho de Héracles, Iolau, quando o herói pedira a ela que fizesse isso. Era dito que, além de seu poder sobre a juventude, possuía o poder de envelhecer as pessoas, como fez aos filhos de Alcmeon ao se vingarem da morte da primeira esposa do pai, Arsíone. Com Héracles, Hebe teve uma filha, Alexíara, e um filho, Aniceto.

Em Roma, Juventas protegia os adolescentes no momento deles deixarem a infãncia, mais ou menos aos 16 anos, quando vestiam a toga pela primeira vez. Quando isso ocorria, os jovens lhe ofereciam uma moeda.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Moiras (Μοῖραι)


Filhas de Nix por partenogênese, chamadas de Parcas pelos romanos, eram as tecedoras do destino de mortais e deuses, e se mostravam inflexíveis sobre o destino feito, fosse ele bom ou ruim. Em algumas versões já foram tidas como filhas de Zeus e Têmis ou Caos e Ananke. Quando uma criança nascia, as deusas visitavam-o dentro de três dias, para traçar seu destino. 

Foram elas que criaram Têmis e Nêmesis, quando Nix e Gaia não puderam criá-las, pois Nix estava muito cansada após gerar tantos filhos por partenogênese e Gaia procurava salvá-la de Urano, ensinando a elas a ordem natural do mundo. Dizia-se que, junto de Hermes, haviam criado o alfabeto.

Mesmo sendo inflexíveis e impiedosas, algumas vezes apareciam aos homens. Apareceram na história de Meléagro, avisando à mãe do recém-nascido que a vida da criança estaria ligada ao toco de madeira posto no fogo. Também, antes que Héracles enfrentasse Tânatos para que ele não levasse Alceste, a esposa de seu amigo, a própria Alceste havia embebedado as Moiras, e conseguira fazer com que elas lhe revelassem que a morte do marido só seria evitada se alguém oferecesse a vida no lugar dele. 


Cloto (Κλωθώ): A primeira das Moiras, chamada de Nona pelos romanos, era a mais nova delas, sendo a responsável de fiar a linha de vida de cada um, decidindo desde o momento o qual cada pessoa nasceria até quando deuses ou mortais seriam salvos ou mortos, como fez a Pélops, no conto de Tântalo. Junto a Ilítia, Ártemis e Hécate, atuava como deusa dos partos. 

Láquesis (Λάχεσις): A segunda das Moiras, representada como uma mulher matronal, mas ao mesmo tempo bonita e poderosa, era chamada de Décima pelos romanos. Ela que decidia quanto tempo de vida cada pessoa poderia ter, medindo o fio de vida de cada um com sua vara, para após isso decidir qual o destino essa pessoa teria. Ela que ajuda as almas que estão a ponto de escolher sua próxima vida, e concede presentes a elas, a partir dos quais elas escolherão sua próxima vida. Junto a Tique, Pluto* e Moros, distribuía o que cada pessoa iria ganhar em sua vida.

Átropos (Ἄτροπος): A última das Moiras, chamada de Morta em Roma, é a mais velha delas, sendo representada como tal. Ela que decidia como e quando a pessoa morreria , ao cortar a linha da vida delas. Trabalhando junto a Tânatos, Moros e às Queres, determinava o fim da vida de cada um.

*Deus grego das riquezas, não confundir com Plutão, forma romana do deus Hades, quando este fora incorporado por Roma.

Por Trás do Cotidiano

Quando se diz que a "vida de alguém está por um fio", referimos à essas deusas, mencionando, sem saber, o fio que elas traçam para a vida de cada um.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Têmis (Θέμις)


Filha de Urano e Gaia, chamada de "a do bom conselho", é a deusa das leis, dos juramentos e da justiça. Possui por símbolos a balança e a espada, um feixe de machados e comumente é representada com uma das mãos sobre a extremidade de um cetro. É representada vendada para demonstrar a imparcialidade da justiça e que ela pode não ser feita certas vezes. É tida como um presente dos deuses e um marco da existência civilizada.

Quando Gaia a teve, buscou impedir que Urano a prendesse dentro de si, assim como havia feito às outras crianças tidas. Então procurou a deusa Nix e deixou-a com ela. Porém, cansada após ter gerado tantos filhos por partenogênese, a deusa da noite deixou ela e sua filha Nêmesis aos cuidados das Moiras, as tecedoras do destino, e assim foram ensinadas sobre a ordem do universo. Por isso, quando a justiça ou as leis faltam com as pessoas, a vingança muitas vezes aparece logo.

