Quando pequena, Atalanta recebera uma profecia, a qual dizia que ela jamais deveria casar-se, pois o matrimonio traria sua ruína, o que quase acontecera com Meléagro. Após a morte de seu amor, ela decidira não mais permanecer na região de Cálidon, a qual era governada pelo pai de Meléagro.
Seu pai Esqueneu, o rei de Ciroa, ficara sabendo das façanhas que sua filha abandonada realizou, e chamara-a de volta ao palácio.
Por ter conhecimento da profecia que rondava a vida de sua filha o rei, toda vez que a via inclinada a aceitar o pedido de algum pretendente, lembrava-a de que não deveria fazer isso e, com o tempo, a própria Atalanta acostumara-se a tal idéia, impulsionada pelo seu amor ainda existente por Meléagro. Porém, cada vez mais e mais pretendentes chegavam até ela, acabando por aborrecê-la. Ao conversar com o pai em busca de uma solução, obteve-a quase de imediato: o pai dissera-lhe que propusesse um desafio aos pretendentes, o qual impunha a todos aqueles que quisessem sua mão, a necessidade de disputar uma corrida com a jovem. Caso houvesse algum ganhador, ele teria direito a casar-se com ela. Porém, todo aquele que perdesse a disputa teria sua cabeça decepada.
Na primeira competição, realizada pouco tempo após a
decisão, vários homens voluntariaram-se para ela, exceto aqueles que já haviam
visto Atalanta fizera questão de cobrar suas vidas.
Após ver sua graciosidade ao correr, um dos juízes, chamado
Hipômene, ficara maravilhado com tal visão. Impulsionado por isso, ele
voluntariara-se para uma competição, exigindo que ela fosse apenas entre ele e
a jovem. Muitos dos presentes tentaram fazer com que o jovem desistisse da
ideia, porem ele mostrara-se irredutível. Assim, Atalanta diz a ele apenas que
marque o dia, e sai para lavar-se da corrida.
A disputa é marcada e na véspera, sem saber o que fazer,
Hipômene vai até o templo de Afrodite e dirige orações à deusa. Ela, lisonjeada
pela prece e desejosa de abater aquela que fazia pouco caso de seus poderes, fala
em sonho a Hipômene que o ajudará, e diz a ele que pegue na árvore ao lado do
templo, o qual era consagrado a ela, três pomos dourados lá presentes. A deusa
instrui-o a como utilizá-los, e quando Hipômene acordara, fizera o que a deusa
mandara.
Ao chegar na competição e cumprimentar Hipômene, Atalanta vê no jovem o seu antigo amado, Meléagro. Em seu devaneio, é dada a partida, e a princesa vê-se bem atrás de seu adversário, tendo que começar sua corrida. Ao ver Atalanta chegando, Hipômene joga uma das maçãs. Como o pomo atrai sua atenção, ela desvia seu caminho para pegá-lo, e vê que o jovem ganhara a dianteira. Após quase superar essa distância novamente, o jovem lança o segundo, conseguindo que novamente Atalanta desviasse seu curso.
Porém, a princesa já havia alcançado-o, e encontrava-se alguns passos á sua frente, Com um lançamento preciso, Hipômene lança o terceiro pomo na frente de Atalanta. Dominada pela dúvida de pegar a última maçã ou de vencer a corrida, a escolha acaba caindo sobre a primeira opção. Só quando pega o pomo e ouve os gritos da multidão que Atalanta percebe a iminência do matrimônio.
Porém, após seu casamento, devido às alegrias junto a Atalanta, Hipômene se esquece de glorificar e agradecer a Afrodite. Insultada, a deusa do amor e da beleza induz o casal a profanar um templo de Réia, a qual, devido à afronta, transforma marido e mulher em leões, e coloca-os para puxar seu carro.
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