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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dionísio (Διώνυσος)


Deus grego do vinho, da insanidade e das artes teatrais, é tido como filho de Zeus e da mortal Sêmele, princesa tebana filha de Cadmo, sendo o único deus a ter uma mortal como mãe. Possuía por símbolos a uva, o leopardo, a fênix, a pantera, a vinha, a hera, o carvalho e o pinheiro e normalmente é representado como um deus belo e jovem, com corvos junto a ele representando força e poder. Na Gigantomaquia, o deus combatera os inimigos transformado em leão, e depois disso passou a ser considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses do Olimpo.

Em algumas versões, antes de ser Dionísio e ter mãe Sêmele, o deus era chamado de Zagreu e tinha como pai, Zeus, e como mãe, Perséfone. Porém, após Hera mandar matá-lo, apenas o seu coração é salvo. O coração é então colocado em uma bebida e oferecido por Zeus para Sêmele tomar antes de se deitar com ela. Porém, ao saber sobre mais uma das infidelidades do marido, a rainha do Olimpo fica com ciúmes novamente e, disfarçada de velha, vai até Sêmele, e induz ela a pedir para o amante que ele se mostrasse em sua verdadeira forma, sua forma divina, a qual os mortais não são capazes de suportar, para, assim, ter certeza de que seu amante era realmente o grande Zeus. Então, sem saber do perigo, Sêmele pede ao amante que a conceda um desejo, sem revelar-lhe antes qual era. Zeus, sem nada desconfiar, jura pelo Rio Estige que realizaria, e a mortal pede seu último desejo. Sem ter outra opção além de realizar o pedido, Zeus coloca-se em sua verdadeira forma, e instantaneamente o corpo de sua amada é incinerado.

Rapidamente após isso, Zeus pega o feto do corpo de Sêmele e o coloca em sua coxa, dando luz ao próprio filho depois de um tempo. Ao nascer, foi dado à Ino e Atamas, pai de Frixo e Hele e governante da Beócia, e lá o pequeno deus foi criado no meio das mulheres, para disfarçar-lhe. Porém, logo Hera descobre a verdade e condena os governantes da Beócia à loucura. Após isso, Hermes transforma o meio-irmão em um cabrito para conseguir escondê-lo e o deixa aos cuidados das ninfas no monte Nisa. Contudo, certo dia, mesmo depois de crescido, Hera reconhece o deus em uma montanha e o deixa louco, fazendo-o vagar pelo mundo, acompanhado de seu tutor Sileno. Só depois de algum tempo que Hera tira sua loucura.

Foi o último deus a fazer parte do Olimpo, e, sendo o número de deuses treze, e esse um número indesejado, foi apenas capaz de ter um trono pela doação por parte de Héstia de seu trono. Dizem que foi por ter ajudado a trazer Hefesto ao Olimpo quando Hera estava amarrada em sua cadeira que Dionísio ganhara um trono entre os doze. Após tornar-se um deus, foi até o Hades e pedira que ele devolvesse a mãe, tendo êxito em seu pedido. Segundo algumas versões, ao voltar do submundo, Sêmele ganha o nome de Tione(uma das várias luas do planeta Júpiter).

Com seu poder, ganhava todas as batalhas trocando a água dos soldados inimigos por vinho, e assim deixando-os bêbados. Possuía um grande cortejo que sempre o seguia, constituído por Pã, Sileno, ninfas, sátiros, pastores e suas seguidoras fiéis, as Mênades. Os ritos feitos pelas mênades eram chamados bacanais, eram orgias sem leis nas quais eram primeiramente permitidas apenas mulheres, e apenas depois de um tempo passara a ser permitida a presença masculina.

Era vingativo com aqueles que o desafiassem. Certa vez, quando ainda criança, ele fora achado em uma ilha por um grupo de marinheiros, os quais levaram-o ao barco. Porém, um dos tripulantes, percebendo as roupas da criança e vendo que aquele era um ser divino, tentou dissuadir os companheiros da ideia, ao que foi quase jogado para fora do mar, caso não tivesse se agarrado às cordas do barco. Pouco tempo depois de começada a viagem, Dionísio acorda e pergunta aos homens o que eles estavam fazendo, e lhe é dito que  seria levado onde ele quisesse ir, sendo o destino escolhido a ilha de Naxos, onde estava a bela Ariadne, deixada em tal ilha por Teseu. Porém, ao tentarem mudar o rumo, o bebê começa a chorar, e o barco para. Vinhas começam a crescer nos mastros, um cheiro de vinho paira no ar, enquanto um som de flauta era ouvido e leões, tigres e linces invadiam o barco. Amedrontados, os marinheiros jogam-se ao mar, sendo metamorfoseados em golfinhos.