Pretendia ser uma deusa virgem, porém Zeus forçou-a a casar-se com ele, sendo ela a segunda esposa, depois de Métis e antes de Hera. Com isso, o deus dos deuses possuía seu auxílio, devido ao fato de ser uma deusa justa, e assim, suas decisões nunca eram absolutas e incluíam todos. Também era ela que presidia as reuniões dos deuses, deixando com que os deuses menores falassem.

Possuía poderes proféticos, podendo predizer o futuro de homens e deuses. Fora ela que previra que o filho de Tétis seria maior que o próprio pai, e que impediu que Zeus, Poseidon e Apolo se casassem com ela. Também fora ela que dissera a Deucalião sobre os "ossos" da mãe. Foi uma das quatro divindades a possuir o oráculo de Delfos, tendo recebido o oráculo de Gaia e passado-o a Febe.

É mãe das Horas mais antigas, as deusas que presidiam as estações do ano, sendo elas Dice, Eunômia e Irene  representando respectivamente a justiça, disciplina e a paz. Segundo umas versões, é mãe também das Moiras, as deusas do destino. Além dessas trindades, foi mãe também de Astréia, a constelação de Virgem, com Zeus.

Algumas de suas representações não a cegavam, pois como ela tinha dons proféticos, isso não faria sentido.
Em outras também era representada sem a espada, pois ela representava o consenso e não a coerção.

Por Trás do Cotidiano - Frases Populares

A deusa era representada pelos gregos com seus olhos vendados, mostrando que a justiça é relativa, pois assim como ela pode ser feita em prol dos inocentes, também pode ser feita a injustiça, dando a razão a alguém que na verdade seria culpado. Daí vem a origem da frase "A justiça é cega".

terça-feira, 7 de maio de 2013

Tique (Τύχη)


Deusa grega da sorte, chance, felicidade e prosperidade, é filha, segundo alguns, de Oceano e Tétis, fazendo dela uma das Oceânides. Contudo, alguns colocam ela como filha apenas de Zeus e outros ainda a fazem ter Hermes e Afrodite como pais. Pelos romanos, é chamada de Fortuna. Possui como símbolos a roda e o leme, que se movimentam em direção a destinos incertos, a cornucópia, chifre da cabra Amaltéia que representava a abundância, a qual ela carregava nas mãos, e a bola, que exemplificava o perigo da sorte: às vezes ela está em cima, assim como pode vir(e alguma hora virá) abaixo.

Dizia ter sido ensinada pelas Moiras, as tecedoras do destino, junto a Nêmesis, deusa do equilíbrio. Algumas vezes era representada vendada mostrando que as dádivas por ela concedidas eram recebidas aleatoriamente, por pessoas justas ou injustas, trabalhadoras ou não. Com isso, Nêmesis sempre estava ao seu lado, para tirar daqueles que muito recebiam ou para dar àqueles que nada ganhavam.

Dizia-se que sempre que não se descobrisse a causa de tragédias, isso poderia ser atribuído a Tique.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dionísio (Διώνυσος)


Deus grego do vinho, da insanidade e das artes teatrais, é tido como filho de Zeus e da mortal Sêmele, princesa tebana filha de Cadmo, sendo o único deus a ter uma mortal como mãe. Possuía por símbolos a uva, o leopardo, a fênix, a pantera, a vinha, a hera, o carvalho e o pinheiro e normalmente é representado como um deus belo e jovem, com corvos junto a ele representando força e poder. Na Gigantomaquia, o deus combatera os inimigos transformado em leão, e depois disso passou a ser considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses do Olimpo.

Em algumas versões, antes de ser Dionísio e ter mãe Sêmele, o deus era chamado de Zagreu e tinha como pai, Zeus, e como mãe, Perséfone. Porém, após Hera mandar matá-lo, apenas o seu coração é salvo. O coração é então colocado em uma bebida e oferecido por Zeus para Sêmele tomar antes de se deitar com ela. Porém, ao saber sobre mais uma das infidelidades do marido, a rainha do Olimpo fica com ciúmes novamente e, disfarçada de velha, vai até Sêmele, e induz ela a pedir para o amante que ele se mostrasse em sua verdadeira forma, sua forma divina, a qual os mortais não são capazes de suportar, para, assim, ter certeza de que seu amante era realmente o grande Zeus. Então, sem saber do perigo, Sêmele pede ao amante que a conceda um desejo, sem revelar-lhe antes qual era. Zeus, sem nada desconfiar, jura pelo Rio Estige que realizaria, e a mortal pede seu último desejo. Sem ter outra opção além de realizar o pedido, Zeus coloca-se em sua verdadeira forma, e instantaneamente o corpo de sua amada é incinerado.

Rapidamente após isso, Zeus pega o feto do corpo de Sêmele e o coloca em sua coxa, dando luz ao próprio filho depois de um tempo. Ao nascer, foi dado à Ino e Atamas, pai de Frixo e Hele e governante da Beócia, e lá o pequeno deus foi criado no meio das mulheres, para disfarçar-lhe. Porém, logo Hera descobre a verdade e condena os governantes da Beócia à loucura. Após isso, Hermes transforma o meio-irmão em um cabrito para conseguir escondê-lo e o deixa aos cuidados das ninfas no monte Nisa. Contudo, certo dia, mesmo depois de crescido, Hera reconhece o deus em uma montanha e o deixa louco, fazendo-o vagar pelo mundo, acompanhado de seu tutor Sileno. Só depois de algum tempo que Hera tira sua loucura.

Foi o último deus a fazer parte do Olimpo, e, sendo o número de deuses treze, e esse um número indesejado, foi apenas capaz de ter um trono pela doação por parte de Héstia de seu trono. Dizem que foi por ter ajudado a trazer Hefesto ao Olimpo quando Hera estava amarrada em sua cadeira que Dionísio ganhara um trono entre os doze. Após tornar-se um deus, foi até o Hades e pedira que ele devolvesse a mãe, tendo êxito em seu pedido. Segundo algumas versões, ao voltar do submundo, Sêmele ganha o nome de Tione(uma das várias luas do planeta Júpiter).

Com seu poder, ganhava todas as batalhas trocando a água dos soldados inimigos por vinho, e assim deixando-os bêbados. Possuía um grande cortejo que sempre o seguia, constituído por Pã, Sileno, ninfas, sátiros, pastores e suas seguidoras fiéis, as Mênades. Os ritos feitos pelas mênades eram chamados bacanais, eram orgias sem leis nas quais eram primeiramente permitidas apenas mulheres, e apenas depois de um tempo passara a ser permitida a presença masculina.

Era vingativo com aqueles que o desafiassem. Certa vez, quando ainda criança, ele fora achado em uma ilha por um grupo de marinheiros, os quais levaram-o ao barco. Porém, um dos tripulantes, percebendo as roupas da criança e vendo que aquele era um ser divino, tentou dissuadir os companheiros da ideia, ao que foi quase jogado para fora do mar, caso não tivesse se agarrado às cordas do barco. Pouco tempo depois de começada a viagem, Dionísio acorda e pergunta aos homens o que eles estavam fazendo, e lhe é dito que  seria levado onde ele quisesse ir, sendo o destino escolhido a ilha de Naxos, onde estava a bela Ariadne, deixada em tal ilha por Teseu. Porém, ao tentarem mudar o rumo, o bebê começa a chorar, e o barco para. Vinhas começam a crescer nos mastros, um cheiro de vinho paira no ar, enquanto um som de flauta era ouvido e leões, tigres e linces invadiam o barco. Amedrontados, os marinheiros jogam-se ao mar, sendo metamorfoseados em golfinhos.

O único marinheiro que restara fora o que defendera Dionísio, chamado Acetes. Dizendo-o para não temer, o deus pede que ele seja levado a Naxos, e que o marinheiro passe a divulgar os mistérios do deus. Porém, Penteu, rei de Tebas, uma das pessoas incomodadas com aquele que diziam ser um mentiroso quanto à sua origem, ordena que Acetes seja preso e morto. Porém, pouco antes de ter sua cabeça no chão, as correntes que o prendiam se soltam, e o marinheiro não era mais encontrado por ninguém. Então, disfarçando-se de mensageiro, Dionísio diz ao rei que um de seus rituais ocorria na floresta próximo à cidade, e o aconselha a ir lá averiguar sozinho primeiramente. Porém, assim que chega, as mulheres, lideradas por sua própria mãe, veem ele, e, inebriadas, avançam em direção ao rei, dizendo ser ele um leão que vivia nos bosques ao redor.  Assim, o rei tem seu fim sendo despedaçado pelas mulheres, enquanto sua mãe arranca e finca a cabeça do filho em sua espada.