O único marinheiro que restara fora o que defendera Dionísio, chamado Acetes. Dizendo-o para não temer, o deus pede que ele seja levado a Naxos, e que o marinheiro passe a divulgar os mistérios do deus. Porém, Penteu, rei de Tebas, uma das pessoas incomodadas com aquele que diziam ser um mentiroso quanto à sua origem, ordena que Acetes seja preso e morto. Porém, pouco antes de ter sua cabeça no chão, as correntes que o prendiam se soltam, e o marinheiro não era mais encontrado por ninguém. Então, disfarçando-se de mensageiro, Dionísio diz ao rei que um de seus rituais ocorria na floresta próximo à cidade, e o aconselha a ir lá averiguar sozinho primeiramente. Porém, assim que chega, as mulheres, lideradas por sua própria mãe, veem ele, e, inebriadas, avançam em direção ao rei, dizendo ser ele um leão que vivia nos bosques ao redor.  Assim, o rei tem seu fim sendo despedaçado pelas mulheres, enquanto sua mãe arranca e finca a cabeça do filho em sua espada.

Após ir até a ilha de Naxos, e resgatar Ariadne, o deus casa-se com ela, e com ela tem Cerano, Toante, Entópion, Taurópolis e outros filhos, nenhum com grandes façanhas no próprio nome. Quando Ariadne morreu, a coroa de pedras que ele havia dado a ela foi colocada no céu, entre a constelação de Héracles ajoelhado e Ofiuco, outro nome de Asclépio. Com Altéia, teve Dejanira, a segunda mulher de Héracles, e Meléagro. É também junto a Afrodite, pai de Príapo, deus da fertilidade que era reconhecido por sua genitália grande

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Hefesto (Ήφαιστος)


Deus do fogo e da metalurgia, incluindo as coisas fusíveis (como ferro, bronze, prata, ouro, entre outras), é um dos doze deuses olimpianos. Possui como símbolo o martelo e a bigorna. Sua forja está localizada abaixo do monte Etna.

Na época, tendo Atena¹ nascido da cabeça de Zeus após este ter engolido Métis quando ela estava grávida, 
Hera fica furiosa e, por partenogênese, assim como Gaia gerara Urano, ela gera Hefesto, esperando que o deus surgisse como um deus corajoso, justo e forte. Porém, tramar contra o soberano do Olimpo não funciona, e o deus nasce fraco, deformado e coxo². Ao ver o deus que gerara e ser chacota de vários outros deuses pela aparência de Hefesto, Hera atira-o do alto do Olimpo, em direção à Terra. Durante nove dias e nove noites ele cai, e no fim do nono dia, ele atinge o oceano, caindo em frente a Eurínome, filha de Oceano, e Tétis, filha de Nereu, as quais passam a cuidar do pequeno deus em segredo.

Em pouco tempo, descobrindo a maravilha de criar coisas, Hefesto passa a criar vários e vários adornos para Tétis e Eurínome. Assim, uma vez, estando Tétis usando uma joia de beleza inigualável, Hera pergunta a ela onde conseguira a jóia, ao que é lhe dada a resposta: das mãos de seu próprio filho. Porém, nem assim Hera fez questão de ver o filho, fazendo-o ficar furioso. Assim, para punir a mãe, ele cria um trono, e cria um mecanismo que iria prender Hera nele, ao jogar fios cujo metal só podia ser visto por Hefesto.

Assim, ao receber o trono, Hera logo se senta nele, apenas para logo ficar presa. Gritando, ela diz aos outros deuses que estava presa no trono, apenas para ser taxada de louca. Mas assim que alguns deuses tentam tirá-la à força de lá, eles veem que sua fala não tinha mentiras. Com isso, Zeus manda os filhos irem atrás de Hefesto, sendo o primeiro Hermes, o qual, mesmo com sua grande lábia não conseguira levar Hefesto ao Olimpo. O segundo fora Ares, preparado para um confronto com o meio-irmão. porém, mal o deus da guerra lá chega e é açoitado por um tição aceso e repelido com jatos de lava. O último fora Dionísio, deus do vinho, que, ao chegar lá, convidou Hefesto para beber. Tendo aceito o convite, logo o deus ferreiro ficara inebriado, sendo levado por Dionísio ao Olimpo. Chegando lá, Zeus oferece qualquer coisa ao deus para que ele liberte Hera, e ele responde que gostaria de ter a mão de Afrodite, deusa do amor sensual e da beleza.³

Após isso, ele se reconcilia com a mãe, fazendo várias e várias jóias para ela, e a defendendo quando ela necessitava, como quando Zeus a acorrentara por ter tramado contra ele. Porém, por ter ido contra o rei dos deuses, dessa vez é Zeus quem o atira do alto do Olimpo. Contudo, logo ele está de volta ao Olimpo e, após tantos e tantos problemas solucionados, ele passa a ser reconhecido como o pacificador do Olimpo, a quem todos os deuses gostavam. A única exceção era Ares pois, do mesmo jeito que odiava Deméter por ela ter ensinado os homens a agricultura e assim eles não entrarem mais em guerra, sua presença pacificadora acabava com as guerras do Olimpo.