Após ir até a ilha de Naxos, e resgatar Ariadne, o deus casa-se com ela, e com ela tem Cerano, Toante, Entópion, Taurópolis e outros filhos, nenhum com grandes façanhas no próprio nome. Quando Ariadne morreu, a coroa de pedras que ele havia dado a ela foi colocada no céu, entre a constelação de Héracles ajoelhado e Ofiuco, outro nome de Asclépio. Com Altéia, teve Dejanira, a segunda mulher de Héracles, e Meléagro. É também junto a Afrodite, pai de Príapo, deus da fertilidade que era reconhecido por sua genitália grande

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Hefesto (Ήφαιστος)


Deus do fogo e da metalurgia, incluindo as coisas fusíveis (como ferro, bronze, prata, ouro, entre outras), é um dos doze deuses olimpianos. Possui como símbolo o martelo e a bigorna. Sua forja está localizada abaixo do monte Etna.

Na época, tendo Atena¹ nascido da cabeça de Zeus após este ter engolido Métis quando ela estava grávida, 
Hera fica furiosa e, por partenogênese, assim como Gaia gerara Urano, ela gera Hefesto, esperando que o deus surgisse como um deus corajoso, justo e forte. Porém, tramar contra o soberano do Olimpo não funciona, e o deus nasce fraco, deformado e coxo². Ao ver o deus que gerara e ser chacota de vários outros deuses pela aparência de Hefesto, Hera atira-o do alto do Olimpo, em direção à Terra. Durante nove dias e nove noites ele cai, e no fim do nono dia, ele atinge o oceano, caindo em frente a Eurínome, filha de Oceano, e Tétis, filha de Nereu, as quais passam a cuidar do pequeno deus em segredo.

Em pouco tempo, descobrindo a maravilha de criar coisas, Hefesto passa a criar vários e vários adornos para Tétis e Eurínome. Assim, uma vez, estando Tétis usando uma joia de beleza inigualável, Hera pergunta a ela onde conseguira a jóia, ao que é lhe dada a resposta: das mãos de seu próprio filho. Porém, nem assim Hera fez questão de ver o filho, fazendo-o ficar furioso. Assim, para punir a mãe, ele cria um trono, e cria um mecanismo que iria prender Hera nele, ao jogar fios cujo metal só podia ser visto por Hefesto.

Assim, ao receber o trono, Hera logo se senta nele, apenas para logo ficar presa. Gritando, ela diz aos outros deuses que estava presa no trono, apenas para ser taxada de louca. Mas assim que alguns deuses tentam tirá-la à força de lá, eles veem que sua fala não tinha mentiras. Com isso, Zeus manda os filhos irem atrás de Hefesto, sendo o primeiro Hermes, o qual, mesmo com sua grande lábia não conseguira levar Hefesto ao Olimpo. O segundo fora Ares, preparado para um confronto com o meio-irmão. porém, mal o deus da guerra lá chega e é açoitado por um tição aceso e repelido com jatos de lava. O último fora Dionísio, deus do vinho, que, ao chegar lá, convidou Hefesto para beber. Tendo aceito o convite, logo o deus ferreiro ficara inebriado, sendo levado por Dionísio ao Olimpo. Chegando lá, Zeus oferece qualquer coisa ao deus para que ele liberte Hera, e ele responde que gostaria de ter a mão de Afrodite, deusa do amor sensual e da beleza.³

Após isso, ele se reconcilia com a mãe, fazendo várias e várias jóias para ela, e a defendendo quando ela necessitava, como quando Zeus a acorrentara por ter tramado contra ele. Porém, por ter ido contra o rei dos deuses, dessa vez é Zeus quem o atira do alto do Olimpo. Contudo, logo ele está de volta ao Olimpo e, após tantos e tantos problemas solucionados, ele passa a ser reconhecido como o pacificador do Olimpo, a quem todos os deuses gostavam. A única exceção era Ares pois, do mesmo jeito que odiava Deméter por ela ter ensinado os homens a agricultura e assim eles não entrarem mais em guerra, sua presença pacificadora acabava com as guerras do Olimpo.