É o forjador do Olimpo, e os ciclopes filhos de Urano, Arges, Brontes e Esteropes o ajudavam. É ele quem cria a primeira mulher, Pandora, as flechas de Apolo e Ártemis, o escudo de Aquiles (como um modo de agradecer à mãe do herói, Tétis, sua ama), os raios de Zeus e o gigante de bronze Talos.

Porém, com tanta habilidade e disposição para produzir tanta coisa, ele acaba esquecendo-se de sua vida amorosa. Então, como ao final dos dias não possuía forças para satisfazer sua mulher, a deusa do amor, ela acabava por procurar Ares para satisfazê-la. Mesmo não procurando mudar a situação em que sua mulher estava, ele não admitia que ela estivesse com outro e então, certa vez, quando Hélio, o deus que tudo vê lhe diz que sua mulher está o traindo, ele arma para ela e o amante.

Usando seus fios mais uma vez, ele estende-os ao longo de seu quarto. Ele diz a Afrodite que iria ficar um tempo fora, e se esconde assim que sai do palácio onde viviam juntos. Para confirmar as suspeitas, logo Ares chega, e entra em seu palácio. Contudo, mal ambos os deuses, nus, caem na cama, cai junto deles a teia de Hefesto, os prendendo. Após isso, ele chama os outros deuses para assistir aos amantes pegos em sua cama. Apenas depois de um apelo de Poseidon ao deus que ele concorda em libertar os dois. Junto a isso, quando Harmonia, filha de Afrodite com Ares, foi casar-se com Cadmo, fundador de Tebas, Hefesto dera a eles um presente, um colar amaldiçoado, que os traria infelicidade. No fim, Harmonia e Cadmo se transformam em serpentes após uma série de sofrimentos. O colar é passado para Sêmele, que morre antes de dar vida a Dionísio. Depois, segue Jocasta, que casa com o próprio filho, Édipo, e suicida depois disso. E seguidamente o colar ia passando de geração a geração entre os descendentes, espalhando entre eles o mesmo sofrimento de Hefesto.




¹Em algumas versões, é Hefesto que parte a cabeça de Zeus quando ele tem Atena, então Hera estaria planejando uma vingança contra Zeus por ele ter várias amantes, e não necessariamente devido a Atena.
²Em outras versões, Hefesto fica coxo após sua mãe ter lhe lançado do alto do Olimpo quando era bebê, ou então em sua segunda queda, quando Zeus o atira também do Olimpo.
³Em diferentes versões, Hefesto libera a mãe de bom grado, e Zeus dá a mão de Afrodite como agradecimento, sem nenhuma troca de favores.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Apate (Απατη) e Dolos (δόλος)


Personificação do engano, da fraude e da malícia, chamada pelos romanos de Fraude, é filha de Érebo e Nix, ou apenas da própria deusa, e é um dos espíritos que saíram do jarro de Pandora quando esta o abriu. O espírito que fazia frente a ela era Aletéia, o espírito da verdade. Seu correspondente masculino é Dolos, seu irmão.

Diz-se que quando Hera incita Sêmele, a mãe de Dionísio a pedir a Zeus que o deus aparecesse para ela em sua forma divina, ela estava usando o cinto de Apate, de modo que qualquer coisa que Hera dissesse a Sêmele, a mortal seria levada a fazer. Também é contado que Réia, ao enganar Cronos, utiliza-se do cinto de Apate.


Irmão e correspondente masculino de Apate, estava encarcerado junto a ela e outros males no jarro, antes de Pandora abri-lo. Reinava sobre a trapaça, o engano astuto, a astúcia, a traição e a malícia. Diz-se que era aluno de Prometeu e, uma vez, assistia Prometeu esculpir uma estátua. Porém, Prometeu fora chamado por Zeus, e deixou o local, ficando apenas a estátua e Dolos lá. Antes que ele voltasse, Dolos começou a fazer uma nova estátua, não conseguindo completar o pé. Ao ver as duas estátuas, Prometeu dera vida a ambas. Porém, pela falta do pé, os passos da segunda estátua eram tortos. Por isso se diz que algo falso pode as vezes começar com sucesso, mas no fim a verdade vai aparecer.