É o forjador do Olimpo, e os ciclopes filhos de Urano, Arges, Brontes e Esteropes o ajudavam. É ele quem cria a primeira mulher, Pandora, as flechas de Apolo e Ártemis, o escudo de Aquiles (como um modo de agradecer à mãe do herói, Tétis, sua ama), os raios de Zeus e o gigante de bronze Talos.

Porém, com tanta habilidade e disposição para produzir tanta coisa, ele acaba esquecendo-se de sua vida amorosa. Então, como ao final dos dias não possuía forças para satisfazer sua mulher, a deusa do amor, ela acabava por procurar Ares para satisfazê-la. Mesmo não procurando mudar a situação em que sua mulher estava, ele não admitia que ela estivesse com outro e então, certa vez, quando Hélio, o deus que tudo vê lhe diz que sua mulher está o traindo, ele arma para ela e o amante.

Usando seus fios mais uma vez, ele estende-os ao longo de seu quarto. Ele diz a Afrodite que iria ficar um tempo fora, e se esconde assim que sai do palácio onde viviam juntos. Para confirmar as suspeitas, logo Ares chega, e entra em seu palácio. Contudo, mal ambos os deuses, nus, caem na cama, cai junto deles a teia de Hefesto, os prendendo. Após isso, ele chama os outros deuses para assistir aos amantes pegos em sua cama. Apenas depois de um apelo de Poseidon ao deus que ele concorda em libertar os dois. Junto a isso, quando Harmonia, filha de Afrodite com Ares, foi casar-se com Cadmo, fundador de Tebas, Hefesto dera a eles um presente, um colar amaldiçoado, que os traria infelicidade. No fim, Harmonia e Cadmo se transformam em serpentes após uma série de sofrimentos. O colar é passado para Sêmele, que morre antes de dar vida a Dionísio. Depois, segue Jocasta, que casa com o próprio filho, Édipo, e suicida depois disso. E seguidamente o colar ia passando de geração a geração entre os descendentes, espalhando entre eles o mesmo sofrimento de Hefesto.




¹Em algumas versões, é Hefesto que parte a cabeça de Zeus quando ele tem Atena, então Hera estaria planejando uma vingança contra Zeus por ele ter várias amantes, e não necessariamente devido a Atena.
²Em outras versões, Hefesto fica coxo após sua mãe ter lhe lançado do alto do Olimpo quando era bebê, ou então em sua segunda queda, quando Zeus o atira também do Olimpo.
³Em diferentes versões, Hefesto libera a mãe de bom grado, e Zeus dá a mão de Afrodite como agradecimento, sem nenhuma troca de favores.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Apate (Απατη) e Dolos (δόλος)


Personificação do engano, da fraude e da malícia, chamada pelos romanos de Fraude, é filha de Érebo e Nix, ou apenas da própria deusa, e é um dos espíritos que saíram do jarro de Pandora quando esta o abriu. O espírito que fazia frente a ela era Aletéia, o espírito da verdade. Seu correspondente masculino é Dolos, seu irmão.

Diz-se que quando Hera incita Sêmele, a mãe de Dionísio a pedir a Zeus que o deus aparecesse para ela em sua forma divina, ela estava usando o cinto de Apate, de modo que qualquer coisa que Hera dissesse a Sêmele, a mortal seria levada a fazer. Também é contado que Réia, ao enganar Cronos, utiliza-se do cinto de Apate.


Irmão e correspondente masculino de Apate, estava encarcerado junto a ela e outros males no jarro, antes de Pandora abri-lo. Reinava sobre a trapaça, o engano astuto, a astúcia, a traição e a malícia. Diz-se que era aluno de Prometeu e, uma vez, assistia Prometeu esculpir uma estátua. Porém, Prometeu fora chamado por Zeus, e deixou o local, ficando apenas a estátua e Dolos lá. Antes que ele voltasse, Dolos começou a fazer uma nova estátua, não conseguindo completar o pé. Ao ver as duas estátuas, Prometeu dera vida a ambas. Porém, pela falta do pé, os passos da segunda estátua eram tortos. Por isso se diz que algo falso pode as vezes começar com sucesso, mas no fim a verdade vai aparecer.